3. Futuro

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P.o.v. Jão

Os dias se passaram, iguais como sempre, eu e Pedro fizemos várias reuniões online coma UFO e já estávamos perto de lançar ambos os clipes.

Nesse meio tempo, além de mais boatos sobre o BBB, ainda rolou o boato de que eu era o noivo da Pablo Vittar, eu não sei de onde meus fãs tiram essas coisas, mas eu me divirto muito.

Apesar do cansaço, físico pelas horas de trabalho, e mental pela situação do mundo, eu estava feliz e orgulho dos nossos resultados.

Jão: — É isso, amanha sai Coringa. — Comento, enquanto ajudo ele com a louça do almoço e mais algumas acumuladas da semana. — Não sei se estou pronto para essa música deixar de ser só nossa e passar a ser do mundo. — Continuo. —Será que as pessoas vão gostar, Peu?

Pedro: — É claro que eles vão. — Ele vem até mim, secando as mãos no pano de prato e passa a mão no meu cabelo carinhosamente. 

Jão: — Eu espero mesmo. — Dou um selinho nele e logo em seguida volto a secar os pratos.

Terminamos a louça e nos sentamos no sofá.

Pedro: — O que quer fazer agora?

Jão: — Qualquer coisa que não envolva trabalho, por favor. — Digo, ele ri.

Pedro: — Sou a favor. — Ele se aproxima e me beija suavemente. — Tem uma coisa que a gente podia conversar

Jão: — Ai, meu deus.

Pedro: — Calma, vida, coisa boa. — Ele ri da minha reação.

Logo em seguida ele pega a minha mão direita e dá um beijinho nela, depois toca a aliança do meu dedo.

Jão: — Ah... — Sorri, entendendo o que ele queria dizer.

Pedro: — Sei que essa pandemia atrasou nossos planos, mas sei lá, acho que a gente podia começar a ter umas ideias...

Jão: — Tem razão, meu noivo. — Dei enfase na palavra só pra ver ele soltar o sorriso mais lindo do mundo.

Pedro: — Como se planeja um casamento? — Ele ri. — Você tem alguma ideia?

Jão: — Não. — Rimos juntos. — E o pior é que nem temos algum amigo que já casou para perguntar.

Pedro: — Pois é.

Jão: — Mas, enfim, acho seria legal casar na praia. — Sugiro. — Mas, se você quiser na sua cidade, pode ser legal também.

Pedro: — Amo minha cidade, mas também ia gostar de casar na praia.— Sorrio pela possibilidade. — To com saudades de ir para a praia.

Jão: — Eu também estou.

Pedro: — E quanto a cerimônia? Uma coisa mais intimista e só com a gente, né?

Jão: — Sim! — Quase grito de empolgação, amo como eu e Pedro gostamos das mesmas coisas. —Uma cerimônia menor só com nossos amigos e famílias, para a gente aproveitar esse momento com as pessoas que a gente mais ama.

Pedro: — Acho que vai ser incrível. — Meu noivo dá um suspiro.

Jão: — Vai ser. — Deixo um beijo nos lábios dele. — Você fica tão lindo de terno...

Pedro: — E você também fica, meu noivo. — É minha vez de soltar um sorriso bobo. — Já consigo imaginar você todo lindo no altar. — Ele me dá um selinho e em seguida deita a cabeça no meu ombro, enlaçando nossos corpos. — E a lua de mel, aonde você vai querer passar?

Penso um pouco.

Jão: — Que tal Salvador? É uma cidade tão linda e a gente sempre fica tão pouco quando vai pra lá em turnê.

Pedro: — Nossa, acho que seria incrível! — Ele sorri empolgado e meu peito se derrete inteirinho. 

Ficamos um tempinho assim, agarrados, fazendo planos para o nosso casamento, eu não podia estar mais feliz.

Pedro: — Sabe, eu nunca me imaginei casando, achava que essas coisas não eram pra mim, e aqui estou morrendo de ansiedade pra esse dia que nem tem data ainda.

Jão: — Eu também estou muito ansioso, quero que tudo isso passe logo.

Pedro: — É, depois que tudo isso passar, você lançar seu álbum, fizer a próxima turnê, a gente vai poder pensar nisso com mais calma.

Jão: — Tem razão, mas até lá podemos sonhar, né? — Beijo seu rosto. — Imagina o vicente levando as alianças, que fofo que seria.

Pedro: — Seria uma gracinha, mas será que daria certo? —Ele ri.

Jão: — Não faço ideia, talvez não. — Rio junto. — Acho que eu quero escrever uma música especial só pra esse momento.

Pedro: — Ah, é? Seria a música mais romântica da sua carreira.

Jão: — Só se você escrevesse ela comigo.

Pedro: — É claro que eu escrevia ela com você, eu escreveria mais mil discos com você, meu amor.

Jão: — E a gente vai. — Beijo ele. — Eu sei.

Ficamos um tempo em silêncio apenas trocando carinhos, quando me vem uma pergunta que a tempos eu queria ter feito pra ele.

Jão: — Pepê... — Chamo.

Pedro: — Sim, meu amor.

Jão: — Você... tem vontade de ter filhos?

Ele fica um tempo em silêncio, parecendo pensar a respeito.

Pedro: — Nunca parei pra pensar a respeito, mas eu acho que sim. — Ele sorri. — Por quê?

Jão: — Não sei ao certo, mas de uns tempos pra cá eu tenho pensado muito nisso, sei que sempre brinquei que a gente ia ter uns cinco gatos e tal, mas sei lá, às vezes fico pensado que gostaria de pai. Eu gosto muito de crianças, sabe?

Pedro: — Eu acho que você tem um instinto paterno bem forte, seus fãs até te chamam de pai. — Ele ri. — Acho que é algo que a gente pode sim pensar no futuro, eu também gostaria de ser pai com você.

Jão: — Sério? — Não consigo evitar meu sorriso.

Pedro: — Seríssimo. — Ele me dá um sorriso sincero e eu sinto meu peito acelerar pela vigésima vez só hoje. — Eu te amo, Jão, e o que eu mais quero é formar uma família com você, seja com nossos gatos como a gente já tem ou com crianças, eu vou amar.

Jão: — Eu te amo muito, Pedro. — Beijo ele outra vez. — Não esquece disso nunca, tá?

Ficamos mais um tempo assim, variando entre esses assuntos, pensar ni futuro nunca foi a minha praia, mas quando se tratava de planejar minha vida ao lado do homem que eu amo, tudo parecia mais fácil, eu me sentia grato por poder ter o Pedro na minha vida.

E assim todo o nosso dia se passa, me sinto em paz por ter isso depois de toda a correia e ansiedade dos últimos dias.

Pedro: — Quer cozinhar alguma coisa para o jantar? — Pergunta, sorrindo, ele continua amando quando a gente cozinha juntos.

Jão: — Quero sim! — Dou mais um beijo nele.

Depois do "E se?" - Pejão (Segunda Temporada)Onde histórias criam vida. Descubra agora