Piloto (sério?)

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Mais uma noite que se perde por aqui.

Ouvindo uma playlist r&b afim de descobrir o que sou. Quem sabe as vozes aveludadas, um tanto graves com timbres inconfundíveis, e as melodias sexys me façam saber exatamente do que se trata essa minha jornada.

Tenho refletido muito sobre como estou levando a vida num modo incessante de piloto automático. O que vier, veio. Sabe? O que estiver indo embora, que vá. Entende também? Um absurdo "tanto faz".

Talvez eu tenha perdido a direção.

Talvez a marcha que eu tentava controlar, quebrou. E eu não sei mais o que fazer. Quer dizer, sei. Só não sei dirigir mais como antigamente. Para onde apontar, eu estarei indo.

Tento consertar meus ciúmes incontroláveis, minhas hipocrisias exageradas, e às vezes, propositais. Sim, eu sou hipócrita de propósito - que loucura admitir isso -. Tento controlar meus anseios, meus pensamentos descompassados, e minha famigerada ansiedade, que pelo menos uma vez ao dia me faz sentir como se não pudesse mais fazer absolutamente nada na vida.

Até parei de treinar.

Ultimamente todas as obscuridades da minha vida tomam conta do meu pensamento que já não tem uma arma de defesa, e simplesmente padece ao simples dizer inconsciente: - "Desiste, você não serve para isso. Cancela essa vida nova que você tenta mascarar a si mesmo e volta a ser um ninguém. Desiste. Você não nasceu para isso."-.

Incrível, quem me diz todas essas atrocidades?

Acho que eu mesmo...

O inconsciente consciente, que tem vida própria, que sabe a hora de me atacar, de alfinetar meu minúsculo ego quando ele tenta se sobressair, que sabe todas as minhas fraquezas, até aquelas que eu não sabia ter. O monstro que nunca dorme.

Talvez ele seja do mesmo jeito que a ansiedade do Divertidamente 2: o rostinho de quem não quer nada, mas no fundo, sempre vai acabar fudendo comigo.

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