Terrivel

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O som dos alarmes do monitor disparando despertou Raphael. Ele havia adormecido com Yoshi no peito. Ele ficou sentado lá o dia todo com sua família vindo ver como ele estava de vez em quando e cochilou.

Ele mal conseguiu processar o que estava acontecendo antes que os médicos o cercassem e levassem Yoshi. O pânico tomou conta da garganta de Raph. “O que está acontecendo?” ele disse com voz rouca.

“Ele está com febre”, respondeu uma das médicas enquanto colocava Yoshi na incubadora, “e sua respiração ficou mais lenta. Precisamos baixar a febre dele.

“Faremos tudo o que pudermos”, outro médico o tranquilizou e eles levaram Yoshi para o outro lado da enfermaria antes que qualquer outra coisa pudesse ser dita.

O medo e o arrependimento deixaram Raph entorpecido. Tudo o que estava acontecendo era culpa dele. Se ele não tivesse fugido naquele dia, nada disso estaria acontecendo.

Os médicos não tinham ido muito longe, então Raphael pôde ouvi-los, mas não entendeu o jargão médico deles. Tudo o que ele podia fazer era sentar e esperar que um deles viesse contar o que estava acontecendo. Não saber era o pior sentimento.

Alguns momentos depois, Leonardo entrou na sala. Sua atenção foi atraída primeiro para o grupo de médicos. Resistindo à vontade de correr e fazer perguntas, Leo desviou sua atenção deles para examinar a sala. Quando seus olhos pousaram em Raph, ele correu.

"O que está acontecendo?"

"Ele tem febre." A voz de Raph estava tensa de emoção e ele teve que engolir o nó na garganta antes de poder continuar falando. “Eles também disseram que a respiração dele estava mais lenta. Não sei o que eles estão fazendo.”

Enxugando as lágrimas dos olhos, Raph respirou fundo algumas vezes. Voltando aos seus velhos hábitos, ele se recusou a deixar suas emoções ficarem fora de controle.

Leo segurou a mão dele, apertando-a suavemente para mostrar sua solidariedade naquele momento. Raph permitiu. Eles se consolaram enquanto temiam o pior, nenhum deles tirando os olhos dos médicos.

Raph geralmente não era do tipo que orava, mas ele negociou silenciosamente com qualquer poder superior para salvar Yoshi.

Quando um dos médicos começou a se aproximar deles, o coração de Raph começou a martelar no peito. Ele estava feliz por estar sentado porque estava tonto e pronto para desmaiar. Apertando a mão de Leo, ele se preparou para o pior.

“Ele está estável”, disse o médico, tentando um sorriso fraco. “Ele ainda está com febre, mas recuperamos seus níveis de oxigênio. Ele vai ter que ficar na incubadora por enquanto.”

Raph soltou um suspiro de alívio e afrouxou a mão de Leo. Pelo menos Yoshi ainda estava vivo.

“Você sabe o que aconteceu?” Leo perguntou.

“Ele é prematuro”, disse o médico, “e está passando por crises de abstinência, o que o deixa fraco. Há uma série de coisas que podem ter desencadeado a febre. Poderia ter sido uma infecção ou simplesmente um efeito colateral da saída das drogas de seu organismo.”

Embora se sentisse pesado, Raph se levantou. “Podemos ir vê-lo?”

O médico assentiu. "Você pode. Você pode falar com ele e tocá-lo pelos buracos. Certifique-se de que seu toque não seja muito leve ou fará cócegas, mas não no bom sentido.

Não planejado (Raphnardo) - | TRADUÇÃO |Onde histórias criam vida. Descubra agora