TODAS AS COISAS DO MUNDO

vai que!? entre aspas

Ouvindo Marisa Monte passar pelo feed do meu Instagram, eu acabei de notar que tanto me saboto com minhas relações afetivas por um único motivo:

Eu não estou preparado para finalizar o ciclo primeiro que a outra pessoa.

Eu de verdade nunca consegui seguir em frente com minhas ex relações, e em todas elas me perguntei o porquê. Nunca entendi de fato, nunca nem imaginei sequer ter esse salto de pensamento numa madrugada calorenta em que minha cabeça é a única responsável pelos barulhos que não quero ouvir - o ventilador eu perdoo, pois é impossível dormir sem ele -.

E depois de tantos anos, depois de 3 relações afetivas que de fato me fizeram amar - hoje em dia eu acredito que amei de verdade apenas uma delas -, agora, nessa madrugada, eu pude ter o vislumbre de pensar nessa pequena possibilidade, que agora vai começar a crescer dentro do meu pensamento e do meu coração.

Como eu nunca pensei nisso antes?

Sim, eu não gosto de seguir em frente sem ter a certeza de que a outra pessoa também já seguiu.

E eu não estou falando de seguir a vida em frente. Estou falando de outro relacionamento. Outra paixão. Um outro alguém que esteja no lugar que era meu.

Um pouco narcisista? Deixo a resposta a vocês que lerão mais esse texto de um maluco que gosta de escrever seus pensamentos. Dissertem!

Eu não gosto, ou eu não posso?

Acho meio irresponsável (???) começar um novo relacionamento sem antes ter a plena - e um pouco idiota - certeza de que a pessoa que esteve comigo, não conheceu alguém.

Eu não sei porque tenho esse pensamento.

Eu não sei nem porque estou escrevendo esse texto.

Mentira, eu sei sim.

Infelizmente não sei lidar com partidas, e também não sei lidar com meus recomeços. Eu preciso amar por cada segundo e em cada molécula do meu ser, até saber se quem esteve comigo antes, não sente mais nada por mim.

Seria essa a tal auto sabotagem?

Só assim irei me recolher, me acolher, pensar que está tudo bem e que agora sim, com toda certeza que o outro me deu - mesmo que indiretamente -, que posso também me permitir seguir em frente.

Eu não sei se isso parte de uma responsabilidade afetiva maior que o normal, se parte de quem eu sou como ser amoroso e afetuoso, ou se parte do sentimento de amor que tenho pela pessoa. Eu não vou deixar de amá-la sem saber se ela ainda me ama, sabe? Porque simplesmente a vida muda de uma hora para outra. O destino que se encarregou de entrelaçar meu caminho ao daquela pessoa ainda existe, entende?

E minha cabeça trabalha sempre no modo "vai que!?"

Seria essa a tal auto sabotagem?

Seria esse o fardo que eu encarreguei de carregar por conta própria?

Seria isso, a atitude mais narcisista e louca que uma pessoa pode tomar?

Dissertem!!!