Seungmin regressava ao dormitório, envolto em melancolia, incapaz de dissipar a imagem que teimava em ecoar em sua mente. Uma sensação de culpa o assolava por ter deixado Bangchan sozinho, sem uma explicação convincente.
Ao subir as escadas, esforçava-se para manter um semblante feliz, antecipando as inevitáveis perguntas de Jeongin sobre o encontro. A porta se abria com um sorriso nos lábios, mas seus olhos revelavam a tristeza acumulada.
— Oh, você chegou! — Jeongin se erguia da cama.
— Cheguei.
— Como foi lá com seus amigos?
— Ah... foi tudo bem.
— Mesmo?
— Sim. Vou tomar um banho.
— Está bem. — observava Seungmin dirigindo-se ao banheiro.
Sob o chuveiro, as gotas d'água misturavam-se às suas reflexões sobre Bangchan, imaginando como ele estaria, se ainda compartilhava os mesmos pensamentos que Seungmin. O banho tornava-se um refúgio momentâneo, onde a água escorrendo pelo corpo não conseguia lavar a tristeza que persistia na alma.
Após o banho, Seungmin emergiu sem muito ânimo, carregando consigo uma sensação opressiva de melancolia.
— Jeongin, eu só quero dormir. Está tarde, estou cansado. — disse, dirigindo-se para a cama.
— Tem certeza? Não quer nem jantar?
— Não, já comi. — ele se deixou cair na cama.
— Oh, então tá... boa noite.
— Boa noite.
Jeongin percebeu o comportamento estranho, mas optou por "ignorar".
Na segunda-feira, o caminho para a faculdade transcorreu em silêncio, sem troca de palavras.
— Vou até o prédio do Hyunjin, nos vemos mais tarde. — Seungmin anunciou, alterando sua rota.
— Ah... tudo bem.
Jeongin preocupava-se com o amigo, pois Seungmin, geralmente neutro, nunca estivera tão cabisbaixo. Yang, percebendo a situação, decidiu procurar por Felix, encontrando-o enquanto bebia água.
— Oi, Felix.
— Oh! — ele exclamou. — Você me assustou.
— Desculpe.
— O que houve? Parece preocupado.
— Pois é, estou. — Jeongin suspirou, sentando-se no banco atrás dele.
— Com o quê? — Felix juntou-se a ele.
— Com o Seungmin. Ele está estranho.
— É a pressão do Jung, você sabe como ele é dedicado.
— Eu sei, mas não é isso. No sábado, ele saiu com alguns amigos novos, estava feliz, mas quando voltou, estava tão melancólico.
— Quem são esses amigos?
— Eu não sei. Ele disse que eu não os conhecia.
— Entendi... bem, dê um tempo a ele. Seungmin sabe como lidar com seus sentimentos.
— Eu espero.
Jeongin estava genuinamente preocupado com Seungmin, percebendo que algo não estava certo, e suspeitando que o motivo estava relacionado ao que aconteceu no sábado.
Enquanto Yang e Lee compartilhavam suas preocupações, Kim seguia em direção ao prédio de artes visuais, chamado por Hwang para algum motivo específico.
Seungmin não tinha certeza de onde Hwang estaria; Hyunjin apenas mencionou o andar e o corredor. Por sorte, ao chegar lá, Hwang esperava por Seungmin.
— Oi, Hyunjin.
— Oi, Seungmin. Poderia me ajudar a levar algumas telas para o ateliê?
— Claro, eu ajudo.
— Obrigado. Pega essa aqui. — Hyunjin mostrou a tela. — Eu te guio até lá.
— Está bem. — Seungmin pegou a tela.
Cada um com uma tela em mãos, Hyunjin conduziu Seungmin pelo corredor até o ateliê. Enquanto caminhavam, passavam por outros estudantes que ofereciam ajuda para carregar as telas, mas eles recusavam. Ao chegarem, Hyunjin abriu a porta e colocou sua tela no chão, seguido por Seungmin.
— Obrigado, Seungmin. Eram só essas telas. Quer que eu te acompanhe até o seu prédio?
— Não precisa, eu sei o caminho.
— Então está bem. Obrigado mais uma vez.
— De nada. — Seungmin disse, indo embora.
— Ah, Seungmin! Esqueci de te falar.
— O que? — Seungmin virou-se.
— Na semana que vem, não vou trabalhar. Vou ter que ir ao médico.
— Ah, está bem.
— Era só isso. Obrigado.
Seungmin simplesmente acenava com a cabeça.
Hyunjin achou peculiar a forma como Seungmin agiu, mas optou por deixar de lado. Enquanto Felix mandava uma mensagem perguntando se o amigo estava com ele, Hyunjin negava. Por coincidência, Seungmin também recebeu uma mensagem, mas não imaginava que seria de Bangchan.
Bangchan queria saber se ele estava bem, mas Seungmin não o respondeu. Ele ponderava sobre o que realmente sentia em relação ao seu hyung.
Não tinha vontade de ir para a sala de aula, nem mesmo de ir para a faculdade.
Seungmin estava mal. Seus amigos ficavam preocupados, especialmente Jeongin, que se questionava sobre o que tinha acontecido naquele sábado para deixar Seungmin daquele jeito.
Felix e Jeongin tentavam conversar, mas Seungmin não respondia. Aquele dia de Seungmin foi o mais silencioso desde a morte de sua mãe.
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Grãos de Café - Chanmin
FanficNo Grãos de Café, onde o aroma do espresso flutua suavemente, Kim Seungmin, um estudante da Academia de Artes Alternativas, descobre um refúgio inesperado. Enquanto as notas de piano da trilha sonora da cafeteria ecoam, Seungmin se encontra desabafa...