A Academia Eldritch: A Busca pela Verdade

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Minhas mão estão trêmulas e minhas pernas não conseguiam parar quietas. A ansiedade me corroe e o medo de não conseguir controlar meus poderes estão cada vez maiores.

— Ela vai, sim, lá é o lugar certo para Bexley aprender a controlar os dons dela. — escutei a voz firme da minha mãe vindo do quarto de meus pais — Patrick está lá há anos e hoje em dia consegue se controlar perfeitamente, então, Bexley irá, sim, para lá.

Meus pais estão em uma discussão há dias por conta de que minha mãe está decidida a me colocar na academia de magia em que meu irmão estuda, mas meu pai acha uma perda de tempo e que eu posso aprender a controlar meus dons em casa mesmo.

Eu gostaria de ir para lá, conhecer mais gente como eu e ter mais tempo com meu irmão. Patrick só vem para casa nas férias e depois volta para a academia. Ele diz que o lugar é perfeito, então eu gostaria de ir.

— Bexley consegue se controlar sozinha, eu sei disso. — meu pai diz e a porta do quarto é aberta — Filha, o que você acha?

— Eu quero ir. — respondi e pude escutar minha mãe comemorando lá de dentro — Vai ser bom, pai.

Ele passou as mãos pelos cabelos escuros e bufou sentando na poltrona de tecido bege com os braços feitos de madeira maciça. Ela faz um barulho quando o corpo de meu pai entra em contato.

— Tem certeza? — perguntou esticando seu corpo para frente e colocando suas mãos sobre as pernas que estão cobertas por uma calça jeans escura.

— Tenho. — respondi, colocando uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha.

— Então, arrume sua mala pois iremos partir amanhã de manhã. — minha mãe diz, colocando as mãos sobre meu ombro — Quer que eu mande avisar para Patrick?

— Não, eu quero fazer surpresa. — respondi com um sorriso e ela assentiu.

Essa Academia é o lugar certo para mim, preciso aprender a controlar meus poderes e fazer amizades com pessoas especiais igual a mim vai ser incrível. Patrick tem muitos amigos lá e disse que foi a melhor escolha que ele fez.

Me levantei do sofá de dois lugares e caminhei para meu quarto que ficava no segundo andar da casa no final do corredor. Meus pais optaram por deixar meu quarto no segundo andar por conta dos meus dons. Os deles e o de Patrick ficam no andar de baixo.

Abri a porta e adentrei o local arrumado. Alguns livros estavam sob a mesa no canto do quarto e alguns pares de sapatos estavam em cima da cadeira giratória branca.

Caminhei até o meu armário e retirei uma mala de rodinhas da cor preta, ela era espaçosa e dava para levar a maioria das minhas roupas. Acaba que lá eles te dão algumas peças de vestimenta com o símbolo da academia.

Abri uma gaveta da minha mesa e encontrei um porta retrato com a foto da minha turma, quando eu tinha cinco anos. O meu coração apertou e uma vontade de chorar veio com tudo.

Eu tive que parar de ir a escola e começar a estudar em casa por meio de um computador. Eu era perigosa, na verdade, eu ainda sou, e isso preocupava meus pais de uma forma extrema.

Minha respiração estava pesada e eu senti minhas mãos suando. O chão começou a tremer e eu me sentei na beirada de minha cama, tentando controlar minhas emoções e evitar que algo maior aconteça.

Um vulto passou na minha frente e quando percebi, minha mãe na havia se posicionando ao meu lado e colocou suas mãos gélidas sobre o meu ombro nu.

Ela me acariciava de forma lenta e boa, me fazendo relaxar os músculos e o tremor parou. Dei um suspiro de alívio e ela saiu do meu lado, agachando a minha frente.

— Eu vou morrer de saudades de você, minha princesa. — mamãe diz, pegando em minha mão — Mas primeiro preciso fazer uma coisa.

Em um rápido gesto, ela retirou uma seringa do bolso de sua calça jeans e injetou em meu pescoço, me fazendo dar um espasmo, mas logo adormecendo.