Capítulo 2

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Regina andava o mais rápido que podia em direção a casa de Zelena. Seus olhos estavam vermelhos de tanto chorar. Seu coração poderia explodir de tanto que o sentia doer. Precisava chegar até a casa da mulher ou não saberia mais como se controlar.

Mills apertou o passo mais um pouco e segurou o celular com mais força. Seu casaco estava aberto o que fazia seu corpo entrar em contato com o ar gelado daquela manhã de sexta-feira. Chorou mais um pouco e não sabia mais se era de raiva ou de qualquer outro sentimento. Estava magoada, -era a única coisa que sabia que sentia-, com tudo o que estava acontecendo. Seu coração parecia errar todas as batidas que tinha direito e até mesmo as que não tinha.

A mulher parou apoiada na árvore que ficava em frente a residência de sua irmã. Puxou o ar com força. Ela não tinha certeza se aguentaria mais disso. Não sabia se estava pronta para sentir ódio de Daniel. Não agora que tinha entrado em uma fase melhor da sua vida. Não agora que começava a doer um pouco menos.

Olhou para o celular e discou mais uma vez o número de Zelena. Dessa vez a ligação foi atendida.

-Mas que porra... Você tá chorando? -A ruiva se manifestou do outro lado da linha quando ouviu um soluço cortante vindo da mais nova.

-Zel, por favor... -chorou e sua voz falhou. Seus olhos estavam com lágrimas ainda mais grossas que antes. Sentia que o mundo estava fazendo mais uma pegadinha com ela. Não podia ser, podia? -E-eu tô a-aqui na frente.

-Eu tô descendo!































-Ele deixou cartas, Zelena. Ele deixou cartas! -Regina aumentou o tom de voz e começou a chorar desesperadamente.

-Como assim, Gina? -Zelena estava sentada ao seu lado. Tinha trago uma xícara de chá para tentar acalmar a irmã e aquecê-la do frio que fazia naquela manhã em Nova York.

-E-ele...Meu Deus, Zelena como ele foi capaz de fazer isso? Eu estava indo bem. Eu estava superando tudo o que aconteceu. Eu...

-Você o ama ainda, sis. -Zelena abraçou a irmã que chorava desesperadamente.

-Combinamos que....que não íamos fazer nada para surpreender o outro. Eu implorei para ele não fazer nada "piegas". -riu ao lembrar deles na cama do hospital enquanto Daniel fazia promessas e mais promessas que no fundo ela sabia que não seriam cumpridas. Mesmo desejando estar errada, ela esperava que ele cumprisse pelo menos com a promessa de não fazê-la reviver eles. -Pedi para ele não fazer isso. Eu não vou suportar, sis!

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