Capítulo 8

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Johanna era uma garota temperamental. A tinha conhecido em uma das festas da Capital, ela odiava estar lá, e não se esforçava para esconder isso. Nós nos tornamos amigas rapidamente, e apesar de não ter muitas oportunidades de conversar com a garota, sentia um carinho enorme por ela, apesar de discordar diversas vezes de algumas de suas ações.

— Qual o seu problema? — Katniss gritava com Johanna.

Ela acabara de empurrar Wiress, após a mulher ter repetido "Tique-taque" pela sexta vez seguida. O que aquilo significava? Não poderia ser nada, tinha assistido uma parte de seus jogos com Ron e Finnick, a mulher era genial.

— O que aconteceu com ela? — pergunto a Beetee.

— Ela está em choque, a desidratação não ajuda. — ele responde.

— Nós podemos arranjar água.

— Bem, isso seria ótimo. — ele sorri.

Vejo Johanna se limpar e Katniss ajudar Wiress a tirar o sangue de seu corpo, enquanto repete "Tique-taque" desesperadamente. Aproximo para conversar com Johanna.

— Você não precisava tê-la empurrado. — comento, ficando ao lado da garota.

— E esperar enlouquecer que nem ela? Juro que estou quase arrancando minhas orelhas fora. — ela fala irritada e rio.

— Acredite, ela é a única pessoa normal aqui.

Johanna sorri.

— Também estou com saudades, Ruby. — ela debocha.

— Ah, não venha me abraçar toda melosa, você está nojenta. — brinco, fazendo a garota revirar os olhos.

— Nem morta que lhe abraçaria agora.

Rio e volto para areia, admirando as estrelas que se formavam no céu.

— O que você está fazendo? — Finnick se aproxima, sentando ao meu lado.

— Pensando no quão ridículo você estava girando esse tridente. — comento.

— E você, como sempre, me observando. — ele sorri.

— Não dava pra ignorar uma cena tão vergonhosa.

— Você está morrendo de inveja. — ele ri.

— É, eu estou. — sorrio para o garoto.

Já está totalmente escuro quando todos se reúnem. O rosto dos tributos mortos voltam a iluminar o céu. Mais seis mortes.

— É melhor dormirmos um pouco. — Finnick comenta — Eu e Ruby podemos fazer o primeiro turno.

O olho confusa, "Eu e Ruby?". Por que Finnick teria me escolhido para fazer vigilância? A resposta era clara: Finnick ainda teria que fingir estar apaixonado por mim. Quando as duplas são estabelecidas, todos se deitam. Após aproximadamente uma hora, deito na areia e olho para as estrelas.

— Não vai dormir agora, vai? — Finnick pergunta baixinho para não acordar os outros.

— Não se preocupe com isso. Só quero ter uma visão melhor das estrelas.

Ele dá uma olhada rápida em volta e então deita ao meu lado.

— Não é louco que apesar de toda matança, eles ainda projetam estrelas no céu? Não parece tão bonito e seguro? — olho para ele, que me lança um sorriso.

— Não sei, a qualquer momento essas estrelas podem virar bombas e caírem do céu. — ele brinca e não consigo segurar uma risada, fazendo com que Finnick pressione sua mão em minha boca, para abafar minha risada escandalosa — Meu Deus, você é muito barulhenta. — ele continuava a sorrir.

Mad woman | Finnick OdairOnde histórias criam vida. Descubra agora