A Famosa Morte de um Bipolar

- Capítulo 15 -

Quando um casal se acostuma a compartilhar sua rotina, suas emoções e sua intimidade diariamente, a separação temporária pode se tornar uma experiência desafiadora. Ficar distante um do outro por alguns dias, seja por motivos de trabalho, viagem ou outras circunstâncias, pode criar uma série de desafios emocionais e práticos que testam a força do relacionamento.

Nolan: Está melhor?

Evelyn: Sim, estou. Esse seu abraço me deu um alívio.

Nolan: Só me diz uma coisa, quanto tempo vai durar nessa universidade?

Evelyn: Dois anos.

Nolan: O lado ruim é que vamos nos ver menos, e o lado bom é que você conseguiu essa vaga.

Evelyn: É uma chance que eu não posso perder.

Nolan: Não vai perder, confie em si mesmo. Não pode desanimar e muito menos desistir.

Evelyn: Espero que os apartamentos sejam bons e confortáveis.

Nolan: Ouvi dizer que em Los Angeles é mais fácil arrumar emprego.

Evelyn: Também ouvi falar.

Nolan: Olha pra mim, nada vai nos separar. Eu te amo e confio em você.

Evelyn: Obrigada por confiar em mim. Só não vai ser fácil conviver sem você.

Nolan: Eu penso a mesma coisa, não será nada fácil pra mim também.

A separação física pode desencadear sentimentos de solidão e saudade. A ausência da presença física do parceiro pode deixar um vazio emocional, especialmente quando se está acostumado a compartilhar cada momento do dia juntos. A falta do toque, do abraço e da proximidade física pode ser difícil de lidar, e muitas vezes, os casais sentem como se estivessem perdendo uma parte de si mesmos durante esse período.

Além disso, a comunicação pode se tornar um desafio. Mesmo com os avanços tecnológicos que facilitam a comunicação à distância, como mensagens de texto, chamadas de vídeo e redes sociais, a sensação de estar longe um do outro pode dificultar a conexão emocional. A falta de contato visual e linguagem corporal pode levar a mal-entendidos e à sensação de desconexão, especialmente se houver diferenças de fuso horário ou acesso limitado à internet.

Outro aspecto que pode tornar a separação difícil é a dependência emocional. Quando um casal está acostumado a se apoiar mutuamente em todos os aspectos da vida, desde as tarefas domésticas até as decisões importantes, a separação temporária pode deixar um sentimento de vulnerabilidade. A necessidade de lidar com desafios e tomadas de decisão sozinho pode sobrecarregar emocionalmente um ou ambos os parceiros, levando a sentimentos de ansiedade e insegurança.

A separação temporária pode ser uma oportunidade para fortalecer a conexão emocional e a confiança entre um casal, desde que ambos estejam comprometidos em enfrentar os desafios juntos e manter o amor e o apoio mútuo, mesmo à distância.

Nolan: Quando vai pra Los Angeles?

Evelyn: Daqui a quatro dias.

Nolan: Isso é ótimo, vai poder participar da festa de formatura.

Evelyn: Estou ansiosa pra comemorar. Até arrumei um vestido.

Nolan: Que bom, Será uma festa incrível.

Evelyn: Tenho que ir, só vim pra te dar essa notícia.

Nolan: Não precisa ter medo, vai dar tudo certo. Você é inteligente e não desiste tão fácil.

Evelyn: Obrigado pelo apoio, te amo.

Nolan: Nos vemos quando?

Evelyn: A festa de formatura é daqui a dois dias, ainda temos muito tempo pra se encontrar.

Nolan: Beleza. Vou te ligar durante essa semana.

Evelyn: Tá bom. Agora vem cá, me dá um beijo.

Sem dizer uma palavra, Nolan inclinou-se lentamente em direção a ela, seus lábios se aproximando dos dela com uma ternura palpável. O beijo de despedida foi suave e delicado, mas carregado de emoção. Foi um gesto simples, mas significativo, uma expressão do amor que compartilhavam e da tristeza de se separarem, mesmo que temporariamente.

Evelyn fechou os olhos por um momento, saboreando a sensação dos lábios de Nolan nos seus, tentando memorizar cada detalhe daquele instante. Ela sentiu seu coração se encher de gratidão por ter alguém tão especial ao seu lado, alguém que tornava cada momento juntos tão precioso.

Quando se separaram, seus olhares ainda refletiam a intensidade do sentimento que compartilhavam. Com um suspiro resignado, Evelyn deu um passo para trás, afastando-se lentamente dele. Ela sabia que precisava ir, mas o calor do beijo de despedida permaneceria com ela durante todo o caminho de volta para casa.

Enquanto observava Evelyn se afastar, Nolan sentiu um aperto no peito, uma mistura de tristeza pela partida dela e a esperança de que logo estariam juntos novamente. Ele sabia que o amor deles era forte o suficiente para superar qualquer distância, e aquele beijo de despedida era apenas um lembrete disso.

Nolan: Essa é a minha garota.

À medida que o sol continuava a brilhar no céu azul acima, Nolan permaneceu na calçada da padaria, assistindo Evelyn desaparecer de vista. Ele sabia que a espera valeria a pena, pois, no final do dia, estariam juntos novamente, compartilhando mais risadas, conversas e, é claro, mais beijos cheios de amor.

Nolan: Que dia foi esse. Bom, Hora de voltar pra casa.

Enquanto Nolan caminhava de volta para casa, os pensamentos ainda mergulhados na doce despedida com Evelyn, ele notou um sorriso discreto se formando em seus lábios. O beijo de despedida ainda ecoava em sua mente, trazendo uma sensação reconfortante de amor e conexão.

Luke finalmente volta para casa, mas algo parece diferente. Seus passos tem um ritmo mais leve, e um sutil sorriso brinca em seus lábios, desviando-se das habituais linhas de preocupação. Martha, sua mãe dedicada, percebe imediatamente a mudança de atmosfera assim que ele cruza a porta de entrada. Ela deixa de lado o que estava fazendo e se aproxima dele com um olhar atento, pronta para descobrir o que causou essa alteração no filho.

Martha: Olá, filho.

Luke: Oi, mãe.

Martha: Onde estava?

Luke: Eu dei uma saída por aí.

Martha: Ainda bem que está de volta.

Luke: Me deu fome no caminho, por isso eu resolvi vi pra cá e pegar algo pra comer.

Martha: Está diferente, sorrindo eu diria.

Luke: O que tem demais?

Martha: Você nunca sorri, não desse jeito.

Luke: Tive um dia bom hoje, só isso mesmo. Conheci um cara e a namorada dele, até que foi bom.

Martha: É mesmo? Que bom, filho.

Luke vira-se para sua mãe, surpreendentemente receptivo à sua observação. Ele pára por um momento, seus olhos encontrando os dela em um gesto de comunicação silenciosa. Sem dizer uma palavra, ele assente, indicando que, de fato, algo mudou em seu mundo interior.

Martha sorri, feliz por ter captado a mudança e aproveitando a oportunidade para se conectar com o filho. Enquanto Luke se dirige à geladeira em busca de algo pra comer, Martha decide engajar-se em uma conversa casual, ansiosa para saber mais sobre o que está por trás desse ânimo em seu filho.

Martha: Quer me contar mais sobre seu dia?

Luke: Eu só tive um dia bom, mãe. Só isso mesmo, sem nenhuma novidade pra falar.

Martha: Estou feliz que teve um ótimo dia.

Luke: Não é sempre assim, mas aconteceu algo bom pelo menos.

Pegando uma barra de chocolate na geladeira, Luke se despede de sua mãe e vai para o quarto ficar sozinho novamente. Lá, ele se senta na cama e saboreia o pedaço de chocolate delicioso enquanto reflete sobre os acontecimentos do dia. Apesar de estar sempre sozinho, ele sabe que o amor e apoio de sua mãe estão sempre presentes, sustentando-o a cada passo de sua jornada.