Capítulo 43

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Manu 💗

📍Rocinha, Quarta-feira, 09:03.

Acordei com o meu celular tocando sem parar.

Manu: Amor, pera aí... - Tirei a perna do Victor de cima de mim.

Me levantei e fui até a minha penteadeira pegar o meu celular.

Veiga: Quem é? - Perguntou com a voz carregada de sono.

Manu: Léo. - Coloquei o celular no ouvido.

Ligação on

Manu: Oi, Léo, já chegaram? - Cocei o olho.

Léo: Já! Mãe? - Respondeu estranho.

Olhei pro Victor preocupada e ele me olhou assustado.

Manu: Oi, amor... tá acontecendo alguma coisa, Léo? - Minhas mãos começaram a tremer.

Léo: Tu tá com pai aí?

Manu: Tô sim, vou passar pra ele. - Tirei o celular do carregador e estendi o celular pro Victor.

Veiga: Pode falar! - Fiquei encarando Victor, preocupada.

Manu: Coloca no viva-voz. - Sussurrei e ele pediu pra eu esperar.

Victor ligou a tela e colocou no viva-voz.

Léo: Tem como vocês virem pra cá? Tá acontecendo um bagulho aqui, sei nem como dizer. - Victor pulou da cama.

Veiga: Como assim? Cadê Luana? Desembucha logo. - Falou alto.

Léo: Heloísa me falou no meio do caminho que Luana tá grávida. - Victor me olhou assustado. - Ela já veio pra cá grávida.

Veiga: Que história é essa, Emanuelle? - Coloquei a mão na boca.

Corri e peguei o celular da mão dele.

Manu: Leonardo, tá me ouvindo?

Léo: Tô.

Manu: Onde a Luana está?

Léo: Quando nós tava em frente a casa, uma mulher passou e disse que Luana e L7 tinham ido pra maternidade, parece que Luana foi ganhar o bebê. - Deixei o celular cair no chão.

Veiga: Filha da puta! - Gritou. - Eu vou matar Luana! - Pegou o celular do chão. - Leonardo, vai atrás de Luana e só sai da cola dela, quando eu chegar aí, tá me ouvindo? - Comecei a chorar.

Léo: A questão é essa, já fui na maternidade que a mulher falou e eu não achei ela.

Manu: Isso não pode ser verdade...

Veiga: Vai em todas as maternidade que tiver por aí, mas acha essa vagabunda!

Manu: Olha as suas palavras, Victor! - Reclamei.

Veiga: Olhar as minhas palavras? Você não tá vendo o que tá acontecendo, caralho! - Se aproximou de mim. - Eu tô indo buscar ela agora, se você quiser, é melhor se arrumar logo porque eu não vou esperar ninguém.

Manu: É melhor tu abaixar o tom de voz pra falar comigo! Tá achando que eu sou quem? - Falei do mesmo tom que ele. - Não é hora de surtar, porra! Vamos manter a calma.

Veiga: Manter a calma é um caralho! - Passou a mão no rosto. - Culpa sua, se ela estivesse aqui, isso não teria acontecido.

Manu: Você tá surdo que não viu Leonardo falando que ela já saiu daqui grávida?

Veiga: Pois é, e nem pra ser mãe tu presta! você acha que era pra nós tá sabendo só agora? Caralho, Luana tava grávida esse tempo todo e você como mãe dela não sabia!

Manu: Falou o pai exemplar... não esqueça que você passou quase 19 anos detrás das grades. Eu que assumir o papel de mãe e pai, EU! Se eu só estou sabendo agora foi porque VOCÊ - Apontei o dedo na cara dele. - ficava me prendendo aqui, inventando um monte de desculpas pra eu não sair do seu pé. Luana sempre esteve certa quando dizia que você não valia nada. Eu deveria ter ouvido os conselhos dela e nunca mais ter pisado os pés aqui.

Fui até o meu closet.

Manu: E outra coisa... - Falei bem alto. - Eu vou sozinha, e se você ousar a fazer alguma merda, eu mesmo chamo a polícia pra você!

Veiga: Chama! Chama se você tiver coragem! - Gritou na minha cara. - No dia que você fizer isso, eu te mato. - Dei um tapa na cara dele.

Manu: Não me confunda com as suas vagabundas. E me ameaça de novo, ameaça, Veiga! Tá achando que eu tenho medo de um bandido de merda como você? Hahaha vai achando.

Ele não me respondeu mais nada, só apenas saiu do quarto.

Minha vontade toda era só chorar, mas tinha que me manter firme.

A FILHA DO CHEFE - o reencontro Onde histórias criam vida. Descubra agora