- Capítulo 5 -

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Luke caminha pelas ruas vazias, seus passos ecoando a solidão que carrega. Sem alegria e energia, seu olhar perdido reflete um peso invisível. Ao chegar em casa, sua mãe, preocupada, pergunta onde ele esteve, mas Luke permanece em silêncio, trancando-se em seu quarto, isolando-se do mundo exterior.

Martha: Luke, onde você estava? Está tudo bem?

Luke: ...

Martha: Por favor, me conte.

O garoto simplesmente permaneceu em silêncio assim que abriu a porta de casa. E após abrir, ele bateu a sua porta do quarto com muita raiva e força. Sua mãe ainda levantou do sofá, preocupada com seu filho estar muito triste e nervoso. Martha chegou perto da porta para falar com ele, e mesmo assim, Luke é mal educado com sua mãe Martha.

Martha: Filho, me conta o que aconteceu?

Luke: Não tenho nada pra contar, mãe.

Martha: Preciso saber, querido.

Luke: Quer saber o que? Hein!? Eu tive um dia péssimo, só isso.

Martha: Não vai falar comigo?

Luke: Não vou, tudo que eu quero é ficar em paz no meu quarto.

Martha: Não pode ficar aí pra sempre.

Luke: Posso sim, e não fala mais comigo.

Martha: Tudo bem, fica calmo.

Luke: Só se afasta da porta.

Martha: Tá bom, eu estou me afastando. Fique bem.

A mãe, angustiada, sente o peso da preocupação em suas palavras não respondidas. Cada silêncio de Luke é como um desafio, um labirinto emocional que ela tenta desesperadamente decifrar. A impotência da mãe frente ao filho que não compartilha seus sentimentos é um fardo difícil de suportar, uma jornada emocionalmente exaustiva.

A mãe enfrenta a penosa realidade de um filho que se fecha para suas palavras. Cada tentativa de diálogo parece encontrar uma barreira impenetrável. A sensação de impotência cresce à medida que suas palavras caem em ouvidos surdos. Lidar com a frustração de não ser ouvida torna-se um desafio árduo, uma montanha íngreme de desesperança para a mãe que anseia pela conexão que parece escapar-lhe constantemente.

A mãe, com o coração pesado, enfrenta a dolorosa realidade de não ser uma presença significativa na vida do filho. Cada conselho não ouvido é como uma ferida difícil de ser cicatrizada, e a dificuldade de lidar com a resistência dele cria um abismo entre eles. A mãe anseia por uma ponte de comunicação que parece desmoronar a cada tentativa. A sensação de não ser capaz de penetrar nas camadas de desconexão transforma-se em um desafio emocional constante, deixando-a em um estado constante de preocupação e anseio por uma conexão que, por enquanto, permanece esquiva.

Nolan entrou em casa e percebeu que sua mãe ainda não havia chegado. Decidiu ligar para sua namorada, Evelyn, para passar o tempo. Nolan havia ajudado um garoto que ele não conhecia a desistir da idéia de pular de uma ponte muito alta. Ninguém sabia desse ocorrido, somente ele. Nolan podia ter guardado esse acontecimento, mas resolve contar a sua namorada Evelyn, que pode servir de ajuda com esse assunto.

Nolan: Ei, Evelyn, como está indo o seu dia?

Evelyn: Oi, amor! Tudo bem por aqui. Como foi o seu dia?

Nolan: Bem, acabei de chegar em casa, mas minha mãe ainda não chegou. Só queria falar um pouco.

Evelyn: Claro, estou aqui. O que aconteceu?

Nolan: Hoje eu encontrei um garoto chamado Luke na beirada da ponte. Parecia meio perdido, sabe?

Evelyn: Oh, sério? Como ele estava?

 A Famosa Morte de um BipolarOnde histórias criam vida. Descubra agora