Sufocado

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Narrador pov

Guilherme e Xande namoravam a um ano, e dentro dessa um ano Guilherme sempre foi um tanto quanto ciumento, ele odiava que o loiro conversasse com qualquer outra pessoa, odiava até quando o garoto conversava com a Dara ou com o Chico ou com o Lírio, ele era paranoico, e isso era muito problemático.

Xande pov

Estou sentado no sofá com o Guilherme deitado em cima de mim, abraçado a minha cintura, quase dormindo com o rosto no meu peitoral, ele parecia um anjo, mas puta que pariu, ele era o demônio em pele e osso, me fez ter hematomas por todo o corpo, eu estou com hematomas em todo o corpo, braços, pescoço, pernas, tudo, por causa de ciúmes possessivo, mas mesmo depois de todos esses machucados ele sempre vem como um cachorro com o rabo entre as pernas, pedindo "desculpa" dizendo que iria mudar, e nunca mudou.

Eu queria terminar com ele, mas o amor dele era viciante, me machucava porém era tão bom ganhar o mínimo ainda mais vindo dele.

Logo, vejo ele se levantando, e olhando para mim.

— Amor, vou no mercado para nós, ok, gatinho? — Ele diz, se aproximando e colocando a mão em meu queixo, o levantando.

— Ok, querido — Digo com um sorriso fraco, logo vendo ele pegar o celular e as chaves, sair de casa, trancar a porta e ir ao mercado.

Me sinto menos sufocado, eu sentia algo muito confuso pelo Guilherme, era satisfatório porém tóxico, me envenena, porém eu continuo vivo.

Antes do namoro ele não demonstrava nada disso, ele era dócil, me dava presentes, me tratava como um príncipe, ele não me usava na cama, mas me dava prazer, agora, ele tinha me isolado dos nossos amigos, dos meus familiares, da...

Narrador pov

O celular de Xande toca, fazendo ele se levantar do sofá dolorido pelos hematomas e machucados, e assim que ele lê o celular percebe que a mãe dele estava ligando, que milagre, depois de tanto tempo, então é óbvio que ele atende.

O garoto fica conversando com a mãe dele por um bom tempo, tentando ocultar qualquer informação de toda a merda que o Guilherme estava fazendo para ele, contornando tudo, porque se o Ruivo descobrisse que o Xande deu qualquer informação para alguma pessoa ele era estrangulado, literalmente.

No meio da conversa Guizo chega em casa, largando as sacolas do mercado caírem no chão, logo fechando a porta.

— Alexandre, com quem você está conversando? — O ruivo diz se aproximando de Xande que desliga o celular.

— C-com a minha mãe querido.. — Ele mostra a ligação para o Guizo, que arranca o celular da mão dele rapidamente.

— Com a sua mãe, é? — Ele joga o celular do Xande no chão com toda a força que ele tinha no momento.

— Sim, eu juro! — O Guilherme agarra o pulso do Xande.

— Olha aqui seu loiro idiota — Ele puxa o menino para mais perto, que já tinha seus olhos marejados de pavor. — Se você abrir a sua porra de boca pra falar alguma coisa eu corto a sua garganta pedacinho por pedacinho, entendeu, sua desgraça?! — O ruivo diz, com um olhar profundo e amedrontador, fazendo o Loiro acenar com a cabeça rapidamente quase chorando, e então, o ruivo puxa ele pro lado, o jogando no chão, logo indo para a porta pegar as sacolas enquanto o Loiro enxugava as lágrimas que escorriam pelas suas bochechas, lágrimas de desespero.

O ruivo guarda as compras, logo indo até o loiro, se agachando em sua frente.

— Você sabe que eu só faço isso para o seu bem, né? — O Guilherme diz com um sorriso sínico, erguendo o rosto do loiro com a mão.

— Uruhm.. — O Loiro fiz segurando o choro, ainda com medo.

— Que bom, então... Você falou de alguma coisa? — Ele diz apertando o rosto do mais novo.

— Não, eu juro! — Ele diz.

— Uhm.. Ok. — O mais velho se levanta, logo pegando o celular do loiro, jogando ele no lixo ainda funcionando, e o Xande vê isso.

A noite cai, Guilherme dormia com Xande que estava tendo outra noite de insônia por tantas coisas na mente, ele deveria pedir ajudar, não aguentava mais tanta agressão, mesmo sendo um pouco viciante... Mas não era nem um pouco saudável.

O loiro sai da cama, sai do quarto e se dirige para a cozinha, indo até o lixo e pegando o celular, 10%, o suficiente pra pelo menos pedir ajuda, e então, ele liga para a polícia.

— Alô, mãe? — O loiro diz, baixo.

— Aqui é a Polícia, qual o problema? — Uma voz robótica responde.

— É o meu namorado, ele queria um remédio pra dor no corpo, mas a gente não pode sair pra ir comprar na farmácia.

— Ele te maltrata?

— Sim, pra dor no corpo — O loiro diz, sentindo algo observando ele.

— Qual seu endereço?

— E a rua Dil- — Antes de completar, algo atingi a cabeça dele, o jogando no chão junto do celular caindo ao lado dele, ao cair ele vê Guilherme, com um martelo nas mãos.

—.. depois de tudo o que eu fiz... — Ele se aproxima do celular do garoto, jogando o martelo nele, fazendo ele se despedaçar.

— Amor, desculpa! Eu não queria fazer isso! Eu não vou fazer isso denovo! Eu juro! — O garoto implorava, enquanto o ruivo pegava uma faca que estava no balcão, e logo ele começa a se aproximar do Xande.

— Eu cuidei de você... Eu te demonstrei todo meu amor... Pra você querer me abandonar?... — Ele se aproxima mais enquanto ouve orações e o garoto implorar por misericórdia — Você não pode mais fazer isso... Não para acabar com nosso amor... Você nunca mais vai fazer isso... — O Guilherme pula em cima dele, ouvindo as orações, e logo crava a faca nele, ouvindo seus gritos, e então ele esfaqueia o loiro, fazendo ele gritar aos berros enquanto chorava, Guilherme soltava lágrimas secas pelos seus olhos, e quando o corpo do loiro ficou branco e gelado, o mais velho enfia a faca no peito, caindo ao lado do seu amado.

Notas da autora.

Dois capítulos na mesma noite, Jesus abençoou 🙏

Desculpe pelo capítulo coisado, ele poderia ter ficado melhor porém eu to morrendo de cansaço e não to tendo mais criatividade então foi isso mesmo, nada muito legal.

| One-Shots XanzoOnde histórias criam vida. Descubra agora