capitulo 08

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                  Duas semanas se passaram






E foi nesse tempo que novamente um buquê de tulipas vermelhas e rosas fora deixado na minha porta com o seguinte recado no envelope marrom; "O que lhe prometi ocorreu muito bem realizado, contanto, cumpra com nosso acordo,

  enfermeira"


Lendo aquilo eu sabia muito bem que ele mencionava sobre eu não cruzar mais o seu caminho. No fundo e também por fora eu me sentia extremamente aliviada, só de saber que eu não teria mais que me envolver em uma dívida alta ou correr para empréstimos no banco me deixava respirar novamente, tirando toda a preocupação que rodara minha mente nessas últimas semanas. Eu sei que, eu não tinha nenhuma 100% de certeza que Sanzu havia realmente feito algo ou cumprido com seu acordo, todavia, por alguma razão eu confiei nele. Sua insistência em resolver toda essa situação havia sido demasiada atenciosa, então, por vias de dúvidas, eu tinha certeza que ele tinha dado seu jeito, de qualquer que fosse a maneira, mas, eu também não queria saber detalhes. Com esse peso removido das minhas costas, eu poderia focar em apenas pagar meu aluguel e a alimentação para casa.

Já com papai, ele realmente estava sendo expulsos de cassinos que antes frequentava, então eu tinha que ver logo para dar um jeito nele, pois, a três dias está trancando em seu quarto, provavelmente enlouquecendo sem jogar, e eu tinha medo de uma possível depressão. Precisava com urgência buscar algum grupo de reabilitação ou terapia em grupo que pudesse ajudar ele a voltar ser quem era antes.

— Perai! É o terceiro buquê que ele te manda? - a voz de Mia me tirou dos meus pensamentos apáticos. Olhei sem ânimo para a garota, a essa altura eu já lhe tinha contado tudo o que ocorreu nessas últimas semanas, tanto sobre papai, como sobre o homem de cabelos rosados.

— Sim, não sei porquê, eu lhe passei meu número, podia ter apenas me enviado uma mensagem. - coloquei meu indicador nos lábios, no final de tudo acabei me esquecendo de questionar sobre isso a Haruchiyo.

— As vezes ele gosta né, passa uma vibe de homem "romântico" - ela fez aspas com o dedos rindo para mim.

— Se fôssemos namorados talvez, nesse caso eu o acho um tanto estranho. - lhe respondi olhando as flores. O pior era que, eram buquês cheios e exagerados, provavelmente caros.

— Mas todos dizem que Sanzu não é alguém instável mesmo, quem sabe ele manda as flores ainda como um meio de agradecer por ter ajudado ele? - dei de ombros para aquela pergunta, não era como se eu realmente quisesse saber a resposta. Acho que, para mim seria impossível no momento entender a mente dele.

e talvez, só talvez, eu gostasse de receber aquelas flores.

Bom, eu adoraria receber também. - olhei a garota incrédula, parecendo que leu meus pensamentos, e ela só me devolveu com uma carranca.

— O que?! Vai me dizer que não gosta de receber  flores? Não seja tão mal amada. - ela me mostrou a língua.

— A pela amor de Deus, se quiser trocar de lugar em estendo as mãos para os céus agora. - mostrei a língua para a morena. Que riu de mim.

— Acho que não, talvez eu prefira os gêmeos Haitani - ela me olhou maliciosa. — Sabe, fazem mais meu tipo.

A olhei incrédula. Eu tinha uma vaga memória de quando os vi no dia que Manjiro me encontrou no ponto de ônibus, mas fora isso, não sabia ao certo quem era os gêmeos, dos quais até Sanzu mesmo já tinha citado para mim na nossa última conversa.

 ━━━ 𝐈𝐍𝐒𝐊𝐍𝐄 | sanzu haruchiyoOnde histórias criam vida. Descubra agora