Capítulo 1 - Destiny

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"It is said some lives are linked across time. Connected by an ancient calling that echoes through the ages. Destiny."

...

1968 - Londres - Inglaterra

William estava deitado sobre a sombra de uma árvore, perdido em seus próprios pensamentos. Sobre a barriga estava um diário com capa de couro, onde seus mais profundos segredos e devaneios eram fielmente registrados. Estava distraído com o som dos pássaros, quando passos quase silenciosos se aproximaram... Sorriu involuntariamente enquanto dizia:

- Sabe, eu poderia reconhecer esses passos desastrados em qualquer lugar pelos próximos mil anos...

- Bom saber, pois eu pretendo continuar te encontrando após todo esse tempo - respondeu o outro rapaz sorrindo enquanto se sentava ao seu lado.

William também se sentou e encarando aqueles profundos olhos verdes disse:

- Eu realmente espero que isso seja uma promessa...

- É uma promessa.

*

Na noite de 24 de dezembro de 1991, nascia na cidade de Doncaster Louis William Tomlinson, uma bela criança de olhos azuis.

Johannah, sua mãe, não poderia estar mais encantada, segurando em seus braços cansados do parto seu tesouro mais precioso

-Meu bebê, bem vindo ao mundo - disse com emoção enquanto alisava o rostinho infantil.

O pequeno a olhava curiosamente, com a face corada, antes de fixar seus olhos sobre a cabeça da mãe. A mulher talvez não tenha percebido o ato, mas o que ela não sabia era que naquele momento, atrás de si, olhando por trás da cabeceira da cama, também estava outra pessoa que considerava aquele o tesouro mais importante de sua vida.

*

Os anos se passaram, e Louis crescia um garoto encantador, que quase nunca chorava, era atento a tudo, e sorria constantemente. Sua inteligência era impressionante, e as pessoas diziam até mesmo que era um menino prodígio. Ele aprendeu a falar muito cedo, conversava normalmente sobre assuntos que as crianças não saberiam conversar, aprendia qualquer coisa muito rápido e era realmente surpreendente em qualquer aspecto relacionado ao intelecto. Porém, eventualmente, ele parecia perdido em seu mundo particular, se distraía das pessoas ao redor e ficava com o olhar preso em um ponto vazio, e nesses momentos sempre dava um sorriso desdentado, acompanhado de sua gargalhada infantil.

As pessoas não poderiam perceber, mas acompanhando o bebê sempre havia um rapaz, de olhos verdes, que conversava com o garoto, e alisava seus cabelos finos.

Elas não viam, mas quando Louis começou a engatinhar, ele ia em direção ao rapaz. Quando deu seus primeiros passinhos com as perninhas inseguras, era o rapaz que estava ao seu lado, comemorando sua vitória. Quando balbuciou as primeiras palavras, o rapaz estava ali, sorrindo e soprando as palavras. As pessoas não conseguiriam perceber, mas Louis nunca desviou seu olhar daquele de olhos verdes.

Se daqui a alguns anos alguém perguntasse para Louis quando foi que ele começou a ver aquele homem, ele não saberia dizer. A resposta seria simplesmente que ele não se lembrava de algum dia na sua vida onde já não conhecesse a existência daquela pessoa. Era quase como reconhecer a si mesmo no reflexo do espelho, e com certeza ele saberia reconhecer aqueles olhos antes mesmo de reconhecer aos seus próprios.

*

Aos dois anos de idade, Louis como a criança esperta que era, já conversava demais. Gostava de brincar, e era muito apegado a sua família. A mãe Jay achava estranho, porque o garoto apesar de genial parecia estar sempre brincando como se estivesse acompanhado, enquanto na verdade não estava, e as vezes passava horas conversando com alguém que ela não conseguia ver. Ela costumava ignorar o fato, mas não aguentando mais a curiosidade se aproximou do garoto, que agora estava deitado na grama conversando sozinho, e perguntou:

- Lou, meu amor, posso saber com quem você tanto conversa?

- Com meu amigo grande, mamã - a criança respondeu feliz

- Ah é? - ela resolveu entrar na brincadeira - e como é o nome desse seu amigo grande?

- É Ed - ele respondeu olhando para seu lado novamente e sorrindo

A mãe entendeu que se tratava de um amigo imaginário, e olhando para o lugar vazio ao lado do filho disse em tom de brincadeira - Oi Ed, muito prazer. Eu sou a Jay.

O filho deu uma gargalhada gostosa e disse corado - "Mamã, o Ed falo oi, e que você é muto linda! Igual o baby Lou"

Jay sorriu e disse - Bom, muito obrigado, Ed. Tenho certeza que você também é lindo, e espero que o "baby Lou" esteja sendo educado assim com você também. - Lou deu uma risadinha, e enquanto ela se levantava para voltar para casa continuou - Agora vamos pra dentro comer um lanche e, por favor, chame seu convidado também.

Louis soltou um gritinho animado enquanto corria pra casa desengonçado e balbuciava algumas palavras ininteligíveis para o "amigo imaginário".

*

Louis estava deitado em seu berço em um sono profundo. Ao seu lado Edward o olhava encantado enquanto cantava um refrão de uma música antiga para embalar o descanso de seu amado. Amado sim, pois apesar de agora ser uma criança de apenas 2 anos, o amor que mantinham um pelo outro não é de hoje, de alguns meses ou anos atrás. É um amor que remete a muito tempo, onde com apenas uma curta vida não poderia ser explicado.

Amor de alma, amor de espirito. Você já conheceu alguém que no momento em que o seu olhar cruzou com o dessa pessoa foi como se você a reconhecesse de imediato? Você conseguiria imaginar um amor que ultrapassasse as barreiras físicas, as barreiras temporais, e todos os tormentos, cravando um sentimento tão fundo que você conseguiria sentir ele não só com suas células, mas com todo o seu ser? Algo assim não pode ser explicado em apenas uma porção de anos. Quando uma alma encontra em outra o seu amor mais profundo nem o tempo e nem a morte podem afastar o coração desses seres.

Quando se pensa por esse ponto pode-se entender o porque de gêneros não terem importância. Pois o amor de verdade não se apaixona pelo corpo, se apaixona pelo reflexo do ser que é carregado dentro desse corpo.

Edward enquanto cantava para Louis, sentia seu coração inflar com esse amor. Ele sabia que não poderia ficar pra sempre aparecendo nessa forma para o garoto, e sabia que isso seria ruim para ele. Também sabia que precisava tomar alguma providencia, por mais que tivesse medo de se arriscar novamente. A vida pode ser muito dura para as pessoas, principalmente quando se tem um histórico longo de não poder ficar com quem se ama. Mas Louis já estava encarando o mundo, e ele não poderia deixa-lo sozinho. Nessa hora viu que o momento se aproximava. Ele sabia que teria que ficar sem ver o seu bebê por um bom tempo, e que ele não seria mais um bebê muito em breve. Mas o que são alguns anos quando comparados com a eternidade? Isso era o que consolava o coração de Edward.

***

Primeiro Capítulo, YAY!

Só pra avisar que os capítulos serão postados sempre aos domingos...

Não se esqueçam que o Lou é uma criança, e mesmo um prodígio ele continuará falando de um jeito infantil :)

Enfim

All the love, e bla bla bla

Xx Isis.

Linked Across Time | L.S.Onde histórias criam vida. Descubra agora