Capítulo 15 - Capítulo final

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O corredor do hospital que antes era preenchido com a expectativa e alegria de futuros momentos se transformou em um cenário sombrio, repleto de medibruxos em ação, cada movimento deles uma dança frenética para tentar trazer de volta a vida que escorria pelos dedos. Eu, George Weasley, me deparei com uma cena que era a antítese de tudo o que esperávamos.

A agonia tomou conta de mim, enquanto observava minha amada Dafne envolta em um tumulto de feitiços e esforços desesperados. Gritos ecoavam pelo corredor, mas, entre eles, estava o meu próprio lamento, uma prece silenciosa desesperada para que ela voltasse para mim. A perda iminente de Dafne e dos nossos filhos que sequer havíamos conhecido me rasgava por dentro.

Lutei contra as mãos que tentavam me segurar, ansioso para alcançar Dafne, para dizer que a amava, para implorar que ela ficasse. Cada fibra do meu ser estava imersa na batalha entre a esperança e a realidade cruel que se desdobrava diante de mim.

Em meio ao caos, a sensação de impotência era avassaladora. Meu corpo queria correr em direção ao leito de Dafne, enquanto minha mente tentava aceitar o inaceitável. Eu, que enfrentei tantos desafios e perigos ao longo dos anos, me sentia agora indefeso diante da perda iminente da mulher que se tornara minha razão de viver.

A tristeza se instalou no meu coração, uma dor que ultrapassava qualquer outra que já havia experimentado. O futuro que havia se desenhado com tanta promessa agora desmoronava diante de mim, transformando-se em um pesadelo do qual não podia acordar.

Entre lágrimas, soluços e súplicas desesperadas, minha família e eu enfrentávamos a dura realidade de perder não apenas a mulher que amava, mas também os filhos que esperávamos ansiosamente. A vida, que há tão pouco parecia estar repleta de promessas, agora se desvanecia como um suspiro final.

Ao finalmente romper as barreiras humanas que me seguravam, alcancei o leito onde Dafne descansava. O caos ao nosso redor parecia se dissipar, como se o universo tivesse congelado nesse momento de desespero.

Os medibruxos haviam desistido. Seus rostos cansados e expressões derrotadas já contavam uma história trágica antes mesmo de pronunciarem uma palavra. A palidez na pele de Dafne contrastava com a frieza que começava a se instaurar no ambiente.

Meus olhos varreram cada detalhe do rosto dela, desesperadamente buscando um sinal de vida, um lampejo de esperança. Contudo, o vazio em seus olhos cerrados anunciava uma despedida silenciosa. As lágrimas já inundavam meus olhos, borrando a linha tênue entre o meu mundo e um pesadelo indesejado.

Com as mãos trêmulas, alcancei a dela. Sua pele estava fria, e a sensação era como se a própria vida tivesse se retirado, deixando para trás apenas a concha daquilo que antes era tão vibrante e cheio de promessas.

"Não, Dafne", murmurei, minha voz quebrada pela dor. "Por favor, não me deixe. Não nos deixe."

As lágrimas escorriam, silenciosas testemunhas da angústia que consumia meu coração. Os segundos pareciam horas enquanto eu agarrava sua mão, desejando que esse pesadelo terminasse, que acordasse em um mundo onde Dafne estivesse sorrindo e nossos filhos agitados preenchendo o silêncio.

Mas a dura realidade permanecia inabalável. Dafne, que havia trazido luz aos meus dias sombrios, agora se desvanecia diante dos meus olhos, e o que restava era uma dor dilacerante e uma saudade que ecoaria para sempre nos corredores da minha alma.

Em meio às lágrimas que turvavam minha visão, aproximei-me dos lábios frios de Dafne para depositar-lhe um último beijo. Um gesto de despedida, carregado de um amor que transcenderia os limites do tempo e do espaço. Sua pele gelada sob meus lábios parecia selar uma conexão eterna, mesmo diante da inevitabilidade da partida.

The light after the storm - Uma fanfic de George Weasley e Dafne ScamanderOnde histórias criam vida. Descubra agora