A Rainha Prometida

~Cap 3: Sem Saída.~

Me aproximo da entrada da caverna.

Está tudo muito escuro e difícil de enxergar então eu pego o meu lampião e uso para iluminar o caminho.

—"Você voltou" — Escuto juntamente com uma risada.

Olho em volta confusa ao não enxergar ninguém, ele deve estar mais para dentro da caverna. Mas como ele está me enxergando no escuro?

—"Aonde você está?" — pergunto olhando em volta e iluminando as paredes com o lampião.

—"Aonde você acha que eu estou?" — Ele ri.

Escuto um barulho atrás de mim e me viro rapidamente, mas não tem nada.

—"Pare com isso." — Digo.

—"Ou o que? Você vai fugir de novo?"

Escuto um risada e vejo um vulto passando ao meu lado, mas quando me viro ele já não está lá. Como ele está se movimentando tão rápido se estava machucado?

—"Você saberia se tivesse me deixado explicar tudo antes de simplesmente sair correndo."

—"Que?!" — Procuro a voz — "Como você..."

Antes que eu possa falar mais alguma coisa eu levanto o lampião e me assusto ao ver ele em minha frente com um sorrisinho irritante no rosto.

—"Não corra de mim dessa vez ruivinha."

Quase que automaticamente, eu olho para seu abdômen e vejo que o machucado está bem menor do que eu me lembrava. O que está acontecendo?

—"Você nunca me disse o seu nome." — Ele diz enquanto inclina um pouco a cabeça, seus fios brancos caindo pelo seu rosto.

—"Por que você quer saber o meu nome?"

Ele sorri mais uma vez e se senta encostado em uma pedra. Ele parece estar bem confortável com um braço apoiado em seu joelho enquanto me encara.

—"Não posso saber seu nome?"

Regra número 10: Não de informações a seu respeito a ninguém.

Obrigada pela dica, Kevin.

—"Não, você não pode." — Digo rapidamente.

Ele semicerra os olhos e me encara quase como se estivesse lendo a minha feição.

—"Quem é Kevin?" — Ele pergunta e eu paraliso.

—"O que... como você?..."

—"Se sente" — Ele aponta para sua frente, e quando eu não me movo nem um centímetro, ele sorri levemente  — "Você acha que eu vou fazer o que com você? Te matar ou algo assim?"

Eu não respondo. Afinal, eu não conheço esse garoto, tem uma grande probabilidade de ele fazer exatamente isso.

—"Eu não mato garotas, Ruivinha. Ao menos que elas me ameacem ou tentem me matar."

—"Eu não estou ameaçando você e muito menos tentando te matar." — Ele ri.

— "Eu não disse que você estava."

Eu suspiro um pouco e me sento no chão a sua frente.

Tiro a minha adaga presa na coxa e coloco ela do meu lado, de uma forma que se eu precise usá-la ela estará perto.

—"Só por precaução." — Digo quando ele encara a arma.

—"Qual o seu nome?" — Pergunta novamente e agora tira o olhar da arma e me encara.

—"Já disse que você não vai saber meu nome."

—"Você sabe o meu nome."

— "Por que você quis me dizer."