Chamas

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Guizo pov

Acordo em outra manhã, sozinho em minha cama... Denovo, o Daniel devia estar salvando o mundo como todo dia.

Me levanto e vou até a cozinha, ligando a TV que tinha no local, ouvindo as notícias da manhã.

"Daniel Criston salva a cidade novamente!

Daniel salva um prédio de uma demolição causada pelo vilão que vem aterrorizando nossa cidade nos últimos tempos, mas o que será que Daniel tem a dizer para nós?"

A câmera vai para uma gravação ao vivo de uma repórter com Daniel, um cara alto, moreno, bem musculoso e atraente.

— Daniel, o que você sente sabendo que é o maior herói do estado até agora? — A repórter diz, em volta deles havia trilhões de pessoas que pediam autógrafos.

— É o meu trabalho, eu só faço isso para ver meu povo feliz! — O moreno diz, dando um sorriso pra câmera.

Mas não se esforça pra ME ver feliz, né? O ruivo pensou consigo mesmo.

— O que você acha que o vilão quer causando tanta desgraça? — A mulher diz, se aproximando.

— Ele quer a queda da cidade, provavelmente ele só é um cidadão amargurado com a vida

— Será que você está certo? — Ela diz com um sorriso falso para a câmera — Uma última pergunta para acabarmos a entrevista, sabemos que você é namorado de um fotógrafo aqui da cidade, o Guilherme Santos,  certo?

— Éh... — Ele diz com um certo desconforto, isso enojava Guizo.

— O senhor salvaria um barco em chamas ou o seu namorado?

— O barco, nós heróis temos que olhar o máximo de pessoa para salvarmos — Daniel diz, cruzando um braços com orgulho.

— Mas e seu namorado? — A repórter diz, colocando o microfone mais perto do Homem.

— Ele é uma minoria perto de tantos cidadãos de b- — Ele é cortado por Guilherme que desliga a TV, com a testa franzida, porque ele ainda tentava ficar com o Daniel?

Narrador pov

Guilherme fica o resto do dia editando seus ensaios de fotos que foram tiradas ao longo da semana, enquanto isso, seu namorado e o tal vilão estavam disputando para ver quem iria ser mais falado nos jornais, caralho, aquilo estressava o Guilherme, mas o que ele poderia fazer, não é mesmo?

Lá pras quatro da tarde, o ruivo lembra que tinha que ir no mercado para reabastecer a geladeira e os armários, então, assim ele faz.

Enquanto o garoto pegava suas coisas no mercado, três ladrões invadem o local, indo direto até o Guilherme que só estava pegando umas coisas para limpeza.

— Mãos pra cima, namoradinho do Daniel! — Um dos bandidos diz, colocando uma glock na cabeça do Guilherme — Colabora se não você vai ser estourado aqui mesmo!

— O que?! Mas que caralho, eu não posso fazer compras em paz?! — Antes dele reclamar de mais alguma coisa, um dos dois bandidos que restaram amordaçaram ele, enquanto o outro prendia as mãos dele.

— Seguinte, você vai pianinho até o terraço do prédio aqui do lado e só vai sair quando o Daniel aparecer e dar uma certa quantia de dinheiro — O ruivo murmura algo, mas não tentou nada.

Os ladrões levam o garoto até o terraço, colocando ele na beira do prédio, logo pegando o celular dele e ligando para o Daniel, um deles começam a conversar com o garoto, que logo aparece lá em questão de segundos.

| One-Shots XanzoOnde histórias criam vida. Descubra agora