13 de maio de 1946

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Querida Margaret, a guerra teve seu fim e por muito tempo, desde que voltei para casa, meu pensamento sempre estava voltado à dor que eu sentia por precisar manter distância de ti. Uma dor que nunca verbalizei, mas talvez estivesse ali em meu olhar.

Então eu te contei, com esperanças de que deixasse Lohan, que minhas palavras e beijos roubados carregados pelos mais intensos sentimentos que tanto guardava. E você me fez entender que não havia nada que eu pudesse fazer para te ter.

Graças a você, percebi o quão egoísta estava sendo, enquanto apenas iludia-me ao querer acreditar que você só queria se casar com Lohan pelo dinheiro, quando na verdade você tinha todo o direito de amá-lo.

A lembrança de seu sorriso apaixonado para Lohan agora é meu lembrete diário de que é possível amar outra pessoa. Sei que é algo que leva tempo, mas desejo profundamente ser agraciado dessa forma quando a hora certa chegar.

Espero que o clima de Paris seja agradável, além de romântico e que meu segundo presente de casamento chegue até vocês no tempo certo.

Com carinho, seu melhor amigo Frederik.

Doces cartas de corações amarguradosOnde histórias criam vida. Descubra agora