Depois do "E se?" - Pejão (Segunda Temporada)

6. Próximo álbum

P.o.v. Pedro

Chegamos em casa naquele tarde depois de passar o dia inteiro resolvendo coisas relacionadas a produção do novo álbum do Jão.

Jão: — Que dia! — Ele diz se jogando no sofá, como sorriso mais lindo do mundo inteiro.

Pedro: — Nem fala, não tinha noção da saudade que eu tava do estúdio.

Jão: — Nem eu, e o Zebu é legal, né? Vai ser massa produzir o álbum com ele

Pedro: — Sim, ele tem ótimas ideias.

Jão: — Eu gostei da que fizemos hoje, acho que Não te Amo tem muito jeito de single.

Pedro: — Ah, é? Sua ideia era meio que um beat eletrônico, né?

Jão: — Sim, sabe, acho que quero mostrar para as pessoas que eu posso fazer um som assim mais agitado também. — Continua. — O que acha de escrever um clipe?

Pedro: — Para uma música que nem ta pronta ainda? — Dou um riso fraco. — Brincadeira, eu adoraria.

Jão: — Acho que ia ser legal lançar o clipe junto com o álbum, sabe?

Pedro: — Entendo, ia ser bom mesmo, já tem uma música preferida?

Jão: — Tenho várias músicas que eu gosto bastante, mas tem uma que é minha preferida.

Pedro: — Qual, é uma das que fizemos hoje?

Jão: — Não, eu to escrevi ela sozinho, mais para a frente que te mostro, prometo.

Pedro: — Tudo bem. — Encolho os ombros

Jão: — Mas assim, você tá muito cansado de trabalhar? Porque eu queria tanto escrever mais um pouco com você... — Ele faz aquele biquinho lindo.

Pedro: — Eu nunca vou estar cansado para compor com você, meu amor. — Sorri.

Jão: — Então me ajuda a terminar essa aqui. — Ele abre o notebook animado.

Pedro: — Esse refrão não me é estranho...

Jão: — Eu coloquei na votação um tempo atrás, vocês odiaram, mas eu acreditava nela, então dei uma reformulada para ficar menos babata.

Pedro: — Meu deus, vida. — Rio. — Enfim, vamos lá.

Passamos um tempo nas músicas que ele mencionou e depois até escrevemos umas outras, e como era bom fazer isso com ele.

Não é à toa que compor é o que mais amo fazer ao lado do Jão, a gente tem almas tão semelhantes que é como se tivéssemos nosso próprio mundo ali naquele sofá.

Jão: — Sabe uma coisa que eu queria ver com o Zebu mais para a frente, quando formos realmente produzir as músicas?

Pedro: — O quê?

Jão: — Eu queria ver se ele conhece uns instrumentistas, tipo faz tempo que eu quero por uns metais nas minhas músicas, tipo saxofone, trompete e tal, sabe? Queria muito por nesse álbum.

Pedro: — Tenho certeza que ele vai ficar incrível com uns metais, isso significa que teremos mais um músico na banda?

Jão: — Isso, Junto com o Chicão e com o André, sabe? E inclusive eu tava pensando em ter outra backing vocal para fazer dupla com a Fran, tenho certeza que ela deve conhecer alguém.

Pedro: — Duas backing vocais? Seria chique, vou pensar na estrutura do palco para comportar mais gente na banda.

Jão: — Não acho que vamos conseguir uma banda muito grande nessa turme, mas nas próximas...

Pedro: — Consigo te imaginar com uma banda enorme, seria lindo.

Jão: — Vai ser, um dia... — Ele suspira.

Pedro: — Enfim, em qual música você pensou em colocar uns metais? Já tem alguma ideia?

Jão: — Tem uma que eu tava pensando a respeito. — Ela dá uns cliques no notebook e abre um arquivo. — Inclusive queria ajuda para terminar ela.

Pedro: — Claro! — Sorri.

Jão: — E depois a gente pode pedir alguma coisa para jantar se você quiser.

Pedro: — A gente bem que podia pedir uma pizza, e ir comendo enquanto discutimos as ideias para o álbum. — Sugiro.

Jão: — Ficamos nisso o dia todo já, tem certeza que quer continuar?

Pedro: — Você sabe que eu amo isso tanto quanto você. — Digo sorrindo, ele sorri daquele jeito que sempre acelera meu coração.

Jão: — Te amo meu noivo. — Ele se aproxima e me beija. — Fico feliz por ter você para abraçar meu sonho comigo dessa forma.

Pedro: — E eu fico feliz por poder acompanhar de perto cada conquista sua, meu amor.

A gente se beija mais um pouco ali no sofá e depois pede pizza e volta a compor, fazemos até uma chamada com o Zebu em certo momentos para pedir sugestões, era incrível que por mais trabalhos que fosse fazer um álbum. Era gratificante.

Jão: — Amanha a gente faz outra videochamada para outra votação. — Ele diz, fechando o notebook. — Meu deus, já são quase duas da manhã! — Ele se assusta quando mira o relógio da sala.

Pedro: — É, nem vi passando. — Bocejo, me dando conta do quão estava cansado.

Jão: — Nem eu. — Ele deita a cabeça no meu ombro. — Mas eu amo quando a gente tem esses surtos de criatividade e escreve um monte de coisa.

Pedro: — Eu também amo. — Beijo o topo da cabeça dele.

Jão: — Enceramos por hoje. — Ele boceja também

Logo nós nos aprontamos para dormir, a gente se deita na nossa cama e os gatos vem junto, e eu me sinto em casa.

Pedro: — Sabe, estou ansioso para você voltar a fazer shows, amo te ver todo lindo no palco, amo a felicidade nos seus olhos quando você desce dele, sei lá, vai ser incrível.

Jão: — E eu amo estar naquele palco e olhar pra plateia e te ver lá, me olhando encantado e sorrindo pra mim com um sorriso tao grande que eu consigo enxergar de longe mesmo sendo míope. — Ele ri, fazendo carinho nos meus cabelos.

Pedro: — Eu fico realmente muito orgulho de te ver todo feliz, mesmo a turnê Anti-Herói tendo sido bem difícil pra nos dois, ainda conseguimos.

Jão: — Acho que o Anti-Herói é um álbum que eu mudaria muita coisa se pudesse. — Ele admite. — Mas, no fundo, eu gosto de olhar pra ele e pensar que nosso amor sobreviveu, porque sinto que somos capazes de sobreviver a qualquer outra coisa que vier.

Pedro: — E nós somos. — Dou um beijo no rosto dele. — Eu tenho a certeza disso.

Jão: — É?

Pedro: — Sim, em breve eu vou passar a te chamar de meu marido e ele querendo ou não vai fazer parte da nossa história, mas agora que a gente ta mais tranquilo, eu tenho a certeza que nada vai ser maior que o nosso amor.

Jão: — Você tem razão, meu futuro marido. — Ele sorri. — E sabe, apesar de eu às vezes ainda ter inseguranças, no fundo, eu também sinto isso.

Pedro: — Te amo... — Murmuro antes de bocejar outra vez. — Boa noite.

Jão: — Boa noite, vida.

Jão: — Te amo demais, Pepê. — Ele sorri e beija meu rosto antes de adormecer.