𝟬𝟬𝟱 | 𝗧𝗵𝗲 𝗺𝗶𝘀𝘀𝗶𝗼𝗻

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A última coisa que Amber esperava acontecer era ser sequestrada.

Foi de repente. Todas as luzes se apagaram, e ela sentiu o impacto contra sua cabeça, antes de cair.

Agora se encontrava sentada e presa em uma cadeira no meio de uma sala pichada e quente.

Abriu os olhos devagar, com sua visão ainda turva. Sua cabeça doía pelo desmaio e pela batida que deram.

Conseguindo enxergar melhor, viu três pessoas encostadas em uma parede olhando para ela.

Eram dois homens e uma mulher. A moça logo deixou o lugar, e os dois caras ficaram lá, observando Amber.

— Quem são vocês?

Sem resposta.

Apenas observavam a mais nova se debater, tentando miseravelmente se soltar.

— Me soltem. Por que estão fazendo isso? — Havia um tom de raiva em sua voz.

Novamente sem respostas.

Minutos se passaram até que uma voz feminina saiu de um rádio que pertencia a um dos homens.

Amber não conseguiu distinguir o que foi falado, mas assim que o aparelho se calou, os dois saíram da sala.

— Pelo amor de Deus… — Sussurra para si, jogando a cabeça pra trás.

Imediatamente voltou à posição quando ouviu o barulho da porta sendo aberta.

— Quem é você? — Amber pergunta impacientemente.

Uma mulher de pele negra adentrou o ambiente, indo em direção a garota.

— Calma… — Disse levantando as mãos em forma de rendimento. — Não vou fazer nada com você, prometo. — Sua voz era cautelosa.

— Quem é você? — Pergunta novamente.

— Meu nome é Marlene. Sou líder dos
Vagalumes aqui de Boston.

De repente Amber parou de se debater.

Parou de tentar fazer qualquer coisa.

Pensou em Riley.

Pensou em Ellie.

Havia conseguido falar com Marlene? O que havia acontecido em seguida? Quem eram essas pessoas? O que elas eram?

Completamente sem respostas.

— Soube o que aconteceu… sinto muito. — Continuou.

— Não, não sente. Isso foi culpa sua! — As palavras eram jogadas a força. — Se não tivesse deixado uma adolescente se alistar, ela ainda estaria aqui! — Enfatizou a palavra adolescente.

— Entendo você estar com raiva, Amber. Mas precisa entender que aquilo foi uma escolha da Riley. — Disse andando até ela.

— Tá querendo me dizer que a Riley escolheu morrer, é isso?!

— Não é esse o ponto. — Parou atrás da garota.

Angustiada, Amber se debateu mais e mais. Queria Marlene em seu campo de visão.

— Qual é o ponto, então?! Me deixa ir embora!

Marlene direcionou a mão para a bainha de sua calça, e de lá puxou uma faca.

Seu coração parou. Era isso? Iria morrer pelas mãos de uma Vagalume?

Mas apenas sentiu suas mãos leves. Não precisava fazer força para soltar, estava livre.

DISAGREEMENT, Ellie Williams Onde histórias criam vida. Descubra agora