"Um anjo só pode voar com asas, quem não as tem, permanecerá caído."
De tantas pessoas próximas não imaginava Jungkook sendo o culpado pela minha morte. Quanto mais pensava nisso meu coração apertava e acelerava freneticamente, minhas mãos suaram frio e não tive argumentos para enfrentá-lo. O Jeon poderia simplesmente acabar com a minha vida e eu jamais saberia.
Mantive meu corpo sentado no chão, encostado na parede e longe do Demônio que me trouxe para sua guilhotina. Pedi tempo para acalmar minhas emoções e decidir o melhor para a situação. Não é fácil descobrir seu assassino e muito menos quando você não quer mais mantê-lo longe.
— Quando seria o dia da minha morte, afinal? — Perguntei decidido. Jurei para mim mesmo que não seria mais fraco e agiria com sabedoria.
— O dia do parque. Fiz você sentir uma premonição de sua morte, mas desfiz. Estava curioso sobre você ter medo de altura e ainda assim aceitar vir comigo no brinquedo. — Jungkook levantou o olhar indiferente para mim. — Na sua casa tentei novamente, com a faca em mãos. Mais uma falha.
— Então eu não estava paranóico. — Ri desacreditado. — O beijo deve ter sido uma forma de assassinato, não é?
— O Paraíso e o Inferno se encontraram com nosso primeiro beijo. — Presenciei seu sorriso alargar enquanto ditava as palavras. — Embora não acredite, eu adorei beijar você, Anjo.
— Você é um louco. — Estalei a língua, ainda estava confuso. — Desistiu de me matar por quê?
— Se eu fizesse, nunca mais veria você sorrir. Não consigo explicar o quanto você mexe comigo, mas sei que irei cometer um erro se te matar. — Respondeu o Jeon, hesitante. A mão do homem deu batidinhas na cama como um chamado e mesmo com medo, obedeci automaticamente. — Toque as cicatrizes e poderá ver algo do passado.
Jungkook ficou de costas para mim deixando-me mais aflito com aquelas enormes cicatrizes, fazendo-me sentir culpa e gratidão misturadas. Ver sua pele exposta tirou meu foco por um tempo, mas logo o obedeci e como uma viagem no tempo eu estava num lugar desconhecido. Avistei o Anjo Caído sentado em uma das mesas do que parecia um bar em seguida uma mulher apareceu acariciando-o por trás.
Senti um leve ciúme sendo um mero espectador.
— Ainda está bravo por eu não querer ir com você? — A mulher indagou. Parecia estranhamente familiar.
— Prometeu que me ajudaria a encontrar um ótimo hospedeiro, Ivy. Não perca seu tempo e conte logo sobre esse humano. — O Jeon rejeitou os toques da garota deixando-a se afastar quando levantou-se.
— Não perde a oportunidade de ser um grosso desde que terminamos. — A mulher suspirou frustrada. — Kim Taehyung, esse é o humano perfeito para você possuir. — A mulher se aproximou de Jungkook. — Eu sei que podemos continuar juntos, só quero sua paciência...
— Agradeço pela ajuda. — O Anjo Caído tirou as mãos da mulher de seu corpo e se retirou do local.
Olhei bem para o rosto da mulher notando finalmente onde a vi. De fato, ela e o Doutor Evans tem semelhanças assustadoras. A imagem que eu tinha se dissipou levando-me de volta para aquele quarto de Motel. Jungkook estava segurando meu corpo e me afastei assim que notei.
— Aquela mulher é idêntica ao psicólogo Rixon. — Comentei.
— Então é isso. Ivy optou pela forma masculina para ficar próxima de você. Eu deveria ter previsto isso. — Jungkook ocupa uma expressão irritada, talvez pela sua ex também me querer morto. — Agora sabe quem machucou Jimin, acho que ela pensou que fosse você.
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C᥆rᥲᥴ̧ᥲ̃᥆ Vᥲᥣᥱᥒtᥱ
Fanfiction- Como está seu dedo, Anjo? - Meu nome é Taehyung. E sobre meu dedo, não te interessa. - Posso beijá-lo, você iria curar na mesma hora, Kim Taehyung. - Vi o homem umedecer os lábios e deixar o rastro de saliva no piercing após pronunciar meu nome. E...