- Capítulo 11 -

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Nolan caminhou lentamente pela rua, sentindo o peso simbólico do último dia de aula pesar em seus ombros. O sol do meio dia derramava uma luz suave sobre as casas, tingindo o céu de tons dourados que pareciam refletir sua mistura de emoções. Cada passo parecia mais pesado que o anterior, como se estivesse relutante em deixar para trás os corredores familiares da escola onde tantas memórias foram criadas.

Nolan: Finalmente em casa, posso descansar um pouco.

Ao abrir a porta da sua casa, o aroma acolhedor do almoço sendo preparado invadiu suas narinas, trazendo uma sensação reconfortante de lar. Sua mãe, com um sorriso caloroso no rosto, estava ocupada na cozinha, mexendo uma panela no fogão enquanto o vapor dançava no ar.

Nolan largou sua mochila no chão com um suspiro de alívio, sentindo o peso literal e figurativo das tarefas escolares deixando seus ombros. Ele se deixou cair no sofá, afundando nos almofadões macios com um suspiro de contentamento misturado com um leve traço de melancolia. Era o fim de uma era, o fim de uma jornada que parecia ter começado há tanto tempo e ao mesmo tempo tão recentemente.

Eliane: Oi, filho. Chegou bem na hora.

Nolan: Pois é, hoje o dia foi corrido demais.

Eliane: Sério? Me conta como foi na escola, hoje era o último dia de aula.

Nolan: Pra nossa felicidade sim.

Eliane: Seu amor por essa escola é engraçado.

Nolan: Fazer o que, né? Nós estudantes temos um relação de amor e ódio pela escola.

Eliane: Apresentou o trabalho escolar?

Nolan: Sim, estava tudo nos conformes. O professor Carlos aprovou tudo.

Eliane: Ou seja, se aprovou é porque gostou.

Nolan: Exatamente, estou livre da terrível recuperação.

Enquanto observava sua mãe se movimentar habilmente na cozinha, Nolan deixou seus pensamentos vagarem, relembrando os momentos marcantes do último ano letivo. As risadas compartilhadas com os amigos, os desafios enfrentados nas aulas, as descobertas pessoais que moldaram seu crescimento. Tudo parecia ter acontecido em um piscar de olhos, mas deixou uma marca indelével em sua jornada rumo à maturidade.

Eliane: Não falaram nada sobre uma festa de formatura?

Nolan: Sim, a diretora já havia falado que após cinco dias depois das aulas que vamos fazer essa festa.

Eliane: Que bom, ainda bem que você tem a vestimenta certa pra ir.

Nolan: Mal posso esperar pra experimentar.

Eliane: Certo, agora vamos comer.

Nolan: Tava na hora, tô morto de fome.

Enquanto o cheiro tentador da refeição se intensificava, Nolan sorriu para si mesmo, reconhecendo que embora o capítulo escolar estivesse chegando ao fim, muitos outros ainda estavam por vir. O futuro era incerto, repleto de possibilidades e promessas, e ele estava pronto para enfrentá-lo com determinação e coragem.

Nolan: Mais tarde eu e a Evelyn vamos comer biscoitos e assistir algum filme.

Eliane: Combinaram de se encontrar aqui em casa?

Nolan: Isso mesmo. Prometo que não vamos fazer nada de errado.

Eliane: Eu confio em você, filho. Só peço que espere um pouco mais.

Nolan: Esperar o que?

Eliane: Sabe, dar aquele passo a frente.

Nolan: Eu vou dar esse passo quando eu e a Evelyn estivermos prontos.

 A Famosa Morte de um BipolarOnde histórias criam vida. Descubra agora