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Jenna point of view

Após o ocorrido com Emma no refeitório, eu fui atrás de Priah e a encontrei conversando com outras meninas, chamei sua atenção e ela percebeu e veio até mim.

— Oque houve? — Ela me perguntou.

— O Alvo do ano da Joy é a Emma! — Falei olhando pros cantos para ter certeza de que não havia ninguém escutando.

— Oque? como assim? a Emma tá muito ferrada.

— Ela enfrentou a Joy e ela se revoltou, não vai deixar a Emma em paz tão cedo, e o pior é que Emma não sabe com quem está lidando, ela é só mais uma garota indefesa.

Por algum motivo minhas mãos suavam, porque aquilo poderia me afetar de alguma forma, já que eramos colegas de quarto.

— Tenta conversar com ela pra tentar um acordo de paz com a Joy, não sei.

— Eu não quero fazer isso, a gente nem é tão próxima. — Cruzo meus braços.

— Então não faça, deixe-a sofrer. — Priah disse como se fosse a coisa mais simples do mundo e voltou para sua roda de amigas me deixando sozinha.

Eu não seria tão cruel em deixar a Emma se machucar, eu tinha que fazer algo.

Corri para a grande escadaria e corri pelos corredores até chegar em meu quarto. Quando abri a porta percebi um barulho de choro que vinha do banheiro, tentei abrir a porta mas estava trancada, então bati.

— Emma?

Ela não respondeu, mas o choro cessou.

— Emma, abre a porta. Preciso falar com você.

Sentei na cama e fiquei esperando seu retorno, 3 minutos depois a porta foi aberta revelando Emma com seus olhos vermelhos e inchados, com seus cílios molhados e olhos vermelhos, ela realmente estava chorando.

— Oque foi? — Ela me perguntou com uma voz de choro.

— Emma, estava chorando? é por causa da Joy?

Tudo bem que a Joy é uma mulher muito aterrorizante e que ela realmente dá medo pelo seu poder na escola, mas chorar acredito que seja exagero.

— Não é só por isso, é por tudo. Mas você não entenderia, não é? sou só uma garota inocente de nova York

Percebi o quanto minhas palavras pesaram para Emma e me arrependi profundamente de ter dito.

— Emma, vim conversar com você para te alertar sobre a Joy, não precisa se desesperar. Mantenha a calma e aja com seriedade, não provoque ela. Eu já fui o alvo da Joy há 2 anos e não foi uma experiência muito agradável.

Foi horrível, Ela fazia de tudo para fazer um inferno na minha vida e me tirar do sério.

— Eu já entendi, sei que fiz besteira como sempre, como sempre. — Ela se sentou do outro lado da cama e cobriu seu rosto com as mãos.

— Jenna, eu sei que o quarto também é seu, mas você pode sair um pouco?

— Se você quer assim, tudo bem.

Me direcionei até a porta e me virei pra ela novamente, estava faltando algo, eu sentia que estava.

— Emma?

— Fala.

— Precisa de um abraço?

Me arrependi profundamente logo depois de perguntar, estava me corroendo e saiu sem eu conseguir prender, foi mais forte que eu.

Emma assentiu me dando um abraço e eu retribui.

Era isso que faltava.

Emma point of view

Após Jenna ter saído do quarto, fiquei mexendo no celular por longas horas até que chegou um moço muito simpático para instalar a minha cama. Eu estava bem aliviada, mesmo estando me aproximando mais de Jenna.

Aliás, O perfume de uva dela ainda está no meu corpo, Após o abraço. Confesso que fui pega de surpresa, Jenna parecia bancar a durona e estava me ajudando. Bom, já estava na hora de eu tomar banho mesmo eu não querendo tirar o cheiro de Jenna de mim.

[...]

Tomei um banho e quando saí do banheiro com a toalha na cabeça avisto jenna deitada em sua cama.

— Legal a sua cama. — Ela disse encarando um gibi que estava lendo, é sério? quem ainda lê gibi?

— É, trouxeram mais cedo.

— Que bom, não é?

É, não é?

— É.

— Emma, está tudo bem?

— Por que não estaria?

Me joguei na cama e me virei de lado para encará-la

— Não sei. — Ela fez o mesmo e me encarou com aqueles olhos negros que pareciam saber de todos os meus pecados.

— Vamos fazer um jogo para conhecer a outra melhor?

— Agora não, estou lendo gibi. — Ela disse se virando para o gibi novamente.

— Ah não, Jenna.

— Você só quer fazer isso porque seu celular está descarregado e você não tem oque fazer.

Como ela sabe?

— Como sabe?

Ela apontou para meu celular carregando na mesa.

— Tudo bem, mas é rápido, por favor.

Jenna revirou os olhos e fechou o gibi voltando sua atenção para mim.

— Você tem irmãos? — Perguntei a ela.

—  Tenho, 3

— Ah que legal.

— Você tem?

Aquela pergunta me despertou um sentimento de vazio.

— Não.

— Mimada assim, só podia ser filha única. — Ela sorriu de canto debochando.

— Tudo bem, Jenna ortega, você venceu. Boa noite. — Apaguei o meu abajur e naquela mesma posição, fechei os olhos.

Não recebi resposta alguma de Jenna, vi que apenas voltou a ler o seu gibi.

Quando eu já estava quase dormindo, ouvi algumas batidas na porta e a porta foi aberta por Jenna, não consegui identificar muito bem as vozes pois estavam falando baixo, e quando me dei conta já estava dormindo.

Jenna point of view

Me levantei pra atender a porta e era Ajax.

— Uma hora dessa, cara? — Eram 23:16, oque ele queria a essa hora no dormitório feminino?

— Vim procurar saber da Emma e essa é a única hora que não tem fiscal.

Que cara de pau.

— Ela está dormindo, fale com ela depois.

— Está mentindo pra mim? Eu não quero fazer mal nenhum à Emma, cara. Eu só quero conversar.

— Ajax, olhe bem pra minha cara de que vou me dar ao trabalho de ocupar minha mente pensando em mentira pra inventar pra você, ela tá dormindo e se você não acredita o problema é seu. Se quer falar com ela a procure amanhã

Bati a porta na cara dele e voltei de volta para minha cama. Ajax era muito folgado, oque ele queria atrás da Emma? com certeza deve ser interesse e do jeito que Emma é vai cair nas conversas dele.

Guardei o meu gibi e apaguei a luz.

Estávamos apenas no quinto dia da semana e já tinha acontecido tanta coisa, Priah não estava enganada quando disse que esse ano mudaria nossas vidas.

Speak Now - Jenna ortega e Emma myersOnde histórias criam vida. Descubra agora