Olá Abelhinhas.
Essa história está sendo um desafio porque é minha primeira história fora do Brasil. Por isso eu criei o país onde ela se passa. Espero que vocês se apaixonem pelo Arquipélago de Almasir, assim como esse lugar fictício me conquistou. Desejo que Marina e Khalid conquistem vocês e consigam se mostrar com suas falhas e virtudes como eles se revelaram a mim.
Vou amar saber o que vocês estão achando de cada capítulo.
Vou deixar a Marina começar a contar a história dela
MARINA
BRASIL
— Parabéns, Marina. Você merece mesmo.
— Poxa, nem sei se fico triste por não ter conseguido ou feliz por ter sido você.
Ainda estou absorta, admirando o resultado da seleção para o intercâmbio da rede de resort Zahra.
Os proprietários vivem num país pouco conhecido, que tem paisagens deslumbrantes que apresenta a construções em arquitetura árabe à beira-mar.
Desde muito nova sou apaixonada pela cultura e culinária. Entrei na escola de dança de Vivian Nour, me encantei pelas danças orientais, principalmente o baladi.
Sempre tenho a sensação que os ritmos, os gestos, despertam algo adormecido dentro de mim.
Me dediquei com tanto afinco, que quando surgiu uma vaga para monitorar um grupo de um dos cruzeiros Zahra, me inscrevi e fui imediatamente indicada por Vivian. Desde então assumi também a assistência de algumas professoras da escola de dança, em troca de uma bolsa.
Minha paixão pela cultura egípcia me levou ao curso de Turismo. Sonhava, ainda sonho, em conhecer toda a região. O mais próximo que cheguei, após concluir o curso de Turismo e aproveitar a imersão dos cruzeiros, foi adquirir experiência para ser contratada como concierge de um dos hotéis.
Quando descobri que existia a possibilidade de fazer um intercâmbio na sede dos resorts no arquipélago de Almasir Marhaba me cadastrei em todas as etapas, acompanhava os resultados e me enchia de esperanças a cada etapa.
Todos os anos, desde que Fatma Al Zahrani criou esse intercâmbio como uma forma de bonificar os empregados, nenhum brasileiro foi selecionado.
Claro que havia conterrâneos em Almasir, mas eram pessoas que tinham escolhido ir morar lá. Fosse pelo trabalho no resort ou pela excelente qualidade de vida que se tinha.
Eu não sabia muito sobre o país, que era algum tipo de monarquia e que a família de Fatma, a CEO do grupo Zahra, era ligada ao regente local. A proximidade com culturas que eu queria muito conhecer e as imagens do lugar na página de inscrição foram o suficiente para que a seleção se tornasse meu novo foco, além da minha mãe doente e do trabalho, que eu não podia negligenciar porque boletos não se pagam sozinhos.
Meu pai?
O senhor que me gerou não podia perder a juventude do alto dos 56 anos dele para cuidar de uma moribunda e uma garota mal agradecida que ia acabar virando puta. Ele nunca aceitou que eu dançasse, principalmente nas apresentações em festivais culturais e restaurantes temáticos que comecei a participar para incrementar a renda gasta com os remédios de mamãe.
O digníssimo não só foi embora, como vendeu a nossa casa e sumiu no mundo com o dinheiro.
Eu e mamãe ficamos à mercê da caridade de vizinhos e conhecidos.
Se não fosse pelo meu trabalho, passaríamos fome.
Minha amiga Bia, ajudou demais nessa fase, me oferecendo um espaço no estúdio de dança dela para dar aula de dança do ventre para senhoras.

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A Obsessão do Sheik
ChickLitQuando o poderoso Khalid Rafiq Al Zahrani me confundiu com uma das garotas que gostariam de atendê-lo por uma noite, eu revidei sem saber que ele era o implacável dono da rede de hotéis e resorts para a qual eu trabalhava. Além de regente do país on...