Capítulo 21 - You're my constellation

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A quantidade de comentários no último capítulo foi insana! Vocês são os melhores leitores do mundo <3

Dê play e boa leitura!

--X--

"Your hand fits in mine
Like it's made just for me
But bear this in mind
It was meant to be..."

(Sua mão se encaixa a minha
Como se fosse feita só pra mim
Mas mantenha isso em mente
Era pra ser assim)

***

William


Victória Park - Londres - 1968

- Olha... Aquela ali é uma maçã mordida

- Onde? - Edward perguntou tentando seguir meu olhar em direção ao céu

- Aquela, olha... Do lado daquela que dissemos que parece a metade de um coração - disse apontando a direção do céu onde eu olhava. - Aquela que tem uma estrela brilhando mais forte

Nós tínhamos essa coisa de nos deitarmos sobre uma manta e ficarmos a noite toda imaginando contornos para as estrelas. Olhávamos suas formas, criávamos um conjunto com uma linha fictícia e inventávamos os nomes das nossas próprias constelações. Era um momento divertido, agradável e nosso. Apenas nosso.

- Hm... Não. Definitivamente não é uma maçã mordida. Talvez uma pêra... Ou talvez um urso de costas - ele disse e parecia segurar o riso

- O que? - olhei melhor - Não! Não tem nada de urso de costas ali.

- E nem de maçã - ele agora gargalhava, aparentemente gostando de tirar sarro de mim.

- Ahhhh, claro... Falou o homem que vê gatinhos em tudo.

Ele olhou novamente para onde tinha apontado um gatinho alguns minutos atrás e então se defendeu

- Meu Deus, William. Mas é claro que aquele é um gatinho!

- Ah sim, sem dúvidas - falei sarcasticamente e rolando os olhos - assim como também era no dia que você viu um gatinho naquela bola de sorvete

- Ele era! E era dálmata!

- Ed, não existem gatos dálmatas! E era sorvete de flocos, isso não quer dizer nada...

- Mas parecia - eu não desviei o olhar do céu, mas sabia que ao meu lado ele fazia um biquinho emburrado, o que só deixava tudo mais engraçado

- Talvez atropelado e morto - e agora quem gargalhava era eu

- Cruzes, eu me recuso a namorar alguém que vê gatinhos atropelados nas coisas...

- E eu me recuso a namorar alguém que vê gatinhos em tudo

- HÁ, querido William, você não se recusa. Você inclusive acha isso adorável.

Eu virei meu rosto em sua direção e admirei seu perfil, agora com um sorriso convencido. Edward tinha um sorriso perfeito - o que era uma vergonha pra mim que tinha o canino da dentição inferior um pouquinho torto -, um nariz ridiculamente bem alinhado e esculpido em sua pele pálida, olhos que me faziam querer arrancar os cabelos - porque, Deus, quem é tão lindo assim? - e tudo nele exalava a beleza e perfeição.

- Touché - disse completamente entregue e apaixonado

Ele apenas riu baixo, e olhou pra mim também. Nós nos conhecemos há três anos, e nunca, por nem um dia sequer, meu corpo deixou de se arrepiar quando nossos olhares se encontram assim de maneira tão intensa.

Linked Across Time | L.S.Onde histórias criam vida. Descubra agora