-Mãe, tem uma bela mulher a procurar pela senhora! - grita a jovem de cabelos rebeldes desaparecendo em uma das portas, deixando para trás Alcina meio atordoada com a situação que estava a presenciar.
De onde Alcina estavam conseguia se ouvir a voz de uma mulher mais velha dando o que seria uma bronca na garota antes da porta por onde a ruiva entrara, surgira uma mulher com traços parecidos com a da jovem, tendo cabelos ruivos um pouco mais claros do que da garota, olhos verdes, uma pele branca meio rosada e um grande sorriso estampado sobre sua face, ela caminha em direção a morena enquanto desamarra o avental que estava a usar, ao ser recebida por aquele caloroso sorriso, a face de Alcina se ilumina, sorrindo em retorno para a mulher que em sua perspectiva parecia uma bagunça, com o que seria farinha sobre uma de suas bochechas e até em seu cabelo, tal visão era um tanto divertida para ela.
-Finalmente chegaste senhora Dimitrescu, é um prazer finalmente a conhecê-la pessoalmente- diz a mulher esticando a mão em direção a mais alta que dá um leve aceno de cabeça antes de apertar a mão da ruiva em retorno.
- Fico feliz de estar aqui...você seria a senhora Wolf, estou certa? - pergunta a morena a mulher que balança a cabeça em afirmação.
-Correto, mas por favor me chame de Cecilia, Senhora é muito formal e afinal conviveremos juntas, nada melhor que nos tratarmos por nossos primeiros nomes certo? - ela diz entre risadas, enquanto Alcina parecia se contagiar com tal alegria.
-Certo Senh- Cecilia...se assim for, apenas me chame de Alcina- ela diz percebendo o olhar da mulher ao ver que quase a chamá-la novamente de senhora.
-Bem, como foi a sua viagem? Tranquila eu espero? - pergunta Cecilia a mulher.
-Bem...- Alcina se lembra do jovem rapaz que havia pedido seu número antes de voltar a realidade – Sim, não houve nenhum problema- ela diz a ruiva que acena em concordância com tal afirmação, a morena então a olha dos pés à cabeça novamente, ficando um tanto incomodada com o rosto sujo sobre a face da mulher- Err...Cecilia...espero não estar sendo rude nem nada...mas tem farinha sobre seu rosto e cabelo...- ela diz inclinando o rosto para o lado enquanto a própria mulher parece um pouco surpresa.
-Oh...me perdoe a minha situação...- ela diz passando a mão sobre a bochecha para tirar a sujeira. - Estava fazendo um bolo, hoje era o dia de folga de minha cozinheira e decidi cozinhar para a sua chegada, nem me toquei sobre a minha aparência. - Ela diz, enquanto suas bochechas começam a ganhar cor, corando ao perceber que ela parecia uma bagunça para sua visita e hospede.
-Está tudo bem... Obrigada por isso- diz a morena dando de ombros, com um pequeno sorriso sobre a face... com um logo silêncio surgido sobre o lugar, ambas não sabendo o que falar em seguida, mas algo parece tocar sobre a mente da mais velha.
-Quase me esqueci, preciso lhe apresentar a minha filha... onde está minha mente – ela diz entre risadas um tanto divertida. - Você irá adorar ela... ela é um amor de pessoa quando não está tentando atentar ou irritar alguém. - Ela diz a morena que apenas dá um aceno de cabeça, já tendo visto a criatura na hora que fora atendida em frente a porta.
-Contanto que ela tenha seu senso de alegria – ela diz em voz alta, mal percebendo que seus pensamentos foram além da sua mente, fazendo a outra soltar uma gargalhada ao perceber a situação de Alcina que após falar, colocara a mão sobre a boca.
-Está tudo bem-querida... posso lhe garantir, ela tem um senso de humor um tanto...diferente, mas lhe garanto que chata ela não é- Cecilia diz antes de se virar e ir em direção a cozinha novamente para logo em seguida voltar com uma versão mais nova dela ao seu lado.
Alcina fica a observar as duas se aproximar, conseguindo ver leves diferenças entre elas, como por exemplo... Cecilia não tinha sardas, mas sua filha sim...os cabelos da garota eram mais vivos e intensos além dos grandes olhos verdes que lhe lembravam muito o olhar de uma criança inocente, o que com certeza aquela adolescente não era, Alcina deu aulas para muitos adolescentes o suficiente para saber que por aquelas mentes pode passar as coisas mais insanas que algum ser humano já foi capaz de pensar.
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Minha Professora de Piano
Fiksi PenggemarAlcina fora uma mulher com grandes privilégios desde jovem, nascida em uma família de grande poder e riqueza , nunca lhe faltará nada, ou melhor quase nada, ela tinha tudo aos seus pés menos o amor de seus pais, crescendo praticamente negligenciada...