16. How can you trust her?

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23/11/2010 - 18:00 PM / Tom Kaulitz's pov

   Tom caminhava com passos pesados por toda a casa, gritava horrores ao telefone que segurava à sua orelha. Era impossível não notar o estresse do trançado, ele tinha sua respiração levemente ofegante por conta dos gritos que soltava ao falar com Héctor, o mesmo homem da noite do Harley’s.

— Eu vou te perguntar só mais uma vez, Héctor… Como é que você vai para a Alemanha e ainda tem a coragem de me dizer que não terá como me entregar a porra da droga, seu desgraçado?! — Questionava de forma exaltada ao rapaz do outro lado da linha; qualquer um que estivesse por perto poderia ouvir os berros do Kaulitz.

— Eu tenho pacotes para entregar por aqui também, Tom. — Héctor dizia de forma simplista e em um tom mais calmo, pelo menos era o que o mesmo tentava, já que por dentro se sentia profundamente amedrontado pelo nervosismo do trançado.

— Tá, e eu com isso? O seu prazo atrasa e você me mete essa desculpa?!

— Olha… Quando eu voltar, poderemos resolver esse problema!

Resolver? Resolver como, imbecil?! — Kaulitz gritava novamente, fazendo Héctor soltar um suspiro por puro nervosismo. — Ou você resolve isso até amanhã, ou eu mesmo vou atrás de você, me entendeu? E aí resolveremos do meu jeito.

— Tom, eu não tenho como chegar em Detroit até amanhã!

— Ah, não? Tem certeza que não? — Por alguns segundos, Tom tirou o eletrônico de sua orelha e, posteriormente, passava a outra mão livre sobre sua testa, que tinha pequenas gotículas de suor frio.

   O moreno ainda caminhava de um lado para outro, passando ao lado do bar que havia na residência. Por impulso, apanhou uma garrafa de licor que estava quase se acabando e a tacou no chão, estilhaçando pequenos vidros por todo o local.

— Que porra é essa?! — Bill descia as escadas de forma rápida ao ouvir o som do objeto se chocando contra o piso, enquanto que Georg e Gustav surgiam da garagem juntamente apressados.

— Tom, podemos dar um jeito depois… — Héctor se protestava mais uma vez.

— Até mais, Héctor. — Tom soltou de forma fria, impedindo que o outro homem terminasse sua frase, e logo desligou a chamada, dando atenção aos três rapazes que se encontravam parados e com olhares perplexos.

— O que foi que aconteceu? — Georg perguntava sobre a irritação do moreno enquanto passava, com calma, o pano em suas mãos sujas de graxa.

— Héctor já estava com a entrega atrasada, e agora que fui entrar em contato com ele, ele diz que está na Alemanha. Dá pra acreditar? — Tom deixou um riso anasalado escapar ainda inconformado com a situação.

— É só a gente encontrar outro fornecedor, isso não é tão difícil, ainda mais aqui em Detroit. — Gustav dizia enquanto recolhia os pequenos estilhaços espalhados pelo piso.

— Não é tão fácil confiar em qualquer um pra isso, sem contar que eu já tenho prazos com outras pessoas. — O de tranças disse nervoso, cruzando os braços em frente a seu peitoral. — Ele vai aprender que negócio comigo não é brincadeira, muito menos sem comprometimento algum.

— E você vai fazer o quê? — Bill se aproximava de Gustav com uma pequena sacola de plástico em mãos para que o amigo pudesse colocar os estilhaços.

— Ir atrás dele, óbvio.

— Ah, claro! Vamos sim ir para a Alemanha atrás dele, vamos super sair ilesos de lá! — Bill tirava sarro do irmão enquanto amarrava a sacola já cheia com o conteúdo cortante.

DISHONESTY - TOM KAULITZOnde histórias criam vida. Descubra agora