Já haviam se passado dois meses desde tudo aquilo; Soraya estava recuperada e bem. Já não fazia mais sessões de fisioterapia. Seus ossos já haviam se regenerado e ela estava nova em folha.Simone tentou convencê-la a voltar a estudar, pelo menos para concluir tudo em seis meses, mas ela estava relutante demais em aceitar, dizia que já havia perdido tempo demais. No entanto, a médica determinou que colocaria isso na cabeça da jovem e conseguiu. Soraya começou a estudar; seria um intensivão, já que ela concluiria tudo em tão pouco tempo. Em suas contas, ela já teria 18 anos e possivelmente Simone não a deixaria mais em sua casa.
Mas o outro diabinho de sua cabeça a atentava toda vez, dizendo para ela não se preocupar com isso. Afinal, o relacionamento delas estava indo bem, sem rótulos ou sexo ainda, mas o convívio era bom, as mãos bobas e as provocações eram sempre muito intensas. Apesar de a jovem ter se curado, ela não esqueceu da promessa da médica que tentava adiar a todo custo por causa de sua idade.Soraya não media esforços, fazia de tudo para conquistar a morena e para que ela perdesse a cabeça e a fizesse sua. A novinha criou algum tipo de obsessão por Simone, desejava ser tocada, acariciada e queria mais que tudo ser a namorada da médica. Mas entendia também o outro lado, sabendo que se porventura denunciasse a médica, Simone responderia à justiça, e ela não queria isso. Então, se limitava a torturar a neurocirurgiã quando estavam a sós no apartamento da mesma.
A médica não conseguia mais ser forte; suava todas as vezes por não ter coragem. A masturbação já não fazia mais efeito, seus vibradores já não eram mais satisfatórios e sabia que se colasse sua vulva na da jovem não conseguiria se conter. Sabia que qualquer movimento brusco faria com que perdesse completamente o controle, por isso se limitava apenas a beijar a jovem e tocá-la de forma sutil, algumas vezes sendo violenta a ponto de deixar Soraya pedindo por mais. Tanto bis em seu ouvido estava deixando-a em um estado de nervos incontrolável.
A festa de Simone estava chegando; ela havia pedido para fazerem a cerimônia depois que Soraya estivesse curada. Sanchez cuidou para que ninguém soubesse desse pequeno detalhe. A parte da cerimônia de posse e todo aquele discurso já estava pronta, inclusive o local da festa. Festa essa que apenas os médicos compareciam, uma vez que conseguissem escapar de todos aqueles jornalistas e pessoas de alto escalão.
Eles eram como se fossem uma grande família e aprontavam muito quando estavam juntos. O local já havia sido fechado e, com certeza, aconteceria muita coisa nesse lugar, a julgar pela quantidade de bebida e...
O sol começava a tingir o céu com tons quentes, marcando o início de um novo dia. Simone, sempre madrugadora, decidiu surpreender Soraya preparando o café da manhã enquanto ela ainda dormia.
Simone preparou uma bandeja com torradas crocantes, ovos mexidos e uma variedade de frutas frescas. O aroma delicioso do café recém-preparado preenchia a cozinha. Silenciosamente, Simone levou a bandeja até seu quarto. Com cuidado, posicionou a bandeja na mesinha ao lado da cama e admirou Soraya, serena em seu sono. Em seguida, decidiu acordá-la de forma carinhosa, como de costume.
Simone se aproximou e começou a distribuir beijos suaves pelo rosto de Soraya. Os lábios tocavam delicadamente a pele, deixando uma trilha de carinho. Soraya começou a despertar, seus olhos se abrindo gradualmente.
Simone sorriu.
— Bom dia, dorminhoca. Preparei um café da manhã especial para nós.
Soraya, ainda meio sonolenta, sorriu de volta e agradeceu. Sentou na cama com cuidado, dando espaço para que a bandeja se acomodasse em seu colo. A morena sentou-se ao seu lado e ligou a TV. Estava passando Bob Esponja, e assim ela deixou o desenho passar.
— Vamos acabar aqui e irmos direto ao hospital, está bem?
— Tudo bem, enquanto isso eu posso curiar mais da sua vida?
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Todas As Estrelas Que Habitam Em Nós - [Simone x Soraya]
Fiksi PenggemarNa dança da vida, somos constelações de sonhos e possibilidades, cada um carregando todas as estrelas que habitam em nós.