11 - Garotinho chorão.

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No santuário

- Idiota! - Era provavelmente a quinta vez que Evie repetia aquela palavra, enquanto cuidava dos machucados no rosto de David Smith

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- Idiota! - Era provavelmente a quinta vez que Evie repetia aquela palavra, enquanto cuidava dos machucados no rosto de David Smith.

- Quantas vezes vai repetir isso?

- Até você entender! Deveria parar de ficar arrumando briga toda hora

- Minha cara 'ta toda fodida e você ainda vem me dar lição de moral!?

- Confesse que você mereceu

- Pelo o que falei? Era apenas brincadeira!

- Acontece David, que nem todo mundo tem a lendária paciência que eu e Miles temos com você - Ele fez uma careta de dor enquanto Evie desinfetava um machucado com álcool.

- Meu pai sabe que você roubou essas coisas da enfermaria? - Ele disse dando um sorriso sínico.

- Não, ele não sabe, do mesmo jeito que ele não sabe que o filinho dele andou metido em brigas com pessoal de Alexandria - Negan realmente não sabia, não que ele se importasse com o fato de que David tinha um olho roxo, mas, assim como ele dizia "Não quero ver você metido nos meus negócios" logo, era melhor manter isso em segredo.

- É melhor ele não saber que esmurrei a cara do filho de Rick, a aberração - Evie o encarou, o repreendendo pelo "apelido".

- Ele se chama "Carl"

- Como você sabe? - Ela não o respondeu, apenas pegou a pomada que estava na mesa mais próxima.

- Vie? Depois da briga, você foi atrás dele, por que?

- Eu conheci algumas dessas pessoas no inicio de tudo, eles foram legais até demais comigo. Eu fui atrás dele 'pra me "desculpar" sobre o que aconteceu, mas não deu muito certo

- Por que? O que aquele idiota disse 'pra você? - Ele levantou a voz, e Evie entendeu o que ele pretendia fazer se ela contasse.

- Nada! 'Ta tudo bem, é só que a gente não conseguiu se acertar

- Conhecia eles? Os caras que morreram?

- Só um deles, o Glenn - Ela pareceu gelar ao dizer aquele nome.

- O japonês?

- Ele é coreano! Bem, ele era

- Acha que deve algo a eles? Por isso foi atrás de Carl?

- Talvez, 'pra falar a verdade nem eu sei por que fiz isso, eu deveria ter deixado 'pra lá

- Olha, se aquele imbecíl disse alguma merda 'pra você, pode me contar ok? Por mais que eu queira socá-lo até ele ficar roxo, eu não irei fazer nada se você não deixar - Evie era uma das poucas pessoas que o conhecia, e sabia que por trás daquele garoto impulsivo e algumas vezes até babaca, existia um garotinho chorão que queria dar orgulho ao seu pai, ela também era uma das únicas pessoas que ele importava já que eles eram amigos desde a infância, eles não se sentiam tão sozinhos juntos.

- Olha, se aquele imbecíl disse alguma merda 'pra você, pode me contar ok? Por mais que eu queira socá-lo até ele ficar roxo, eu não irei fazer nada se você não deixar - Evie era uma das poucas pessoas que o conhecia, e sabia que por trás daquele ...

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- Ele disse que eu era uma covarde - Ela confiou nele para dizer o que aconteceu. Evie sentia uma forte angústia toda vez que se lembrava das palavras de Carl.

- Aquele... - Ele fechou seus punhos fortemente, mas tentava se controlar o máximo possível.

- Talvez ele esteja certo - Ela disse quase como um susurro, parecia que ela estava falando aquilo para si mesma.

- Isso não é justo! Não é justo eles saírem como os "heróis bonzinhos" enquanto nós somos os "vilões covardes". Nós fazemos o possível 'pra sobreviver, não é? Não somos covardes por isso, temos que arrumar um jeito de vencer, nem que isso sacrífique as pessoas que mais amamos... por que no final, o amor não importa, né? Sentimentos fortes nos enfraquecem - Seus pensamentos estavam distantes, provavelmente parando em sua mãe, cujo a dor de perde-la nunca havia sido processada, como se tivesse sido guardada em um baú que foi colocado no fundo de sua mente, mas como esse baú está destrancado, é prossível abri-lo com facilidade.

- As vezes, eu acho que é melhor morrer por amor do que viver sem ele

- Então por que ainda está aqui? - Ele se arrependeu de suas palavras no momento em que as disse.

- Também não sei - Ela jogou o algodão no lixo e se levantou, David continuou sentado se sentindo um idiota por ter dito isso para uma das únicas pessoas que ainda se importava com ele, e mais idiota ainda por ser incapaz de pedir desculpas.

Eles tinham várias diferenças, e uma delas era que David era intenso e impulsivo. Enquanto Evie parecia um robô, lágrimas e sorrisos era raros, e ela nunca demonstrava emoções, mas ao mesmo tempo, ela era a mais sentimental e sempre estava se sacrificando pelos outros, enquanto David não ligava para ninguém além de si mesmo, e passaria por cima de qualquer um para vencer, ou pelo menos ele fingia.

Mas no fundo, quem o conhecia bem sabia que ele não passava de um garotinho chorão.

Segunda Chance - Carl GrimesOnde histórias criam vida. Descubra agora