Capítulo 6 - Entre laços e almoços nA Toca

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Chego à Toca na hora do almoço, e a casa está repleta de risos e conversas animadas. Todos estão reunidos, e o calor familiar envolve a atmosfera. A mesa está posta com uma variedade de pratos deliciosos preparados por Molly, a matriarca da família.

 A mesa está posta com uma variedade de pratos deliciosos preparados por Molly, a matriarca da família

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Ao chegar, logo sou recebido pelos acolhedores abraços de minha mãe, Molly Weasley. Ela olha para mim com um misto de alegria e preocupação, reconhecendo a dor que ainda carrego. Percorro os corredores familiares, cada canto repleto de histórias de infância e risadas compartilhadas.

Sentado à mesa, percebo a interconexão entre os membros da família. O amor que os une é palpável, e, por um instante, me sinto parte de algo maior do que minha própria dor. Conversas animadas se desenrolam, histórias antigas são recontadas e novas risadas se somam ao coro familiar.

Enquanto os pratos são passados de mão em mão, percebo o olhar significativo que Ginny me lança. Ela compreende minha hesitação em reabrir a Gemialidades Weasley, mas também sabe que a família é um pilar de apoio crucial em tempos difíceis.

O almoço na Toca é mais do que uma simples refeição; é um lembrete de que, mesmo quando enfrentamos perdas e desafios, a força dos laços familiares pode iluminar até os dias mais sombrios. Enquanto partilho esse momento com a família Weasley, uma semente de esperança é plantada em meu coração, e começo a vislumbrar a possibilidade de um recomeço, mesmo que aos poucos.

Após o almoço na Toca, enquanto os sons alegres da família continuam a ecoar pela casa, Ginny me chama para uma conversa mais reservada no quintal. Saímos, deixando para trás o bulício da casa, e encontramos um lugar tranquilo para nos sentarmos.

Com um olhar perspicaz, Ginny toca delicadamente no assunto que paira no ar. "George, eu percebi que você está passando por um momento difícil. Fiquei sabendo sobre a srta. Scamander e sua primeira visita a loja..."

Antes que ela termine a frase, suspiro profundamente. "Ginny, eu sei que talvez não tenha sido justo com ela. Eu a acusei injustamente, e agora, depois de visitar Hogwarts, entendi um pouco mais sobre quem ela é."

Ginny me ouve atentamente, sabendo que há mais para ser dito. Conto a ela sobre a visita à aula de Dafne, como ela me convidou para auxiliar, e a experiência única de voar num hipogrifo sobre os terrenos de Hogwarts.

"George, talvez a srta. Scamander seja a chave para você encontrar um novo propósito, uma maneira de lidar com a dor que carrega. Ela tem uma maneira única de lidar com as criaturas mágicas, e talvez essa habilidade dela se estenda além dos animais."

Hesito por um momento ao lembras das palavras dela e de Hagrid sobre a história trágica da vida de Dafne. Como ela perdeu toda a família, incluindo a irmã gêmea, durante a guerra, e o único sobrevivente, seu sobrinho, foi tirado dela pelo próprio pai, um Comensal da Morte.

A expressão de compreensão e tristeza se desenha no rosto de Ginny. Ela entende a dor que Dafne carrega e como isso pode ter influenciado nas cicatrizes, tanto físicas quanto emocionais.

"Ginny, eu sinto que há muito mais sobre Dafne do que eu imaginava. Talvez eu devesse ter mais compaixão antes de julgar. A guerra deixou marcas profundas em todos nós, e cada um lida com isso à sua maneira."

Ginny coloca a mão no meu ombro, transmitindo solidariedade. "George, ninguém espera que você supere a dor rapidamente. Mas, às vezes, encontrar alguém que entenda, que tenha passado por experiências semelhantes, pode ser um caminho para a cura. A srta. Scamander pode ser essa pessoa para você."

Ginny, com seu jeito descontraído e sorriso travesso, não demora muito para desviar a conversa para terrenos mais leves. Enquanto observamos a paisagem tranquila ao nosso redor, ela começa a falar sobre nossas cunhadas.

"Fleur é uma Villa, e Hermione é muito inteligente. Mas imagina só, George, ter uma professora de Trato de Criaturas Mágicas como cunhada? Isso seria incrível!"

A provocação sutil de Ginny me faz sorrir, mas por dentro, uma tempestade de pensamentos se agita. A ideia de ter Dafne como parte da família parece ao mesmo tempo encantadora e assustadora.

Ela não perde tempo em brincar com a possibilidade, "E sabe, George, ela é apenas alguns meses mais nova que você. Imagina como seria interessante ter uma cunhada que compartilha da juventude e tantos interesses mágicos contigo, como por exemplo, voar em hipogrifos."

Minha hesitação é evidente, mas Ginny continua provocando, mencionando até mesmo o interesse de Carlinhos em dragões, sugerindo que, se eu não quiser, talvez nosso irmão mais velho pudesse se interessar.

Ginny ri com a própria ousadia, mas eu percebo a intenção por trás de suas palavras. Ela quer ver uma centelha de esperança e possibilidade em meus olhos, mesmo que seja provocando e brincando com as complexidades da vida adulta.

Enquanto pondero sobre essas novas perspectivas, percebo que, no fundo, há algo mais profundo em jogo. Essa conversa não é apenas sobre relacionamentos, mas sobre encontrar um caminho para a cura e a renovação após as adversidades da guerra.

Ginny, com um olhar perspicaz, parece entender essa complexidade e decide mudar de assunto mais uma vez, agora falando sobre os planos para o próximo Natal na Toca. Por um momento, a leveza da conversa nos envolve, mas as sementes das possibilidades plantadas por Ginny continuam a brotar em minha mente, aguardando para serem exploradas.

The light after the storm - Uma fanfic de George Weasley e Dafne ScamanderOnde histórias criam vida. Descubra agora