Capítulo 2

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Mari está nos últimos preparativos e finalmente vai embarcar. 

Super responsável e dedicada, ela tenta deixar o máximo de situações organizadas para que a mãe não fique desamparada sem ela.

E, vai se despedir de uma amiga doidinha e muito especial que já a ajudou muito e apoiou com a paixão pela dança.

Espero que vocês apreciem as participações especiais nesse capítulo.


MARINA


Os dez dias para a viagem passaram rápido, entre ajustar as orientações para Gisele que iria me substituir; definir os cuidados sobre minha mãe e conversar com minha tia,que insistiu sobre eu procurar meu genitor.

Não vou atrás dele, não consegui localizá-lo quando a doença de mamãe se agravou. Não que ele fosse ser muito útil, mas pelo menos nos ajudaria com a quantia que ele roubou da minha mãe.

— Você não deveria se referir a seu pai dessa forma, Marina — tia Meire tem algum tipo de crença que devo respeito e obediência aquele homem.

— E o como chama o que ele fez com minha mãe? Ela investiu o trabalho de toda a vida em minha educação e naquela casa. Não conheço outro nome, titia.

Marquei para encontrar minha amiga Bia no estúdio dela e a encontrei aos gritos com um rapaz bonito.

—Mari, que bom que você veio. Meu réu primário sendo salvo mais uma vez — ela gritou ao me ver e virando para o rapaz — Você tem muita sorte nessa cara safada e nesse corpo gostoso, Pedra de tropeço.

O moço saiu dando risada e dizendo que não queria mais problemas para a vida dele, mas tinha que ter achado a doida.

— Doida foi a genitora que pôs esse embuste no mundo. O que tem de gostoso tem de cretino.

— O que tá acontecendo, Bia? — fiquei assustada e curiosa.

Não que a Bia fosse um exemplo de sensatez o tempo todo. Acho que ninguém na família dela é. Tirando a Mila, mas é a caçulinha e acho que ainda não alcançou a maturidade das doideiras delas.

Mas admiro muito a união entre elas, principalmente da Bia e as primas com a avó.

— Esse traste tá tentando tomar o meu prédio e me seduziu.

Ela mesma gargalha e acabo rindo junto.

Tenho que concordar com o desconhecido, minha amiga é meio doidinha e vou sentir falta dela.

Ela me puxa para um abraço e fala:

— Vou sentir sua falta, Pitelzinho. A Carol tá lá com o Corogato, você tá indo para as arábias, vai acabar encontrando um Aladim com uma lâmpada maravilhosa. E eu aqui com o embuste arremedo de tentação.

Bia me explica que o rapaz é parente do antigo dono do prédio de quem a família dela comprou o imóvel para montar o estúdio de dança, porém tem algum problema com os documentos usados na transação. O marido da prima dela está cuidando disso enquanto ela está num embate particular contra os próprios sentimentos.

Saímos para um barzinho, pouco depois Carol chega. Fico emocionada que tiraram um tempinho para se despedir de mim, mesmo a prima da minha amiga de quem só fiquei próxima enquanto dava aulas no estúdio. Ela atende uma turma de dança moderna para crianças, uma vez me pediu para ajudá-la com uma coreografia sensual para fazer uma surpresa para o namorado.

A Obsessão do SheikOnde histórias criam vida. Descubra agora