Um novo dia

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  Estava tão claro e tão brilhante, o calor lhe abraçava sua pele pálida enquanto ajustava seus olhos a iluminação do lugar, a brisa lhe soprava os cabelos mostrando o dia calmo e tranquilo que fazia, ao observar melhor o lugar pode se ver que ela estava em um parque de diversões, um parque que ela já lembrava ter visitado a muito tempo, o lugar se encontrava em tons vibrantes o que chamava muito a sua atenção, até que Alcina sente um pequeno aperto em ambas suas mãos, franzindo o cenho em confusão ela olha para baixo, apenas para ver suas pequenas garotinhas sorrindo tão docemente para ela, com um brilho sobre os olhos, a mulher sente uma euforia surgir em seu peito e seus olhos se encherem em agua ao verem o motivo de sua felicidade ali a olhando tão inocentemente, logo uma voz grossa lhe chama a atenção fazendo-a se virar de costas para ver seu marido com sua adorável Daniela sobre seu pescoço enquanto com suas pequenas mãozinhas segurava o cabelo castanho do homem que sorria tão brilhantemente para Alcina que retribui o sorriso, se sentindo em casa novamente.

  A sua felicidade era tanta que ela poderia facilmente surtar em tanta alegria, ao ver sua familia reunida, mas claro isso durou pouco, ao fechar seus olhos, logo aos abri-los novamente ela já estava em um lugar totalmente diferente, era a casa de seus pais, onde ela crescera sem amor e atenção, ela olhava tudo com muita atenção, pois ela sentia que algo estava errado, ao ver onde estava, podesse ver que ela se encontrava aos pés da escada e que ela era tão menor do que lembrava, suas mãos agora lembravam a de uma criança pequenina e isso a preocupara, não por seu tamanho, mas por não entender a situação em que estava. Até que sente alguém agarrar em seu pulso e a virar de costas para as grandes escadas, com os olhos arregalados ela percebe uma mulher alta que não poderia lhe mostrar o rosto, a iluminação tampava qualquer resquício da face do ser misterioso. O aperto sobre seu pulso aumenta ao ponto de ela soltar um gemido em dor, seu delicado rosto se contorcendo em dor.

-Isso é culpa sua e você pagará por isso! - dizia a mulher em um longo e assombroso eco, arrepiando a jovem e pequena Alcina que naquele momento sentia vontade de chorar.

  Mas essa vontade mudara para um grito escurecedor ao sentir a mulher desconhecida lhe soltar seu pulso e a empurrar em direção as escadas, sendo possível ver apenas um pequeno deslumbre de um sorriso marcado por batom vermelho carmesim, era um sorriso que demonstrava sua vitória e isso estava a assombrar Alcina que respira profundamente antes de sentir seu mundo se escurecer ao seu redor, fazendo-a cair no vazio de sua própria mente que lhe marcava o passado, a torturando continuamente, com vozes irreconhecíveis.

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  A luz do sol bilha pelas grandes janelas iluminando todo o quarto e atingindo a face sardenta de Michelle que tenta enterrar seu rosto sobre o travesseiro, isso até perceber que seu "travesseiro" subia e descia lentamente, fazendo-a abrir os olhos rapidamente, mas fechando logo em seguida ao ver os raios de sol sobre sua face, ela pisca repetidas vezes até que finalmente sua visão se ajusta a iluminação, ela levanta sua cabeça, apenas para perceber que não estava em seu quarto e logo olha para baixo para ver sua professora dormindo tão pacificamente, provavelmente tendo bons sonhos, ou era isso que a jovem garota pensava, se ela soubesse o quão conturbada estava a mente da mulher e como seus pesadelos tinham de a perseguir. A ruiva então se afasta um pouco da mulher apenas para ficar a admirar dormindo.

"Até dormindo continua bela" - pensa a jovem abrindo um pequeno sorriso.

  Ela continua a observá-la por um tempo até que algo parece clicar em sua mente, virando sua cabeça em direção a porta, logo acima dela, pode ver um relógio de parede que marcava quase sete horas da manhã, isso fizera a arregalar seus olhos enquanto volta sua atenção a Alcina, respirando profundamente e logo se xingando mentalmente não querendo ousar acordar a mulher que parecia dormir tão bem, mas era preciso, já que sua mãe era muito precisa em relação a horários de refeições.

Minha Professora de  PianoOnde histórias criam vida. Descubra agora