03. Shut up and drive

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  Tom caminhou com pressa até Kate e a agarrou pelo seu pulso coberto pela jaqueta que usava. A puxou em direção ao seu veículo e, assim que abriu a porta de acesso aos bancos de trás, a praticamente jogou sem cuidado algum e logo fechou a porta. Kaulitz adentrou em seu carro e fechara a sua porta, enquanto que Kate batia desesperadamente no vidro ao seu lado. A garota nunca sentira tanto ódio do rapaz como sentia naquele momento.

— Já que me colocou aqui sem motivo nenhum, eu gostaria que, pelo menos, você pisasse logo nesse acelerador! — A loira enunciava em avidez, logo ouvindo murmuros confusos de seus colegas.

— Cala a boca. Deveria me agradecer, seus amigos são extremante lerdos. — Tom disse antes de dar uma última olhada pelo retrovisor externo e ver que logo atrás a viatura encostava, e assim arrancou seu carro do lugar em uma velocidade absurda. A velocidade foi tanta que possivelmente podia se ouvir o cantar dos pneus do outro lado da rua.

— Eu ouvi isso, tá legal? — Alex rebate do outro lado da linha ao comentário de Tom.

  O trançado dirigia atentamente, era possível se ver uma viatura o seguindo enquanto ouvia Bill e os outros dois rapazes tentando se comunicar com o mesmo pela escuta.

— Tem merdinha na cabeça né Tom? Tá fazendo o que com ela aí?! — Bill praticamente berrava e dava a se escutar sirenes pela sua escuta, estavam atrás dele também.

— Você disse que eles não pareciam corredores, não disse? — Ainda atento na estrada, o mais velho respondia seu irmão.

— Por isso mesmo! E se ela estiver armada?

— Eu também estou. A única coisa que pode acontecer é um de nós se matar aqui dentro, simples.

  Além dos sons das sirenes logo atrás do veículo, Katherine também escutava a conversa que Tom tinha. Concluiu que o mesmo também fazia posse de escutas, o que não foi surpresa para ninguém. Ela sabia que o rapaz mantinha contato com os outros de sua gangue, mas não sabia quem era em específico.

— Se eu quisesse te matar eu já teria te matado. — Bufou Kate, ainda no banco de trás.

  De repente, sons de disparos sendo feitos contra o carro de Tom ecoaram pela estrada. Num susto, ambos abaixaram suas cabeças, posteriormente as levantando aos poucos.

— Kate! Que som foi esse?! Você atirou?! Tá tudo bem?! — Julie, outra amiga de Kate que a acompanhava na operação, indagava preocupada no outro lado da linha.

— Relaxa, foram só os policiais aqui atrás. — A mais velha respondia séria, a última coisa que queria era perder a vida para pessoas que, na teoria, são do seu próprio time.

  Tom havia percebido que Katherine também se mantinha em comunicação ao vê-la respondendo outra pessoa, mas pouco se importou. A única coisa que importava naquele momento era como ambos sairiam daquela situação.

— Loira, passa pra frente. — O trançado ordenou sério enquanto encarava Katherine pelo retrovisor interno.

  Kate pensou em respondê-lo com "E por que eu deveria?" mas o momento não permitia. Os disparos continuavam e, no banco de trás, Katherine estaria mais exposta caso algum projétil conseguisse atravessar o vidro do carro. Sendo assim, apenas seguiu a ordem.

— Não me diga que você o obedeceu, Kate. — Peter contestava em preocupação, mas todos sabiam que ali havia um toque de ciúmes em sua voz.

— Não enche, Peter. — Ela rebatia de volta já no banco da frente enquanto ajeitava, minimamente, sua franja.

— E se ele tentar algo contra você?! — O ruivo protestou mais uma vez.

— Aí eu tento de volta. — Respondeu friamente na tentativa de dar um fim no assunto.

DISHONESTY - TOM KAULITZOnde histórias criam vida. Descubra agora