4: 𝐈𝐧𝐜𝐞𝐫𝐭𝐞𝐳𝐚𝐬.

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Notas iniciais: CHEGAY BEM GAY BEM GAYZONA, MONAS! Ui!

Aliás, foi aqui que pediram uma postagem dupla hoje?

Capítulo 4.

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Incertezas.

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''Nenhum vento sopra a favor de quem não sabe pra onde ir.''

Sêneca.

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— Dinah? Ally? — Camila sussurrou, espantada, encarando a estranha dupla, como se não acreditasse nos próprios olhos.

— Camila! — A loirinha gritou baixo, soltando-se da arqueira e correndo na direção dela. — Eu não acredito, Camila! — Sussurrou, ao abraçá-la com força, e o som do seu choro, alto e desesperado, preencheu a pequena clareira.

Camila a abraçou de volta e enfiou o rosto nos cabelos loiros e curtos. Franzi a testa, sentindo-me confusa e incomodada com a cena, e guardei a arma no coldre. Seria ela a sua esposa? A arqueira, a tal Dinah, ajeitou a besta nas costas e as fitou, porém, manteve-se quieta. Camila ergueu a cabeça e a encarou com olhos marejados, enquanto a loirinha a soltava um pouco e abraçava a sua cintura.

— Dinah... — A xerife murmurou, engasgada. — Eles estão mortos. — Confessou com a voz sumindo.

A arqueira abaixou a cabeça e, em um surto de raiva repentina, socou o tronco da árvore atrás de si, assustando-me. Ela ficou de costas e os seus ombros tremeram. Parecia estar chorando, mas, ao mesmo tempo, não queria que ninguém a visse. A baixinha fitou Camila, como se não acreditasse no que ouviu, soltando-a com lentidão e dando passos para trás.

— Camila... — A loirinha franziu a testa. — Cadê o resto do grupo? Minha irmã? Glenn? Caleb? E Beverly? — Indagou, chorosa. — É mentira, não é?

Camila abaixou a cabeça, negando. Engoli em seco e senti os meus próprios olhos marejarem ao vê-la ficar mais arrasada quando ouviu os dois últimos nomes.

— Estão... todos mortos. — Repetiu, caindo ajoelhado, e enterrou o rosto nas mãos. — Não consegui... Eu... Eu... É tudo culpa minha, Ally. — Lamentou em um choro baixo e sufocado.

A garota baixinha tapou a boca, com lágrimas escorrendo pelo seu rosto e negando com a cabeça. Ela deu mais alguns passos para trás, mas acabou caindo sentada na terra, e foi o estopim para que o seu choro se tornasse alto e doloroso.

Elas agora derramavam lágrimas por suas perdas, como já fiz inúmeras vezes.

Dei as costas para elas, em forma de respeito e tentativa quase inútil de privacidade, para que cada uma pudesse chorar, lamentar sem ter uma estranha olhando. Engoli em seco novamente e o bolo pareceu ficar mais apertado na minha garganta, obrigando-me a observar o perímetro e não as encarar.

Estava mais do que claro que as três se conheciam muito bem e tinham um forte laço emocional, do qual io nunca presenciei em outras pessoas. Camila não havia me dito nada a respeito do que aconteceu, deixando-me curiosa. No entanto, era evidente que algo muito terrível havia acontecido. Pela forma que eu a encontrei ferida, ou em como ela ficava com o olhar perdido enquanto caminhávamos em silêncio pela floresta.

𝐄𝐩𝐢𝐭𝐚́𝐟𝐢𝐨 𝐝𝐞 𝐋𝐚𝐮𝐫𝐞𝐧 | 𝐂𝐚𝐦𝐫𝐞𝐧 | 𝐋𝐞́𝐬𝐛𝐢𝐜𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora