Capítulo 17

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Regina apertou o volante ao jogar o corpo para frente e cantar, aos berros, junto de Henry a música da rádio. O menino não sabia se continuava cantando ou se ria da cena.

-Para, mãe! -disse ele entre uma risada e outra. -Minha barriga já tá doendo!

-Ah, mas eu só tô cantando... -revirou os olhos de modo divertido e o menino limpou uma lágrima no canto dos olhos. -Olha, chegamos!

Regina desceu do carro e olhou mais uma vez para o tênis que havia pego de Emma na saída da casa -vendo que estava atrasada. Preferia uma bota. Passou a mão pela calça jeans e ajeitou o cardigan no corpo.

O mais novo pulou do passageiro e correu para segurar a mão de Regina.

-Por que a mamãe não veio? -Henry disso ao puxar o braço de Regina dando um solavanco que a morena se conteve para não cair. Riu de nervoso do quase tombo.

-Ei, devagar, rapazinho! -Mills sorriu e voltou a caminhar ao lado do filho. -Mamãe estava num reunião muito importante do hospital, meu amor. Ela é chefe lá agora e não pode sair quando quiser. Por isso viemos buscar a vovó, o vovô e o Neal.

-Mas você também não é chefe?

-É diferente, carinho. -Regina sorriu e acariciou os fios de Henry. -A mamãe quem criou o escritório junto com o Daniel...

-O Daniel do meu nome?

-Isso, amor... -Regina sorriu largamente para o filho. -O Daniel do seu nome. -mexeu nos fios castanhos do garoto. -Então, eu sou a chefe e algumas pessoas podem trabalhar para mim quando eu não puder ir, mas a Emma não. Ela trabalha para outras pessoas e quando eles não podem ir é a sua mamãe que vai.

-Que chato! -o menino revirou os olhos. Era um mini Mills como Emma gostava de chamar. -Que trabalho chato! Não quero ser adulto!

-Tudo bem, mas também não vai poder ir para escola de meninos maiores, nem vai poder dirigir sozinho e nem vai poder sair sem a mamãe.

-Pera aí, não pode dirigir criança? -Henry arregalou os olhos. -Por Cher, quero crescer sim!

-Onde você aprendeu a falar isso?

-Com a mamãe? -Henry sorriu. Havia combinado com a loira de pregar aquela peça na morena e estava doido para contar para Swan que conseguiu. -Ouvi ela falando isso algumas vezes e ela até explicou que a Cher é tipo...

-Pode ir parando ou eu vou matar sua mãe! -Regina respirou fundo. -Meu amor, essas coisas você só pode falar quando tiver maiorzinho, tudo bem? Entendendo bem dessas coisas.

-Sim, senhora! -bateu continência e Regina riu.

-Agora vem que eles já devem ter chegado.

Regina pegou um carrinho de bagagens para ajudar os sogros. Ainda era estranho para Regina os chamar assim. Nem conseguia mais recordar das vezes que Mary a alfinetava com relação à filha. Só parou mesmo quando apresentaram Henry como mais novo integrante da família Nolan Swan.

-Gina! -Neal foi o primeiro a gritar seu nome e correu na sua direção. A morena se abaixou e segurou o garotinho nos braços. -Que saudade! -ele apertou a mulher mais um pouco e ela se levantou com ele ainda nos braços. Henry apertou os olhos num claro sinal de ciúmes, mas logo desfez quando se jogou no colo dos avós.

Neal seguia agarrado em Regina.

-Passa ano e entra ano esse garoto não vai deixar de ser seu fã número 1. -David disse ao segurar Henry num braço e puxar Regina para um abraço.

-Coitados de quem quiser um pouco de você durante essa semana. O Neal vai te roubar todinha para ele! -Mary disse e também apertou Regina em um abraço.

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