Parte XII

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"Você é como um olá e um adeus."

As aulas de educação física conseguem ser entediantes pelo conteúdo que é cada aluno. Minha turma e a de Choi San juntas é pedir para uma terceira Guerra Mundial.

Nossa sala é muito competitiva mesmo não se dando bem por completo, e o aquecimento era prova disso. Estávamos  focados até demais. Alguns suspiros e gemidos doloridos saíam naturalmente dos meus colegas, mas apenas um estava me causando nostalgia.

  — Anda passando fome, Taehyung? — A voz do Choi me fez parar o alongamento para bater de frente. — Está tão magrelo.

  — Quem está comendo não tá reclamando, San. Por que justo você se incomoda? — Retruco. O Choi riu nasal e umedeceu os lábios.

  — Me pergunto que retardado mental teria coragem de te comer.

  — Acho que você já me conhece. — Jungkook ditou em voz alta, meu desespero foi imenso só por ele tê-lo respondido. Acho que o Jeon deve ter sido um Anjo muito fofoqueiro no Paraíso, não sabe o que é ser discreto. — Gostaria de te dizer uma coisa, San.

  — A conversa ainda não chegou no galinheiro, Jeon Jungkook. — San rebateu.

  — Me xingue o quanto quiser, chifrudo. — Segurei o riso. Aquela pequena discussão já não era mais minha, porém, estava muito interessante de se assistir. — Não fale com ele, não olhe para ele, nem ouse ao menos tocá-lo. — Jungkook se posicionou ao meu lado.

  — Isso é uma ameaça? — San questionou.

  — Claro que sim! — Jungkook falou indignado, eu ri de sua reação espontânea. — Achou que fosse um convite de aniversário?

Quatro à zero para Jeon Jungkook.

O Jeon apenas mandou uma piscadela e apertou meu queixo antes de ir até o professor. Ele faz cada movimento simples se tornar uma obra de arte. Começo a ficar hipnotizado pelo seu jeito de falar, caminhar, correr, e sorrir. Jungkook não é nem de perto um homem qualquer.

  — Não sei o que vai alagar o campo primeiro se é sua baba ou seu pré-gozo. — Ouvi Jimin rir. Cortei a visão que estava apenas em Jungkook e ri sem graça para o Park. — Ele é a razão da sua libido.

  — Concentre-se nos jogos, a classe rival não pode vencer. — Bufei constrangido.

  — Vai me bater se eu ficar olhando o pau do seu namorado naquele calção fino? — Park gargalhava alto da situação, ele com certeza se diverte com minha desgraça.

  — Tenha mais respeito! — Berrei. Mas olha quem fala, não é? Eu mesmo tenho essa mania involuntária de admirar os calções marcados. Quem sou eu para proibí-lo?

O futebol teve seus times dividos igualmente. Enquanto eu apenas corria de um lado para o outro Jungkook mostrava um de seus talentos. Além de desenhar bem, sua voz é encantada, jogos de tabuleiro são seu ponto forte, e me seduzir sem nenhum esforço parece ser seu maior hobby. Eu não quero pensar nele como um Anjo Caído que está na terra porque foi expulso do Paraíso, mas essa informação é demais para mim. Desde que ele apareceu, coisas estranhas acontecem.

O Jeon não deve ter noção do Caos que carrega.

Me encontrei distraído olhando para o alto da arquibancada vendo NamJoon acenar para mim, ele estava tão animado que começou a gritar algo em seguida apontando para meu lado oposto. Ao me virar recebi uma bolada no rosto, forte o suficiente para me fazer cair no chão. Estava doendo. Eu só sabia gemer de dor e Jungkook resolveu me carregar até a enfermaria.

  — Ótimo. Agora vou ficar parecendo uma múmia. — Resmunguei. A enfermeira me olhou como se eu fosse um ingrato e deixou a sala.

  — É primeira múmia mais linda do mundo. — Jungkook largou a revista na cama e sentou-se na minha sem permissão. Típico dele.

  — Você adora me provocar, não é? — Retruco rindo.

  — Não consigo. — O Jeon fechou os olhos fortemente evitando contato visual.

  — O que houve? — Perguntei preocupado.

  — Você tem o sorriso lindo demais, Anjo. — Jungkook sorriu ao ver minha reação preocupada. Semicerrei os olhos e bati em seu braço, esse cara ainda vai me matar do coração.

Um silêncio instalou-se entre nós. Mesmo sem palavras Jungkook ficou ao meu lado todo o tempo lendo as revistas, me alimentando e tudo mais. Estava um amor de pessoa. Estranhei sua atitude e resolvi encarar o mesmo.

  — O que você tem? — Indago. Seu olhar inocente aparece, ele estava facilmente fingindo. — Está cuidando tão bem de mim.

  — Quero que fique bem logo. — Respondeu. Achei fofa sua desculpa e sorri para ele. — Não podemos trepar se você estiver doente. — Estava bom demais para ser verdade. — Eu queria fazer isso agora, seus gemidos são tão excitantes ao se exercitar, Anjo. Eu poderia ter tido um orgasmo alí mesmo.

  — Se eu quisesse, o que faríamos nessa enfermaria? — Indaguei. Não que eu quisesse foder num lugar desses, longe de mim.

  — Posso mostrar, Anjo? — O Jeon sedutor de propósito usou seus dedos para caminhar entre minhas coxas até meu abdômen.

Respirei fundo quando ele adentrou meu calção e tocou meu pau masturbando-o ainda escondido. Olhei preocupado algumas vezes para a porta, mas quando ele baixou minha calça para ajudar não pensei em mais nada.

Jungkook raspou a língua na minha glande inchada causando-me arrepio. Ele estava tendo cuidado para não me arranhar com seu piercing e ao mesmo tempo fazia questão dele tocar minha pele. Sem vergonha alguma Jungkook enfiou tudo em sua cavidade bucal mantendo a famosa garganta profunda. Puxei seus cabelos com força quando ele sugou a base, consegui impedir alguns gemidos altos e tentei abrir os olhos incontáveis vezes para vigiar a porta. O Jeon chupava a cabeça do meu pau enquanto ficou masturbando o que sobrava.

Minha cintura se moveu simulando estocadas e ele riu do meu desespero. Estava tão bom sentindo a bolinha do piercing tocar minha glande que eu já xingava em cinquenta línguas diferentes.

  — Seus gemidos são angelicais, Anjo. Não podem ser desse mundo. — Senti o homem sugar a pele da minha coxa e assistir uma das cenas mais sexy que já vi, Jungkook batendo meu pau no próprio rosto. Aquilo foi excitante pra caralho.

Ele voltou a mamar meu caralho com mais vontade. Tentei de muitas formas não gozar para aproveitar mais a sensação, porém acabei jorrando tudo na boca do Jeon. Soltei um gemido de alívio durante o clímax e Jungkook deixou meu pau limpíssimo com sua língua atrevida.

  — Por que fico tão carente depois dessas putarias? — Indago manhoso.

  — É normal, Anjo. As vezes acontece de você chorar ou sentir culpa, mas não deve se preocupar. — Senti meu rosto ser acariciado pelo anjo e poderia jurar que havia um sorriso durante sua fala.

  — Você é muito experiente, Jeon Jungkook. Deve ter dito várias pessoas antes de me encontrar. — Resolvi abrir os olhos, presenciei seu sorriso sumir.

  — Não é bem assim, Anjo. Teoricamente você é meu primeiro nesse quesito de prazer. — O Jeon voltou a sorrir. — Precisei perguntar ao Yoongi como essas coisas funcionam.

  — Sei. — Semicerrei os olhos desconfiado. — Você tinha namorada ou namorado?

  — Sim.

  — Uma pessoa bonita?

  — Anjos não tem gênero, mas antes de eu cair ela queria ser tratada como mulher. Manteve sua aparência feminina  até nosso último momento. — Respondeu. — Ela não era tão bonita.

  — Tenho minhas dúvidas.

  — Não precisa duvidar de mim, eu nunca menti e não será agora que vai acontecer, Anjo. — Jungkook ri. — Ela tinha a pele pálida, lábios finos, cabelos escuros e era respondona.

  — Está bem. Confio em você.

  — Falei que não precisa duvidar, mas ao se tratar de confiança, melhor nem arriscar.

C᥆rᥲᥴ̧ᥲ̃᥆ VᥲᥣᥱᥒtᥱOnde histórias criam vida. Descubra agora