Lauren's POV
Hoje era o vigésimo nono aniversário da minha namorada, mas o primeiro que eu passava ao seu lado, especialmente sendo sua namorada. Eu tinha diversos pensamentos pensantes sobre o que fazer pra festejar seu ano a mais de vida, mas minha sogra cortou minhas asinhas e me falou que Camila nunca gostou muito de comemorar aniversários.
Seria o mínimo da minha parte respeitar suas vontades e não fazer uma festa surpresa, então foi isso que eu fiz. Mas claro, eu liguei pra ela e avisei que iríamos sair com as crianças e ela aceitou. O que eu agradeci.
Até semana passada, eu não sabia o que lhe dar de presente, eu era péssima nesse negócio de presentear pessoas que eu amava. Sempre fui. Mesmo sabendo que o importante era o gesto e não o presente em si, era sempre legal dar algo que a pessoa quer muito ou algo que ela realmente precisa. Entregar, vê-la abrir e um sorriso enorme aparecer em seu rosto era tudo que eu queria, e se tinha algo que fazia Camila sorrir de uma maneira especial, se chamava família. Então, na semana passada, eu encomendei algumas coisinhas pra ela. Bom, pra nós, na verdade. Era clichê, mas Camila acabaria sorrindo ao ver aquilo e isso era o suficiente pra mim.
Como um presente por ser seu aniversário, Camila trabalhava apenas o turno da manhã e eu também, já que Paul amava Camila e queria que eu passasse o máximo possível do seu aniversário, ao seu lado.
Na noite anterior ao seu aniversário, eu avisei que a buscaria no hospital assim que ela terminasse seu turno, então eu comecei meu plano de aniversário perfeito logo ao meio-dia. Um pouco antes, até. Busquei nossos dois pequenos na casa da minha sogra e nós três, juntinhos, fomos até a floricultura mais próxima do hospital. Comprei duas rosas e entreguei para os pequenos levarem enquanto eu segurava o buquê. Não tão diferente de qualquer pessoa, minha namorada era viciada em chocolate, então o buquê, além das flores, tinha diversos chocolates junto.
Nós três seguimos até o hospital e Louis, como sempre, era o mais animado de todos. Tudo e qualquer coisa no mundo deixava aquele pequeno em êxtase, era impressionante. Cecília estava mais quieta, como ela sempre foi, mas hora ou outra, ouvia sua voz perguntando algo ou simplesmente comentando qualquer coisa que ela viu no céu, já que pelo seu tamanho e pela cadeirinha, ela ainda não conseguia ver a rua. Os dois eram o oposto, mas idênticos um do outro, Louis falava pelos cotovelos o tempo inteiro, Cecília falava pelos cotovelos quando dava vontade, e quando dava vontade, era simplesmente impossível parar os dois. Diversos diálogos eram criados e saía cada pérola dessas conversas que foram inúmeras vezes que Camila e eu não conseguimos dormir de tanto rir dos dois. Eu os amava com tudo de mim.
Me acostumar com Cecília me chamando de Mama foi extremamente fácil, eu sentia meu peito pulsar mais forte sempre que sua vozinha falava aquela palavra em minha direção. Chorei não só na primeira vez, mas na segunda e na terceira também. Era surreal demais pra mim. Era surreal entender que eu tinha uma família e que eles me amavam, me aceitavam, me respeitavam e principalmente, me queriam ali. Não fingiam que eu não existia, não ignoravam minhas opiniões, respeitavam minhas escolhas, me escutavam e escutavam de verdade. E eu nem estava falando só dos três. Eu estava falando de todos; Camila, Louis, Cecília, Alejandro, Sinu, Paul, Kelly, Dinah, Normani, Ally, Troye, Ed. Todos eles eram minha família.
— Mama, vamos, vamos! - Cecília me chamava apressadamente, ela já reconhecia o hospital e estava ansiosa pra ver sua mamãe.
— Pegaram as rosas? - Perguntei aos dois assim que coloquei a pequena no chão. — Já sabem o que fazer, certo?
— Dar pra mamãe! - Louis falou animado, com um sorriso enorme.
Pra surpreender Camila, eu precisei mentir de leves, falei que demoraria um pouco porque tive um imprevisto, mas pedi para que ela me esperasse que eu não demoraria tanto assim. Ela disse que não tinha problema e que ficaria na sala dos residentes - acho que era esse o nome - e era pra eu avisar quando estivesse no estacionamento que ela viria até mim. Claro que eu não faria isso, eu buscaria ela de verdade, dentro do hospital.
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Firefighter Camren
FanficQuem diria que após uma ocorrência normal, a vida de Lauren mudaria completamente, tudo graças a mãe da pequena menina que ela salvou, em um dos seus milhares de dias dentro de um batalhão de bombeiros. Camila Cabello era uma Cirurgiã de Trauma, mas...