Ah, a noite de despedida de solteira da Camille... um evento que prometia ser uma aventura selvagem, mas acabou se transformando em uma comédia romântica digna de um filme dos anos 90. Imagine só, nós nos encontramos em uma dessas "boates" de strip tease, onde o entretenimento é tão exótico quanto um flamingo de cabelo roxo.
E lá estava ele, o dançarino que parecia ter saído diretamente de uma floresta tropical: um índio! Sim, você ouviu direito, um índio em pleno centro da cidade. Eu quase engasguei com minha bebida quando vi aquele homem se aproximando, trajando uma saia que mais parecia um pedaço de pano enrolado em sua cintura. Não que eu tenha algo contra homens usando saias, mas aquela escolha de vestimenta combinada com o tema da festa foi simplesmente... inesperada.
Enquanto eu estava lá, me sentindo mais deslocada do que um pinguim no deserto, minhas companheiras de desventuras estavam hipnotizadas pelo exótico dançarino. Solène, com seu sorriso travesso, me passou alguns dólares para eu dar uma "gorjeta" ao rapaz. Então, como quem cumpre uma missão de resgate, eu peguei vinte dólares e os coloquei no cós da saia do índio, só para garantir que minha amiga não ficasse desapontada com minha falta de entusiasmo.
- Está se divertindo? - Camille gritou sobre a música alta, como se fosse a Mãe Teresa tentando salvar almas perdidas.
Mas a verdade é que eu não estava me divertindo nem um pouco. Na realidade, eu preferiria estar em casa, debaixo de um cobertor, assistindo Netflix e devorando um delicioso fondue de chocolate com morangos. Eu só estava ali porque, como madrinha de casamento e prima da noiva, senti a obrigação moral de participar da despedida de solteira de Camille. Mas jurava para mim mesma que depois dessa noite, ela nunca mais colocaria os pés em uma "boate" de strip tease na vida.
Enquanto eu tentava me convencer de que estava me divertindo, minha mente vagava para lembranças dolorosas do meu ex-noivo Benjamin. Ah, sim, aquele traidor. Descobri suas tramoias com a amante e não perdi tempo em colocar um ponto final naquela farsa. Claro, todos os amigos em comum apoiaram sua versão da história, mas eu não me deixei enganar. E o Sr. Richard... bem, ele deve ter adorado receber o vídeo comprometedor do meu ex e sua amante no escritório em plena sexta-feira. Foi minha pequena vingança por todo o sofrimento que Benjamin me causou.
Mas agora, enquanto me forçava a sorrir e a fingir que estava me divertindo naquela despedida de solteira, eu sabia que era hora de virar a página e começar um novo capítulo da minha vida. E por que não começar em Vegas, a cidade onde tudo é possível e as loucuras são apenas o começo? Quem sabe o que o futuro reserva para uma mulher determinada como eu? Uma coisa é certa: eu estou pronta para descobrir.
Mas em uma noite que parecia mais um roteiro de comédia romântica maluca, eu não podia deixar de desejar que Alissa estivesse ao meu lado. Alissa, aquela que havia dado a volta por cima de forma espetacular e agora vivia um amor de cinema com um italiano encantador - mas essa, definitivamente, é uma história para outra hora. Eu precisava daquela inspiração, de alguém que me mostrasse luz no fim do túnel amoroso em que eu me encontrava.
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Romansa𝐃𝐔𝐎𝐋𝐎𝐆𝐈𝐀 𝐈𝐑𝐌𝐀̃𝐒 𝐇𝐈𝐃𝐀𝐋𝐆𝐎 𝐋𝐄𝐁𝐋𝐀𝐍𝐂 𝐍°𝟏 𝐑𝐎𝐌𝐀𝐍𝐓𝐈𝐂 𝐂𝐎𝐌𝐄𝐃𝐘 Eu sou uma boa garota - até que fiquei bêbada em Las Vegas e me casei com um canadense de tirar o fôlego. Sempre vivi minha vida de acordo com as regras i...