Felipe
Parei o carro em frente ao lanche em que Gabriel trabalhava, logo saindo e depois travando o carro atrás de mim.
Entrei pra dentro do local o procurando, já sabendo que estava quase no fim do seu expediente e da lanchonete fechar. Procurei por uma mesa vazia e sentei enquanto o observava, não demorando muito até que ele viesse me atender.
"Vai querer o que?" - Perguntou mal humorado.
"É assim que você atende os clientes?" - Falei sorrindo zuando com o mesmo e logo o vi bufar.
"Não estou com muita paciência, então só diz logo que eu quero ir pra casa" - Disse impaciente.
"Qual é loirinho cê já foi melhor atendendo" - Disse ainda sorrindo o irritado mais.
"Felipe eu não tô brincando, se você não quer nada então tchau, tenho mais o que fazer" - Respondeu se virando para ir embora, mas logo segurei sua mão.
"Desculpa, tava só brincando precisa ficar irritadinho não" - Falei e o vi me encarar. "Eu vou querer só um coca de latinha mermo" - Respondi já que não estava com fome e bom, eu tinha outra coisa em mente, então era melhor não deixá-lo muito bravo.
"Sério isso? Você sai da sua casa só pra vim aqui pedir uma coca em lata?" - Perguntou em deboche.
"Ué, eu não posso? É proibido agora? Tem alguma lei que diz que é proibido tomar coca onde eu quiser?" - Perguntei também em deboche.
"Você faz o que quiser idiota, se quiser tomar coca até na pu....."
"Hey, olha a boca menó" - Falei e o vi revirar os olhos.
"Então não me estressa mais do que já estou" - Falou e logo se virou para ir embora. "Eu já volto com seu pedido" - disse antes de sair andando.
Sorri o vendo todo irritadinho enquanto ia pegar o que eu pedi. Não era ele que gostava de me irritar? Então ele que me aguentasse agora o irritando.
Depois de uns dois minutos ele voltou com a latinha de coca e colocou na minha mesa, me dando um olhar mortal.
"Aqui o seu pedido, senhor. Bom apetite" - Falou dando um sorrisinho irônico. E eu o encarei desconfiando.
"Ih, o que cê tá aprontando em loiro? Vou beber isso não, não sei o que você fez" - Falei me negando.
"Para de ser idiota, eu não fiz nada mas poderia ter feito por você me irritar e não era você que tava reclamando aí do atendimento? Agora que tô aqui atendendo direito, você reclama?" - Falou revirando os olhos. "Você é muito bipolar isso sim"
"Hmm, você não colocou nada então aqui?" - Perguntei, o vendo revirar os olhos.
"Eu já falei que não, mas se você ainda tá desconfiado, tá aqui vou mostrar pra você" - Disse abrindo a latinha e dando um gole. "Pronto, acredita em mim agora?"
"É você tá falando a verdade mermo" - Falei só para o ver ficar bravinho e revirar os olhos.
"É claro que eu tô, e toma logo isso e me dê licença que eu já estou indo" - Falou.
"Ei, ei. Eu não vou pagar isso aqui não você que tomou" - Falei o chamando e o mesmo bufou me mandando ir a merda enquanto sumia.
Sorri negando com a cabeça. Como era bom irrita-lo, talvez eu devesse fazer isso mais vezes. Levantei logo para ir pagar a latinha, antes que ele voltasse e eu acabasse perdendo de acompanhar ele até em casa.
Quando terminei de pagar o loirinho saiu lá de dentro com uma mochila nas costas enquanto caminhava para fora. Guardei a carteira no bolso e logo corri para alcançar o mesmo.
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•O DONO DO MORRO || Destinados •
RomanceROMANCE GAY Gabriel sem ter para onde ir, acaba indo para a favela, onde sua vida começa a mudar a partir dali. Sua vida toma um rumo totalmente diferente ao esbarrar em Felipe, o Dono do morro.