Os punhos de Tate deixam a parede atrás de mim. Ambos tem a respiração pesada.

Se ele realmente pensa que sou louca então por que está tão irritado!?

Dane-se tudo isso! Não sou obrigada a ficar aqui revivendo sombras do passado e aturando toda a presunção de Tate.

Saio correndo, Tate não vai atrás de mim, sinceramente ele nem deve ligar para qualquer pessoa que não seja ele. Acho que Adelaide possivelmente é a única excessão.

Eu corro e chego perto da escada até que meus ouvidos escutam alguém, a voz de uma mulher.

Eu paro de andar antes de por os pés no primeiro degrau.

Olho para trás e vejo uma mulher jovem de cabelos ruivo. Vestindo um uniforme de empregada.

-Não se abale tanto com o temperamento do garoto. Ele passou por muita coisa.

Diz a moça. Eu ia perguntar quem ela é mas por suas roupas deve ser a empregada da casa.

Fico em silêncio sem saber que resposta dar a ela.

-Você é uma boa garota Sarah. Quer um conselho? Fique bem longe dessa casa.

A mulher parece está falando sério.

-Mas o que há de errado com essa casa??

Pergunto um pouco indignada por tudo que está acontecendo dês de que cheguei nessa casa.

A empregada dá um passo a frente.

-Quantos menos souber melhor.

Estou no meu quarto logo após voltarmos para casa.

Depois do que a mulher ruiva me disse eu simplesmente me juntei a minha mãe com Constance. As duas passaram mais algumas horas discutindo futilidades, e eu passei essas horas pensando no que há de errado na casa.

Mas pelo menos finalmente estou em casa.

Passo grande parte do tempo decorando o quarto enquanto escuto The Smiths para distrair a cabeça. E sinceramente, funcionou.

Deito na cama satisfeita com meu quarto que agora tem tudo que quero, incluindo os pôsteres na parede.

Eu fecho os olhos enquanto escuto a música "Please, Please, Please, Let Me Get What I Want- The Smiths".

Sinto alguém me observando então olho para a porta do quarto na esperança de ver Mary porém não há ninguém ali. Acho estranho até perceber que a janela está aberta e quando olho para ela vejo Tate me observando da janela do próprio quarto.

Não dá pra decifrar seu rosto. E pra falar verdade, foda-se o que ele estiver pensando.

Eu me levanto e fecho a janela. Chega de problemas.

Já é segunda de manhã e estou arrumada pra ir para a escola.

Para resumir o domingo eu e minha mãe passamos o dia todo terminando de arrumar a casa. E nem um sinal de Tate, ainda bem.

Eu saio de casa com a mochila nas costas. Dou uma olhada na casa de Constance. Essa casa realmente tem uma energia estranha que eu consigo sentir mesmo distante.

Sigo meu caminho em direção a escola. Olho para todas as direções na procura por Tate, mas não o vejo.

A empregada disse que ele passou por muita coisa, me pergunto o que ela quis dizer com isso.

Eu continuo andando em frente as casas na calçada. Não ninguém na rua ainda porque decidi sair um pouco mais cedo pra evitar todos aqueles alunos. Posso ser adolescente mas isso não significa que eu goste de adolescentes.

Está tudo normal, sou apenas uma estudante comum, andando por uma calçada comum em um bairro comum. Até que algo não tão comum acontece.

Uma mão vem por trás de mim e me agarra com força me puxando para trás de um muro. Na relutância por me soltar acabo caindo no gramado e vendo o rosto de Tate.

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