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Jenna point of view

Após o jogo de boliche, ajax passou a me olhar com dúvida, tão profundamente que parecia que sabia de todos meus pecados.

Saímos da área de boliche e fomos para o jardim. Sentamos debaixo de um guarda-sol.

— Vocês querem alguma bebida? — Emma perguntou.

— Eu quero uma limonada. — Ajax disse admirando a piscina.

— Eu quero um suco de laranja. — Priah disse.

— Não quer nada, Jenna? — Emma me perguntou.

Quero sim, ir embora dali o mais rápido possível.

— Não, valeu.

Alguns minutos depois os sucos chegaram e os três continuaram conversando.

Aquela conversa estava me entediando, até o jeito de Ajax falar me incomodava, parecia autoritário, tinha tanta confiança que parecia o dono daquilo tudo, sem contar a forma que ele falava com Emma, tirando uma intimidade não sei da onde.

Não aguentei e mandei mensagem para o meu irmão pedindo para vir nos buscar.

— Priah, o Ethan já está vindo.

— Mas já? — Ela fala recolhendo as maquiagens que Emma lhe deu.

— Sim.

— Fiquem mais um pouco, é cedo. — Emma disse sorridente enquanto Ajax faltava soltar fogos em saber que ficaria sozinho com Emma.

— Não dá, esse é o único horário que meu irmão pode vir.

— Ah que legal, vou conhecer seu irmão?

— Ele não é muito apresentável.

— Ele é um gatinho, você precisa ver. — Priah disse à Emma.

— É? — Emma disse.

Por Deus, qualquer dia eu esgano Priah.

— Qual é? vão ficar falando de garotos na minha frente?

— Não enche, ajax. — Priah disse e nos levantamos.

— Obrigada pelo convite. — Dizemos à Emma.

— Por nada, qualquer dia que quiserem podem voltar, serão muito bem-vindas.

Emma nos acompanhou até a grande porta de entrada.

Nos despedimos e vejo o carro de Ethan, atravessamos a rua e adentramos ao carro.

— E aí, como foi?

— Insuportável. — Digo colocando o cinto.

— Ela está brincando, foi incrível! Ela está assim porque lá tinha um garoto que ela não gosta.

Priah, seus dias estão contados!

— Não gosta dele por que? Quer que eu der uma surra nele?

Não era uma má ideia.

— Deixa de besteira, Ethan. E presta atenção na pista.

— Ela não gosta dele porque ele tá se atirando pra colega de quarto dela.

— Você tá afim dela, maninha? — Ethan me olha com um sorriso malicioso pelo retrovisor e eu encaro a janela.

— Que pergunta idiota, não gosto do Ajax porque ele é intrometido e sem noção, apenas.

— Apenas? — Priah pergunta.

— Apenas. Na verdade eu gostaria de saber por que eu estou sentada no banco de trás e Priah está aí na frente.

— Porque eu cheguei primeiro. — Ela diz vitoriosa.

— Me empurrando na pista até quase eu ser atropelada, não é?

— Oque importa é que consegui o lugar.

Com um tempo de estrada chegamos no meu bairro, que por sinal era bem diferente do de Emma, oque me fez cair em um choque de realidade e de classe social muito grande.

Desci do carro e entrei em casa, minha mãe estava varrendo a escada.

— Já, filha? cadê seu irmão? — Minha mãe perguntou.

— Foi deixar Priah na casa dela.

— Filha, posso te pedir um enorme favor? — Ela fala enquanto troca a vassoura pelo aspirador de pó.

— Depende.

— Pega sua irmã na natação, por favor? tô tão ocupada, fazendo faxina na casa e com panela no fogo.

— E o papai?

— Seu pai tá trabalhando, eu ia pedir pro Ethan mas ele foi levar a priah e já tá na hora de ir buscar a florence.

— Tudo bem, eu vou.

— Obrigada, meu amor.

Sai de casa e fui caminhando até a escola em que florence fazia natação, era bem perto de casa mas minha mãe tem medo de deixar ela vir sozinha.

Cheguei lá e ela ficou encantada em me ver.

— Jenjen! — Ela me abraçou.

— Oi, pequena. Vamos?

— Vamos.

Ela se despediu das professoras e segurou firme em minha mão.

Saímos dali e o caminho tava silencioso, até...

— Jenjen, você já gostou de algum menino?

Por que ela estava perguntando isso? oque eu deveria responder a ela? Será que ela entenderia?

Parei a frente dela e abaixei à sua altura, oque não era muito difícil.

— Flor, eu não gosto de meninos.

— Eu também não, eles puxam meu cabelo. — Ela pôs a mão na cabeça.

Respira, Jenna.

— Não, eu me expressei mal. Eu gosto de meninos como amigos, eu sou lésbica.

— Você só gosta de meninas, é isso?

Até que não foi tão difícil.

— Sim, é isso. — retornei minha postura e voltamos a caminhar.

— Na minha escola tem um menino, se chama Christopher e ele disse que sou linda.

Ela disse com ternura.

— Ele não mentiu. Você é a menina mais linda que eu conheço, Florzinha.

Ela sorriu e chegamos em casa.

Florence foi correndo atrás de cash e eu fui até onde minha mãe estava limpando.

— Mãe, acho que você deveria conversar um pouquinho com a flor.

Ela parou oque estava fazendo e me deu atenção.

— Por que? oque aconteceu?

— Acho que ela está apaixonada.

Digo apoiando minhas mãos no corrimão da escada.

— Como?

— Eu não queria ser fofoqueira porque sei que ela tem confiança em mim, mas você deve ter mais jeito pra conversar com ela esse tipo de coisa. Primeiro amor, Decepção e etc.

Disso eu entendia bem.

— Fez bem, obrigada filha.

Meu primeiro amor foi uma pessoa que me magoou muito, que me fez criar um sistema de proteção extremo para pessoas novas. Há alguns anos atrás, eu era apaixonada pela irmã de Priah, E eu achava que ela também era apaixonada por mim. Tínhamos 14 anos e subiamos no telhado da casa dela pra tomar cerveja escondidas. A gente começou a ficar e namoramos. Mas ela me traiu e me machucou muito com palavras e atitudes, então me senti totalmente perdida e sem rumo. Ela foi morar com o pai dela que é divorciado da mãe de priah, em Laguna Beach. Desde então eu nunca mais a vi e nem espero ver.

Ela me causou uma ferida interna incurável.

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Speak Now - Jenna ortega e Emma myersOnde histórias criam vida. Descubra agora