rosas chamuscadas

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Eric correu para casa como se estivesse sendo perseguido por algo assombroso, entrando em sua residência, sua mãe se espantou, saindo da cozinha, para ver o que estava acontecendo com seu menino.

- Eric? Você está bem? Aconteceu alguma coisa? - Liane estava tão apavorada, se aproximou de seu filho, entretanto Cartman estava alterado, negando qualquer aproximação.

- Sai de perto de mim! Caralho! Não me encosta! Volta pra cozinha! - Eric espantou Liane, que colocou a mão sobre o peito, assustada com seu próprio filho.

- Mas... docinho... - Eric subiu as escadas com toda pressa do mundo, batendo os pés pesados. Ele entrou em seu quarto e trancou a porta.

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- Merda! Merda! Merda! Milhões de merdas cuzões do caralho! - Eric xingava aos ventos, chutando tudo que via pela frente. Sua mochila voou na parede, a cadeira giratória foi derrubada, seus poucos livros tiveram um fim trágico, onde várias páginas foram arrancadas pelos dedos gordos de Eric. Ele estava furioso, assustado, ansioso, seu peito doía e pulsava, ele sabia o que ele tinha; rosas. Numa rajada de tosse descontrolada, colocou as mãos sobre o pescoço e o apertou. Não parava, não importa o que Eric fizesse. Ele tossia e sentia ânsia de tanto que forçava, seu estômago queimou e a única coisa que ele pensava era parar de tossir, mas seu desejo se tornou impossível quando a saliva começou a escorrer entre seus lábios, e aos poucos sangue espirrava de sua boca, sujando os livros acabados, as pétalas caiam lentamente, dançando no ar como plumas, molhadas de sangue. Felizmente, aquilo tudo acabou, Eric caiu para trás, com suas costas no tapete. Sentia o ardor de sua faringe e seu estômago possuir uma dor insana que ele jurou ser semelhante a um câncer terminal. Afinal, ele estava com uma doença terminal, certo? Cartman acreditava nisso mesmo que fosse tosco, algo que Butters tirou de um computador, pois no final das contas, poderia fazer sentido.

Eric deitou no chão, dando graças a deus por ter fechado a porta antes de ter o seu ataque de raiva.

A maçaneta mexeu.

- Eric? Por favor, abra a porta, a mamãe está preocupada com você! - Eric notava a voz de sua mãe, era incontável o quanto aquela mulher se abateu em sua vida, mas naquele dia, a voz de Liane estava tão emotiva.

- Vai embora!! Eu tô bem!! - Gritou, sentindo seus olhos lacrimejarem, doía demais gritar naquele estado, ele só queria descansar.

- Meu amor, eu...

- Vai-embora! - Eric tentou pela última vez, desistindo de falar qualquer coisa para sua mãe. Mesmo assim ela continuou, suplicando para que Eric abrisse a porta.

Eric se levantou, sentou-se sobre o chão e escorou suas costas sobre os pés da cama, sua lombar doía muito, ele havia caído em cima de alguns livros rasgados, estava explicado sua dor.

Rosas em meu peitoOnde histórias criam vida. Descubra agora