Amelia Carter
Acordo 13:00, com a minha mãe querendo aspirar o meu quarto. Vou ao banheiro, e levo um pequeno susto ao ver o estado de meu cabelo, parecia que eu tinha levado um choque, o próprio Frankeinstain.
Já despida, entro no chuveiro e tiro a pressão, deixando a água o mais gelada possível. Coloco novamente minha playslist em modo aleatório, só que dessa vez, uma música alegre toca, não é como se eu estivesse bem com o ocorrido de ontem, mass não podia ficar me lamentando para sempre. Eu ainda era fã dele, ainda sabia tudo sobre ele, ainda estava de coração partido, mas mesmo que quisesse, tudo não sumiria da minha mente da noite para o dia.
Me tiro dos meus pensamentos, ao perceber "Girls Just Wanna Have Fun", eu amo tantoo. Como se fosse uma cantora famosa, tento pegar meu "microfone" ( escova de cabelo), e acabo batendo bruscamente minha cintura no box, começo a morder os lábios de dor, mas não era isso que iria impedir o show de Amelia Carter!!!!
Após conseguir pegar a escova, a música já estava no refrão. Fecho os olhos, e quando os abro já não estava mais no banheiro de minha casa, mas sim em um grande estádio, cantando para milhares de pessoas. A sensação era incrível, estava com um macacão dourado com uma saia tranparente brilhosa embutida. Solto a minha voz e tudo fica bem naquele instante, nada mais importa, só eu e minha música. Mas quando eu piscava, o cenário mudava para eu em uma discoteca dos anos 80, vestindo um macacão jeans, e uma blusa vermelha e um tênis custumizado laranja com amarelo, usando um rabo de cavalo com as pontas do meu cabelo encaracoladas, e ao invés de estar cantando, estava dançando com os meus pais, ohh como eu amava fantasiar com aquilo.. uma voz trêmula em um tom alto de repente grita.
" AMELIA CARTER!! QUE BANHO DEMORADO EINN"
" Eu estou indoo"
Volto à minha realidade em questão de segundos, e percebo que já não tocava mais aquela música, e que eu não a cantava mais também. Devia estar na 5º música se eu fosse chutar, pois me lembro que cantei todas as que tocaram, só não consigo me recordar quais eram. As letras estavam tão presentes em minha memória, que cantá-las parecia já fazer parte de mim.
Me enrolo na toalha, e me apresso. Penteio os meus cabelos, e vou depressa ao meu quarto. Abro meu guarda roupa, e nele procuro peças leves e a vontade, não estava calor, nem frio, o clima estava ameno. Demorando menos de 5 minutos, já pego um short jeans claro que eu já havia usado umas mil vezes, e minha blusa quase cropped, que era rosa bebê, e o tecido era fino, mas bemm fresco também.
Só iria sair com Hannah hoje, de resto, tinha o meu dia completamente livre, minha mãe já havia limpado o meu quarto, entro nele, fecho as cortinas, acendo a luz e vou em direção a minha coleção de viscos de vinil, vou passando-os, até chegar em um dos meus favoritos " Heavens know I'm miserable now". O pego e coloco para tocar.
Me levanto e começo a cantar e a dançar, como se estivesse sentindo a dor da música.
"— I was looking for a job and then i found a job.
And heavens knows i'm miserable now". Me jogo de forma dramática em minha cama colocando a mão na testa, me enrolo na coberta e começo a rodar na cama, mas sem querer acabo caindo com tudo no chão, fazendo um barulhão. Levo minha mão a cabeça, sentindo muita dor. Escuto passos subindo a escada, e logo em seguida uma batida na porta.— Filha está tudo bem?? - meu pai pergunta ofegante, com um olhar preocupado.
— Ahh, oi pai, simm. - respondo com as sobrancelhas franzidas de dor. Meu pai se aproxima e me ajuda a levantar, após eu me firmar, ele pega em minha mãos e começamos a dançar meio que uma valsa. Ele era incrível, seu jeito animado sempre me alegrava, sempre serei grata por ele ter me apresentado ao seu mundo musical, que agora eu faço parte também.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Love Grows ( Where My Rosemary Goes)
FanfictionAmelia Carter, uma menina apaixonada em música dos anos 80, cantá-las, dança-las, mal imaginava que estava prestes a viver uma.. A rota de sua vida é mudada ao ela esbarrar em um certo loiro, que a primeira impressão dele sobre ela, foi terrivelmen...