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Algumas semanas se passaram, cada dia chegando mais perto do tão esperado dia

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Algumas semanas se passaram, cada dia chegando mais perto do tão esperado dia. Hoje é sexta-feira, Sunoo convidou os meus pais para irem à casa dele jantar. Eu até pensei em dizer que morri, estava doente ou que meu cachorro morreu. Mas me lembrei que não tenho cachorro, minha imunidade é boa, e se eu tivesse morrido não iria comer os docinhos do casamento. Então, esqueci tudo e resolvi ir.

Ficar no mesmo ambiente que meus pais é algo complicado. Não são más pessoas, mas são do tipo que abrem a boca pra falar algo tentando dar uma de engraçadinhos e acaba com o clima todo. Minha mãe ainda é alguém com que eu tenho mais contato, mas nem lembro a última vez que falei com meu pai.

Cheguei do trabalho pela noite, tomei um banho demorado e coloquei uma roupa decente. Pegando minhas coisas pra sair. Agora, pensando na morte do cachorro, eu senti falta de um. Anotei na minha lista mental o tópico de adotar um cachorro.

Entrei no carro, jogando tudo no banco do passageiro, só parando uns segundos para responder Sunoo no celular.

adotado
pai
os avós de Nari vao vir
tá?

estalei a língua no céu da boca, cogitando a idéia de mandar um dedão concordando, mas respondi que tudo bem e avisei que estava saindo.

Ele mora relativamente perto, então não demorei muito pra chegar, respirando fundo e contando até 50 antes de sequer pensar em descer do carro. De fora já dava pra ver que tinha juntamento, pelos carros estacionados e o barulho alto de conversas vindo de dentro de casa. Me balancei nos pés quando parei na porta, tirando a xuxinha de cabelo dos meus fios pra não ouvir porcaria. Sunoo já veio me atender falando mal da família toda, fofocando sobre os mais velhos, oque me fez rir. Estava todo mundo na sala de jantar, fiquei com muita vergonha por chegar depois e ter a atenção toda. Pude ver que haviam algumas cartas de baralho em cima da mesa e alguns jogos desconhecidos, meus olhos capitaram vinhos e cervejas ali também. Ok, não vai ser tão ruim.

── oi, meu amor! ── minha mãe me abraçou caloroza, balançando nossos corpos. Abraço de mãe costuma sempre ser bom, apesar de eu saber que não costumo abraçar muito a minha mãe.

Depois que eu saí da escola, os boatos de que eu beijei um garoto se espalharam rápido de mais e chegaram nos meus pais na mesma velocidade. Meu pai só não me tirou de casa por quê minha mãe não deixou, ele disse que eu só ia ficar debaixo do teto dele se eu nunca mais falasse de garotos. Bem, era isso ou eu moraria na rua. Então o fiz, deixei os garotos de lado e nunca contei sobre Jimin, disse que o boato do beijo foi um desafio que os garotos fizeram em uma reunião de basquete e alguém viu. Ele acreditou, dizendo que se acontecesse de novo ele deixaria de ser meu pai. Quando eu apareci com uma mulher, ele faltou pular de alegria, ficou extremamente animado quando eu falei de Sunoo. Mas, assim como sua alegria veio, ela foi tão rápido assim quando viu que eu não estava junto com ela e que fiquei sozinho com um mini Jeonzinho. Desde então, tranquei a faculdade, passei a morar sozinho e trabalhava de lugar em lugar só pra comer. Demorei a chegar no ponto de conseguir um emprego de verdade e viver bem longe deles.

DUAS VEZES VOCÊ | jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora