Gabriel
————Caminhei para fora do baile procurando por Felipe, não o encontrando em lugar algum.
"Onde tá esse homem?" — Falei bufando, puxando o celular de meu bolso para mandar mensagem para o mesmo. Ele disse que ia me esperar aqui fora, mas nem sinal dele aqui. "Só mais alguns minutos e eu volto se não encontrar ele" — disse para mim mesmo me encostando no muro logo atrás de mim.
Procurei o seu contato em meu celular, vendo que não havia nenhuma mensagem ou ligação, o que eu achei estranho já que se ele queria falar comigo ao menos ele deveria ter mandando uma mensagem. Então liguei para ele, esperando que ele atendesse, chamou uma, duas....quatro e nada.
Esfreguei meus braços quando senti um calafrio passar por meu corpo, algo estava estranho. Felipe já deveria ter me atendido no segundo toque ou mandado mensagem, a ligação nem completava e dava somente encerrada.
Olhei para os lados, quando senti aquela sensação de estar sendo observado novamente, mas não havia ninguém estranho por ali, somente pessoas indo para o baile e os homens de Felipe subindo ou descendo o morro. Um barulho do lado esquerdo me chamou atenção— parecia um beco, estava escuro e não tinha ninguém ali, além de uma sobra e então um homem com capuz na cabeça apareceu em meu campo de visão, forcei a vista para ver se eu não estava vendo coisa, mas não.
Senti meu coração acelerar quando vi que realmente tinha alguém ali, apertei mais uma vez para chamar o número de Felipe, enquanto me virava para sair dali rapidamente, mas os passos do homem do beco foram mais rápidos e quando vi. Uma mão forte já estava tampando minha boca, enquanto ele me arrastava para o beco que ele saira segundos antes. Tentei lutar contra o homem, me debatendo enquanto gritava por ajuda, mas o som estava alto e ninguém me ouviria dali.
Olhei para as pessoas que andavam pelo morro, ninguém parecia me ver ali, era como se eu estivesse invisível, eu gritava por ajuda mas ninguém ouvia e nem via enquanto eu era arrastado pelo homem forte atrás de mim.
Meu corpo foi jogado com brutalidade no chão, senti o medo atingir meu corpo, o que ele iria fazer comigo? Eu não podia deixar, tinha que pensar em algo. O homem alto, puxou mais o capuz para seu rosto, me impossibilitando de ver seu rosto. Ele agora tinha um ferro nas mãos, esse que não havia visto quando ele havia pego.
Meu corpo parecia ter entrado em algum transe, eu tentava me mexer ou gritar, mas não conseguia era como se eu não tivesse força para tal ato. Seus olhos eram tão frios e escuros, algo neles me fazia entrar em pânico, eles brilhavam como se gostasse de ver meu desespero e o medo em meu rosto. A cada passo que ele dava até mim eram lentos, como se esperando qual séria meu próximo passo.
Quando este chegou até mim com um sorriso assustador nos lábios, foi como se tudo fizesse sentido agora— só então pude ver claramente oque estava prestes a acontecer ali, eu iria morrer se não me mexesse agora e ninguém iria me ajudar se eu não tentasse, eu precisava me mover eu precisava..eu tinha que gritar por ajuda, eu não podia deixar que ele me atacasse assim tão fácil, eu tinha que lutar ou gritar.
E como um clique de luz em minha cabeça me fazendo retornar os movimentos em meus músculos, puxei o ar tentando apartar as lágrimas e o pânico, então puxei todas minhas forças para lhe acertar um chute no meio das pernas e conseguir correr o bastante para chamar a atenção de qualquer pessoa que estivesse por ali. O vendo grunhi de dor, caindo aos chão em seguida.
VOCÊ ESTÁ LENDO
•O DONO DO MORRO || Destinados •
RomanceROMANCE GAY Gabriel sem ter para onde ir, acaba indo para a favela, onde sua vida começa a mudar a partir dali. Sua vida toma um rumo totalmente diferente ao esbarrar em Felipe, o Dono do morro.