12. Make your blood pour out

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Katherine Bianchi's pov

— Martín, onde ficam seus quadros maiores? — Interrompia o argentino que não parava de falar. Kate já estava de saco cheio de Martín, por mais que só uns quinze ou vinte minutos tenham se passado.

  Pego de surpresa, Martín franziu suas sobrancelhas à loira, que apenas o olhava com o sorriso mais forçado possível.
 
— Ficam... Eu te levo até lá. — Buscando por palavras, acabou gaguejando, mas Kate não se importou muito. — Venha, é por aqui. — Falava enquanto conduzia a garota para o corredor à esquerda.

  Lá dentro, observava os quadros pendurados. Era um maior que o outro, cada um com detalhes incrivelmente lindos. Kate havia ficado impressionada, o que arrancou do argentino um leve sorriso. Porém, um dos quadros chamou a atenção da loira. "O Beijo", de Gustav Klimt, estava em destaque em meio aos outros pendurados. Permaneceu encarando a obra e logo deduziu que ali atrás estaria o tão cobiçado cofre.

— Bonito, não? — Martín soltou ao notar que Kate olhava fixamente para o quadro.

— Ah, sim! É.. É realmente muito bonito. — Protestou voltando sua atenção a Martín rapidamente.

  Martín, com medo de que Katherine o questionasse sobre o quadro, logo mudou de assunto e seguiu com a loira para o mesmo local que estavam antes.

  O argentino voltou a falar e Kate fingia estar prestando atenção. Surpreendentemente, o que ela mais queria naquele momento era que Kaulitz tivesse seguido a sua ordem e aparecesse naquele momento para tirá-la de perto de Martín.

  De repente, sons baixos ecoaram pelo local. Martín tagarelava sem parar, o que dificultava Kate de saber sobre a origem do som. Vasculhou o local com seu olhar até encontrar a metade da figura de Tom. Soltou um breve suspiro de alívio, visto que Martín já já ficaria para trás. Já sabendo o motivo, Kate apontou discretamente para o corredor à sua frente; o corredor onde estava o cofre. Tom havia dito alguma coisa, mas não estava perto o suficiente para que Katherine conseguisse decifrar o movimento de seus lábios. Sendo assim, apenas o olhou de forma confiante e voltou com sua atenção a Martín.

— Por que não vamos por ali? — A loira o cortou novamente apontando para o caminho à sua direita.

— Claro, gosta de esculturas?

— Definitivamente.

— Ótimo, ali tem um monte. — Martín disse com um sorriso orgulhoso, em seguida direcionando-se em direção ao lugar.

Tom Kaulitz's pov

— Eu e você vamos agora para a galeria. Vamos proveitar que Martín não está mais aqui, assim ninguém vai prestar atenção em nós dois. — Disse olhando para Gustav à sua frente, que concordava sem hesitar. — Tá com o explosivo?

— Está aqui. — O loiro levou sua mão até o bolso onde estava o mini objeto, retirou-o e ergueu sua mão a frente do rosto do Kaulitz.

— Certo, vamos.

  Disse antes de começar a caminhar entre a multidão juntamente a Gustav. Tentavam passar totalmente despercebidos entre as pessoas da forma mais natural possível.

  Tom olhava constantemente ao redor para se certificar de que ninguém estava de olho nos dois. Caminharam por mais alguns segundos, conseguindo sair do meio de pessoas e ter acesso às escadas.

  O loiro que o acompanhava apontou para uma escada, que dava para um andar debaixo da residência. Lá seria a tal da galeria. Assim, apertaram os passos até a escadaria, a qual desceram de forma rápida. Passeando pelos degraus, podiam ver algumas das obras que Martín havia roubado.

DISHONESTY - TOM KAULITZOnde histórias criam vida. Descubra agora