Planos, festas e mergulhos

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As estrelas no céu brilham o máximo que podem antes de a enorme nuvem acinzentada engoli-las. É como se o mundo soubesse que hoje uma nova etapa começaria.

Sem mais medo.

Sem mais fugir.

Sem mais me conter.

Acho que vai chover.

— Gabriel...

— Sim, Roseanne. Vai dar certo — ele responde, adivinhando o que eu iria perguntar. — Quer revisar de novo?

Assinto com a cabeça, conferindo a minha maquiagem pelo espelho do carro.

— Fase um: Jin, Seulgi, Chanyeol, Jihyo, Jeongyeon e Joy entram com os convites falsos.

Isso seria um ótimo começo para o plano. Irene com certeza ficaria irritada, tentando descobrir quem os convidou. Enquanto ela focasse nisso, eu teria tempo para continuar a vingança.

— Fase dois: nós descobrimos por que Ísis se aproximou de você.

Essa era a parte mais complicada, para ser honesta. Eu não poderia perguntar diretamente para Ísis porque ela precisa acreditar que confio nela. Fora ela, não faço ideia de quem mais poderia me responder.

Por isso, Gabriel, que é do círculo de amigos dela, vai me ajudar nisso.

— Fase três: a atenção da festa vai para você.

Não tenho muito a opinar sobre isso. Por mais que não quisesse, concordei que o melhor jeito para derrubar alguém tão autocentrado seria mudando os holofotes para uma pessoa de quem ela não gosta.

É aí que eu entro.

Pretendo fazer algo que ninguém esperava que eu fizesse. Talvez dançar?

Ou talvez seja mais fácil expor para todos o motivo para Ísis ter mentido para mim, quando eu tiver descoberto. Poucas pessoas devem saber, pois, se fossem muitas, eu já teria ficado sabendo. 

Bom, fofocas sempre chamam atenção, afinal.

— Fase quatro: o resto da Hurry chega.

Não me entenda mal, a Hurry não é criminosa. Nós somos bem educados e temos princípios sólidos, mas gostamos de nos divertir. 

Nesse ponto, o objetivo da minha família seria instaurar o caos.

E nisso, meu querido, nós sempre fomos muito bons.

— Fase cinco: nós devolvemos o que ela merece.

Enquanto Irene estará surtando com a chegada de mais penetras indesejados, iríamos dar o golpe final: ou acabaríamos com essa rivalidade, ou a incentivaríamos a cortar meu pescoço. Não sabemos dizer, já que ela é imprevisível.

O que sei é que estamos prontos para ambas as situações.

Não posso dizer que essa bagunça começou quando ela me deu um tapa. Nem quando rasgou a mochila de Lalisa. Não. Tudo isso se estende há dois anos.

Dois anos aguentando os boatos, isolamento, olhares furiosos e brigas sem razão. Eu fui muito gentil por ter me contentado em somente estapear quem me irritava. E mais gentil ainda por ter evitado brigas o máximo que pude.

Mas o que posso fazer?

Essa não sou eu.

Se já me achavam violenta enquanto eu me esforçava para ser simpática, talvez seja a hora de mostrar o que é ser agressiva. Ninguém mexe comigo sem consequências. Ou, pelo menos, não mais.

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⏰ Última atualização: Feb 24 ⏰

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