Capítulo 16

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Ficamos parados lá por pelo menos 20 minutos  antes de separarmos nossos corpos.

— Obrigada, Finnick. — digo, limpando meu rosto.

Ele sorri para mim e ajeita a postura. Finnick Odair era um homem alto e forte, era impossível não reparar em como os músculos de seus braços eram enormes, principalmente quando eles agarram seu corpo.

— Eu sei que você tá adorando a vista mas preciso me vestir... A menos que você não ache necessário. — ele brinca, numa tentativa de aliviar a tensão, talvez.

— Você não muda nunca. — sorrio para o garoto que pega algumas roupas e vai para o banheiro.

Dou uma olhada melhor pelo local e decido ir embora. Não haveria mais nada que eu pudesse fazer aqui. No momento que giro a maçaneta escuto a voz de Finnick.

— O que está fazendo? — ele pergunta e então olho para trás.

— Indo embora. Eu agradeço mesmo pelo suporte, mas eu não deveria estar aqui.

— E por que não? — ele diz, andando até mim, já vestido.

— Porque esse é seu quarto e já está tarde. — digo, como se fosse óbvio e então me dou conta do quão ingênua estava sendo — Olhe, Finnick. Não sei o que se passa na sua cabeça, mas não ache que vou virar uma espécie de prostituta só porque você me ajudou a me acalmar — falo irritada.

Finnick começa a rir de mim. Um riso demorado e irritante.

— Relaxa, Ruby. — ele continuava a rir — Não estou interessado nisso hoje. Só estava querendo te conhecer melhor, era meio difícil conversar com você com dez câmeras apontando para nós o tempo todo. — ele fala, fechando a porta — Nós somos amigos, não somos?

— Somos. — digo, cruzando meus braços e sentando na cama dele.

Ele pega um cobertor e então se senta ao meu lado, esticando suas pernas e apoiando as costas na parede, então faço o mesmo.

— O que quer saber sobre mim, Ruby Collin?

— Você não acha que tem um ego um pouco inflado por pensar que eu queira saber algo sobre você? — sorrio para ele que retribui com outro sorriso.

— Não vai dizer que nunca quis me perguntar nada. Nunca pensou em mim? — ele zomba.

Finjo pensar.

— Não, acho que não.

Ele revira os olhos.

— Não vai facilitar mesmo, né? — ele questiona e aceno para ele — Ok, então eu vou perguntar. — sorri — Você sempre fala dormindo?

— O quê?

Aquilo sim tinha me pegado desprevenida. Nem em mil vidas eu imaginaria que a primeira coisa que Finnick Odair gostaria de me perguntar seria isso. Eu sabia que eu falava dormindo? Não. Mas mesmo que soubesse, o que ele esperava que eu respondesse? Ele estava brincando com a minha cara ou o quê?

— Você sempre costumou conversar enquanto dorme? — ele repete. — Vou confessar que achei isso meio bizarro.

— Eu não falo dormindo — protesto.

— Pode apostar que fala. Aqueles dias na arena eu juro que quase optei por acordá-la. Me dava calafrios escutar você gritando com uma Julianne.

— Bem, eu nunca reclamei do quão alto você respira. Apesar de me irritar bastante — decido ignorar a última parte.

Pesadelos com Julianne começaram a ficar ainda mais constantes, minha cabeça girava e então seu rosto aparecia em minha frente, dizendo palavras que nunca lembrava. Por que continuara a me atormentar mesmo morta?

Mad woman | Finnick OdairOnde histórias criam vida. Descubra agora