Eric Cartman nunca se sentiu tão perdido em sua vida. Ele sentia dores e sabia o propósito desses incômodos e onde o levaria, mas no fundo... Eric não aceitava de jeito nenhum acabar com tudo isso.
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4
Liane estava sentada á mesa com seu precioso filho Eric, os dois tomavam seu café da manhã como sempre faziam, sempre com aquele mesmo falatório de Liane, falando sobre a escola e quando Eric retornaria, pois no fim das contas, já fazia uma semana que as aulas haviam parado, e Cartman, aparentemente, estava engordando mais e mais de tanto ficar plantado no sofá jogando vídeo-game.
Liane se preocupava com a obesidade mórbida de seu precioso tesouro.
— mãe eu já tô no fim do ano letivo! Por que tem que voltar pra escola? Eles não vão ensinar nada! — Eric revirou os olhos enquanto falava, pegando seu pãozinho torrado e dando uma mordida generosa.
— você é um menino estudioso docinho, aposto que serão ótimos últimos dias letivos. — Cartman rolou novamente os olhos, dando mais uma mordidinha no pão, e mais uma, e mais uma – e parece que já tinha acabado – limpou a mão na própria blusa e se preparou para levantar e voltar a jogar seu video-game. Porém, algo o interrompeu.
O celular de sua mãe estava tocando, e de relance ele viu o nome do carinha que ligava; Era o sr Donovan. Só de lembrar dá cara desse homem o rosto de Eric se retorcia em desgosto.
— ohoho~ — embaraçada em meio a risos Liane juntou seu celular, escondendo a tela do eletrônico contra seus seios. — pode ir fazer sua tarefas Eric. — ela sorriu doce, se levantando e indo para o quintal.
Sozinho na cozinha, suspirou.
— Porquê justo o sapateiro? Minha mãe tem um puta dedo podre! — lamentou enquanto caminhava, indo até o sofá e se sentando, braços e pernas separados, todo atirado, pegando o controle e voltando a jogar em seu video-game.
Nem parecia que minutos atrás Butters estava sentado ao lado de Cartman o acudindo enquanto miseravelmente Cartman tossia em desespero.
— … Butters seu merda! — reclamou, ficando extremamente puto ao lembrar do quão Butters era metido. Em meio a lembranças de Butters, que se esvaíram como um papel sendo queimado, Cartman se lembrou de Kyle.
Doce Kyle. O ruivo já tinha passe livre para entrar nos pensamentos de Cartman; e isso o irritava muito.
Cartman se remexeu no sofá, incomodado com seus pensamentos, que aparentemente, não saiam daquela cena repetitiva de Kyle beijando Craig, ou os dois se olhando apaixonadamente, isso causava uma fúria em Cartman, e ele sabia o que era.
— maldito judeu, você vai queimar no inferno por toda a eternidade, junto a seus outros amiguinhos. — ele soltou leves risos baixos, como se quisesse achar graça nisso, porém, isso não havia muita graça, não quando ele imaginava Kyle nessa situação.
— Eric!? — Liane prontamente apareceu para tirar Cartman de seus devaneios, ele ergueu o olhar e a encarou, vendo que ela já segurava um casaco vermelho e um gorro.
