Ligação...

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(Não irei seguir a historia exata de quando eu escrevi a fic na minha outra conta, então terá muitas mudanças na história, principalmente no inicio dela.)

Gritos eram ouvidos por todos os lugares enquanto a pobre mulher se encontrava totalmente desnorteada em meio à multidão, olhando para todos os lados ela não conseguia encontrar sua família enquanto os gritos das meninas lhe chamando lhe atingiam até o fundo de seu coração, ela estava perdida, desesperada, com medo e totalmente confusa enquanto várias pessoas a empurravam para mais longe dos gritos de sua filha, a empurrando em direção a um grande buraco que estava prestes a consumi-la por completo, vendo por última vez a luz do lugar que a lembraria de sua própria culpa.

Alcina levanta seu rosto rapidamente, soando frio enquanto sentia seu coração bater descompensado em seu peito, sua respiração totalmente desregularizada enquanto percebe que estava apenas a sonhar novamente... o mesmo pesadelo a lhe atormentar a sua já perturbada mente, perecendo a cada dia que passava mais, seguindo a mesma rotina todo o santo dia enquanto a culpa a consumia aos poucos, a dor sempre andando lado a lado com ela, percebendo que a cada dia que passava, mais atormentada ela se tornava, observando o lugar ao seu redor com o cansaço sendo presente em sua face.

Alcina estava em seu quarto sentada sobre sua penteadeira em meio a escuridão do lugar apenas um pequeno abajur ao lado de sua cama tentando iluminar o ambiente enquanto a própria mulher estava a observar seu reflexo no espelho percebendo que havia adormecido sobre ele, sua mão tocando sua própria pele delicadamente, vendo as marcas que o tempo estava a lhe deixar, suas olheiras profundas sempre sendo tapadas com maquiagens, seus lábios pálidos assim como sua pele, não demonstrando nenhuma outra cor, as linhas que se formavam perto de seus olhos querendo denunciar aos poucos sua verdadeira idade, ela se perguntava como ela havia chegado a aquele ponto, sozinha, saboreando de sua própria solidão, vendo o que sobrara do que um dia foi uma grande mulher, uma grande compositora e cantora, o que sobrara dela.

Alcina ficara tão distraída em sua própria mente e observação que mal ouvira seu telefone tocar, ela só fora perceber que alguém estava a lhe chamar quando o celular voltou a tocar novamente, a tela brilhando em sua face enquanto via que o número era desconhecido. Ela franze o cenho ao encarar a tela, pensando se deveria ou não atender a ligação, suspirado ela pega o aparelho em sua mão decidindo que atender ao número não lhe faria mal algum.

-Alô? Aqui quem fala é a senhora Dimitrescu quem quer falar? - pergunta a mulher pondo o celular sobre o seu ouvido enquanto se olha no espelho, decidindo que seus lábios precisavam de alguma cor, ela pega seu batom tirando a tampa, deslizando o vermelho carmesim sobre seus lábios enquanto esperava pela resposta do outro lado da linha.

-Senhora Dimitrescu? Aqui quem fala é Cecilia Wolf, você ainda não me conhece, mas eu conheço o seu trabalho... eu conseguir pegar seu número com uma amiga minha, e vim lhe perguntar ou melhor pedir até mesmo implorar se a senhora daria aulas de piano a minha filha...-diz uma mulher do outro lado, sua voz saindo formal e um tanto elegante, dando para perceber que se tratava de uma mulher com classe.

-Aulas? Bem esse é meu trabalho querida, eu só precisaria saber a idade e os horários que melhor for para vocês. - Ela diz calmamente fechando seu batom, se sentindo um pouco melhor com sua aparência ao ver o vermelho sobre seus lábios.

-Bem era isso que eu gostaria de falar com a senhora, minha filha tem 22 anos já é uma adulta praticamente, mas parece ter um raciocínio de criança..., mas não era sobre isso que eu iria falar, eu queria saber o que você acharia de dar aulas particulares na casa do cliente? - Pergunta a mulher parecendo um tanto ansiosa para saber a resposta da morena.

-Não tenho nada contra isso, só precisaria saber a localização e logo depois acertaríamos o pagamento- diz Alcina sem entender por que a mulher parecia um tanto preocupada.

Minha Professora de  PianoOnde histórias criam vida. Descubra agora